sábado, dezembro 30, 2006

Saddam, Bush e a Besta do Apocalipse

Sinceramente, com tanta coisa louca acontecendo neste mundo, nem sei mais sobre o que escrever. Hoje a principal manchete de todos os jornais do mundo é o enforcamento de Saddam Hussein, considerado inimigo número 1 dos EUA e mais especificamente, de George Bush.

Sim, o ditador iraquiano cometeu atrocidades e finalmente foi feita justiça pelos crimes cometidos. Segundo palavras de Bush, o enforcamento do ditador foi um marco para a democracia no Iraque. É aí que eu me pergunto: o que o Bush e suas tropas americanas (e aliadas) tinham que fazer no Iraque, pra início de conversa?

Diga-se de passagem, a Comunidade Européia considerou o enforcamento um ato de barbárie - o que era de se esperar porque a CE sempre foi contra a pena de morte (como a maioria dos países civilizados). A velha estória: não se combate violência com mais violência, nem barbárie com mais barbárie. E nesse ponto, eu concordo.

Pra finalizar, (e desculpem o paradoxo pois acabei de dizer que não acredito na violência como solução mas se tem uma pessoa que me tira do sério é este tal Bush) a pergunta que não quer calar: quando será o enforcamento de Bush? Porque convenhamos, ele vem cometendo atrocidades como, apenas para citar um exemplo recente, a guerra do Iraque (onde o número de soldados mortos quase atinge os 3000 e já ultrapassou o número de mortos no atentado de 9-11 em NY, a desculpa que ele usou para atacar o Iraque). E não há um ser neste planeta que consiga fazer com que ele páre de brincar de xerife do mundo!

Tem dias que a gente fica mesmo sem palavras...e nem vou comentar sobre a explosão de violência no Rio nas últimas 48 horas porque já é demais!!! Feliz Ano Novo para vocês assim mesmo...(e não, eu não uso lentes cor-de-rosa).

quinta-feira, dezembro 28, 2006

O fenômeno Orkut

Tem quem odeie, tem quem não viva sem ele. O Orkut faz parte da vida de um número cada vez maior de pessoas e se tornou um fenômeno impossível de ser ignorado. Eu mesma confesso que já tive algumas chateações no orkut (quem não teve que atire a primeira pedra) mas o lado positivo sempre foi mais forte e fez com que eu continuasse lá, enquanto via amigos cometerem orkuticídio pela segunda ou até mesmo, terceira vez...

Cheguei à conclusão de que o Orkut nada mais é do que um reflexo do mundo lá fora. Uma espécie de microcosmos do macrocosmos representado pela sociedade moderna. Basicamente, no mundo orkutiano você encontra os mesmos tipos de pessoas (boas e ruins, bem-intencionadas e outras nem tanto assim) que encontraria em qualquer outro lugar. E não apenas encontra vários tipos de pessoas como pode estabelecer diferentes graus de amizade com cada uma delas - a escolha é unicamente sua!

Algumas dessas amizades terão a chance de se tornarem reais - hoje é cada vez mais comum uma amizade virtual se transformar em uma amizade real (ao vivo e a cores). No mundo em que vivemos hoje, o Orkut pode ser uma ponte, ou melhor ainda, um ponto de partida. Ali são estabelecidos contatos sociais e cada um decide o que faz (ou deixa de fazer) com esses contatos.

Um capítulo à parte são aquelas amizades especiais entre pessoas que nunca se encontraram no mundo físico e no entanto, conseguem estabelecer uma forte conexão, apesar da distância geográfica. Pessoas com quem temos forte empatia (mais do que afinidades) e que, muitas vezes, nos compreendem melhor do que aquelas mais próximas de nós. Eu acredito que exista não apenas distância física, mas distância emocional. Essa última sim é intransponível, mesmo que você veja a pessoa regularmente (um exemplo é a solidão a dois, inimiga de muitos casamentos).

E no final das contas, cada um tem o orkut que merece!

quarta-feira, dezembro 27, 2006

ô filme triste...

Não é brincadeira não, vai gostar de filme triste assim na Cochinchina...Hoje revi My Life Without Me e me dei conta de que o filme é mais triste do que eu lembrava.

Imaginem uma menina de 23 anos, com duas filhinhas de 4 e 6 anos e que mora num trailer no quintal da mãe. Ela mora com as crianças e o marido e embora pobres, eles levam uma vidinha normal.... Até o dia em que ela desmaia, vai para o hospital e depois de alguns exames, descobrem que ela está com câncer nos dois ovários (e ela pensando que estava grávida). Como se não bastasse, o câncer está em estágio avançado e o médico diz que não há mais tratamento. Em suma, ela tem no máximo 3 meses de vida! Com a notícia atravessada na garganta, ela vai para uma lanchonete, pede um café e uma caneta, e começa a escrever uma lista: Things to do before I die (eu avisei que o filme era triste).

O resto do filme vocês podem imaginar...Triste sim, mas com ótimas cenas e diálogos e com uma jovem atriz (Sarah Polley) em uma atuação comovente sem ser sentimentalóide. Diga-se de passagem, o filme é produzido pela distribuidora de filmes do Pedro Almodovar (El Deseo). E quanto a mim, preciso começar a assistir filmes mais leves daqui pra frente. De qualquer forma, este eu recomendo.

domingo, dezembro 24, 2006

Em tempo de natal




Como não podia deixar de ser, meu natal alternativo vai ter muitos filmes, e não necessariamente aqueles clássicos de natal que passam todo ano na TV (e que confesso, também adoro rever, como It´s a Wonderful Life, Miracle on 34th Street e The Wizard of Oz). Ontem já fui na locadora e peguei 5 DVDs para assistir durante a semana.

Os filmes são: Bee Season (2005, foto à esquerda), que assisti ontem, gostei muito e comentarei em breve. Dois filmes da ótima diretora espanhola Isabel Coixet, um que eu já havia assistido, gostei muito e irei rever: My Life Without Me (2003, foto à direita) e o mais recente, The Secret Life of Words (2005). E ainda, Three Times (2005) de Hou Hsiao Hsien, um dos diretores de Taiwan mais falados da atualidade. Pra fechar a programação com chave de ouro, escolhi What the Bleep Down the Rabbit Hole - a continuação do maravilhoso What The Bleep Do We Know que já comentei aqui no blog anteriormente.

Mas agora vou preparar o quiche de bacon e alho-poró que vou levar pra Ceia de Natal entre amigos hoje à noite....fácil de fazer e delicioso!

sábado, dezembro 23, 2006

Coração apertado



Depois de uma semana muito corrida, ontem à noite finalmente deixei meu filho no aeroporto para embarcar pra Inglaterra. Com movimento recorde às vésperas do natal, chegamos com a antecedência necessária e pai e filho fizeram check-in sem problemas. Ainda tivemos tempo de fazer um lanche rápido no Burger King (o Liam está colecionando os brinquedinhos do filme Happy Feet!) e logo depois, acompanhei-os até a área de controle de passaportes (somente passageiros).

Foi ali que meu coração de mãe apertou, meu filho começou a chorar e eu, para encurtar a sessão-tortura, dei logo um abraço bem apertado, um beijo e fui embora - para não me debulhar em lágrimas na frente do menino e principalmente, porque mãe que é mãe evita surtar na frente dos filhos! Além do mais odeio despedidas, poderia escrever um livro sobre elas...Cheguei em casa, fui dormir e pouco depois da meia-noite, o telefone tocou. Atendi e ouvi a voz cansada do Liam dizendo que chegou na casa da avó - e que o avião era muito grande e ele tinha ficado com um pouco de medo...hehehe.

Agora ele vai curtir muito o natal inglês, com direito a ser paparicado pela família (avó, tias, tio e muitos primos) e ganhar muitos presentes. E eu fico aqui muito feliz por ele. Até porque, mãe de filho único tem de aprender a soltar a cria desde cedo...Eu, como filha única, bem sei como é isso. Minha mãe sempre me deixava ir - ficava com o coração apertado e lágrimas nos olhos mas deixava. E hoje eu procuro seguir o exemplo dela e fazer o mesmo com o meu filho. Não é fácil, mas é preciso.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Surtada!

Acabei de ler o blog da querida Tróia e cá estou
eu rindo sozinha (e esta menina escreve que é uma beleza). É que ela disse que anda surtada e que gostaria, ao menos, de aprender a surtar direitinho! Eu, como vivo surtada, achei graça.

Cá entre nós, surtar direitinho é uma arte que eu ainda não consegui dominar após anos de terapia, aulas de tai-chi (desisti em menos de 3 meses), e sessões esporádicas de reiki e acupuntura. To cut a long story short, eu simplesmente surto. E mais, confesso que morro de admiração por aquelas pessoas que conseguem manter a calma e a mente clara, apesar de tudo e de todos. Tem pessoas que o mundo pode cair à sua volta que elas nem se incomodam! Já outras almas mais sensíveis e de natureza impressionável (como a que vos escreve) se abalam com qualquer tempestade - seja uma tempestade de verdade ou a famosa tempestade em copo d´água. Ao menos estou aprendendo a rir das minhas desgraças, o que convenhamos, já é um bom começo!

Merry Christmas


Surfando pelo Flickr.com, achei esta foto irresistível da Pinky St. e decidi publicá-la aqui no meu blog. Aproveito a oportunidade para desejar a meus queridos amigos um Feliz Natal e um 2007 cheio de coisas boas - muita paz, alegria, saúde e sonhos realizados!

Natal...

Natal é sinônimo de presentes, festas e orgias gastronômicas mas acima de tudo, natal é família. E para mim - como para muitos outros por este mundo afora - o natal tem um lado triste. É que nessa data inevitavelmente somos lembrados de que não temos família próxima. No meu caso, não por estarem longe mas simplesmente porque não tenho mais mãe, nem avós, nem irmãos (sou filha única). Pra completar, meu filho vai passar o natal com o pai e a família na Inglaterra (o que eu acho ótimo para ele, não me entendam mal!). Com tudo isso, é quase inevitável a sensação de que estamos sozinhos no mundo nesta data em que tantas famílias se reúnem à mesa para mais uma ceia de natal.

Felizmente, tenho amigos aqui em Amsterdam na mesma situação e todo ano organizamos nossa Ceia de Natal Alternativa. Um leva o filho, outra o namorado ou marido, somam-se mais alguns amigos perdidos pela cidade e pronto: todos comemos, bebemos e celebramos a data em boa companhia. Como eu costumo dizer, meus amigos são minha família - ou ao menos, a família que escolhi.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Amor e amizade

Se fosse citar uma coisa que aprendi este ano, foi que na amizade (como no amor) também existe incompatibilidade de gênios. Aprendi que algumas pessoas podem gostar dos mesmos filmes, ler os mesmos livros e mesmo assim serem incompatíveis. Que as afinidades nem sempre são garantia de uma amizade verdadeira (e que não existem garantias na vida). Que o conceito de amizade é muito amplo e varia de pessoa pra pessoa - e algumas vezes de época para época na mesma pessoa. Porque as pessoas mudam.

E o mais importante, que nunca se deve esperar dos outros o que eles não podem nos dar (seja amigo, marido ou namorado). E aprendi que a vida continua, apesar de tudo. Vivendo e aprendendo.

Reflexões sobre o Natal

Presentes, presentes e mais presentes...Na sociedade de consumo moderna, Natal é, antes de mais nada, sinônimo de presentes.

Mas para quem tem filhos como eu, é importante que as crianças tenham alguma noção do significado do Natal e que percebam a troca de presentes como uma troca de afetos, um ato de doação. Quando comprar presentes passa a ser o único sentido das comemorações de natal, algo está errado. Até porque, comprar muitas vezes nada mais é do que um mero substituto para outros desejos não realizados. E se uma criança é estimulada desde cedo a consumir indiscriminadamente, as chances são grandes de que ela irá incorporar este padrão de consumo pelo resto de sua vida. Comprar passa a ser então uma fuga, um ato quase involuntário.

Como pais, devemos tentar controlar os impulsos consumistas de nossos filhos, bombardeados diariamente pelos comerciais de tv com as últimas novidades nas prateleiras das lojas de brinquedos. E acima de tudo, devemos dar o exemplo em nossos próprios hábitos de consumo. Não, não se pode isolar a criança numa redoma de vidro, ela faz parte do mundo e natal é tempo de ganhar e dar presentes. Mas como tudo na vida, a chave é o equilíbrio.

Pra finalizar, não devemos esquecer que, felizmente, a vida é muito mais do que possuir bens materiais. E algumas das coisas mais importantes que podemos dar a nossos filhos, o dinheiro não compra:

Mais tempo com você
Convivência em família
Tempo livre para lazer
Amigos de verdade
Contato com a natureza
Cultivar a espiritualidade
Aceitação e amor próprio
Respeito a si mesmo e ao próximo
Bons hábitos de saúde
Carinho e proteção

segunda-feira, dezembro 11, 2006



Chove horrores e eu com vontade de comer umas chocolate chip cookies ou tomar um chocolate quente... por sorte (ou azar) não tenho nada disso em casa. Pensando bem, é azar mesmo.

A Paixão pelo Cinema

Li no blog de uma amiga, não resisti e decidi fazer a minha lista de filmes - até porque, hoje está fazendo um dia de chuva horroroso por aqui. Quem me conhece sabe que cinema é a grande paixão da minha vida. Segue a lista com alguns de meus favoritos de todos os tempos (não necessariamente nesta ordem).

Magnolia (1999)
American Beauty (1999)
Secrets and Lies (1996)
A Fond Kiss (2004)
Happiness (1998)
Ghost World (2001)
Virgin Suicides (1999)
Lost in Translation (2003)
Elephant (2003)
Donnie Darko (2001)
Requiem for a Dream (2000)
The Ice Storm (1997)
The Royal Tenenbaums (2001)
The Hours (2002)
A Home at the End of the World (2004)
Annie Hall (1977)
Purple Rose of Cairo (1985)
Hannah and her Sisters (1986)
Le Fabuleux Destin d´Amélie Poulain (2001)
Chacun Cherche son Chat (1996)
My Life without Me (2003)
Before Sunrise (1995)
Before Sunset (2004)
La Double Vie de Veronique (1991)
The Unbearable Lightness of Being (1988)
Henry and June (1990)
Bleu-Blanc-Rouge
Asas do Desejo (1987)
Sonata de Outono (1978)
Cenas de um Casamento (1973)
O Pianista (2002)
Play it Again, Sam (1972)
Kaos (1984)
Before the Rain (1994)
Paisagem na Neblina
Hable con Ella (2002)
Girl with a Pearl Earring (2003)
Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004)
Dogville (2003)
The Edukators (2004)
5 x 2 (2004)
La Femme d'à côté (1981)
A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971)

E entre os clássicos:
Wizard of Oz (1939)
It´s a Wonderful Life (1946)
La Strada (1954)
Le Ballon Rouge (1956)
Morangos Silvestres (1957)
Noites de Cabíria (1957)
Les Quatre Cents Coups (1959)
The Apartment (1960)
Jules et Jim (1962)
O Anjo Exterminador (1962)
Giulietta degli spiriti (1965)
Belle de Jour (1967)
O Discreto Charme da Burguesia (1972)

domingo, dezembro 10, 2006

Procrastinando

É sempre assim: tirei o domingo pra ficar quietinha em casa traduzindo (afinal, tenho de pagar minhas contas) e cá estou eu procrastinando de novo.

Ontem não resisti uma promoção e comprei DVDs de 2 filmes que adoro: A Home at the End of the World (baseado no livro de Michael Cunningham, o autor de The Hours) e Girl with a Pearl Earring (com a adorável Scarlett em mais um papel inesquecível). Não apenas revi o filme do Cunningham - e pasmem, chorei de novo nas mesmas cenas - como ainda fui pra cama acompanhada do mais novo livro dele, Specimen Days.

Hoje traduzi um pouco, dei uma orkutada (não acredito que escrevi isso), li os posts antigos do blog de uma amiga e fiz risotto al funghi de pacotinho (shame on me porque sei fazer risotto de verdade e até tinha o tal funghi em casa mas a preguiça venceu)! Ouvi muito Snow Patrol e um pouco de Madonna (Ray of Light).

Last but not least, joguei um tarô magnífico (me desculpem os incrédulos) como não jogava há tempos, daqueles de lavar a alma. E estou pronta para começar uma nova semana.

Agora só falta terminar a tradução! hehehe...

Minha primeira Pinky St.

Quem costuma ler o meu blog, já deve ter percebido que ando apaixonada pela bonequinha japonesa Pinky St. E já que coloquei uma foto dela no post abaixo, aqui vai a foto da Pinky que ganhei de aniversário da Anna.

Snow Patrol

Não, ainda não está nevando por aqui (eu bem que gostaria, sempre preferi a neve aos dias chuvosos). Snow Patrol é o nome de uma das minhas bandas de rock favoritas da atualidade. Uma banda de Glasgow que já lançou algumas pérolas no mercado como o álbum de estréia Songs for Polar Bears (2000), When It's All Over We Still Have to Clear Up (2001) e Final Straw (2004). Sem falar no recém-lançado Eyes Open (2006), que ainda não tive a oportunidade de conferir mas farei em breve!

sábado, dezembro 09, 2006

Dedicado a uma amiga

Algumas pessoas nasceram para serem líderes, para se engajarem em lutas perdidas (ou nem tanto assim) enquanto a maioria do rebanho prefere fechar os olhos para os problemas do mundo e ter uma vida fácil.

Nos dias de hoje, é cada vez mais raro encontrar um ser pensante no meio do rebanho - alguém que não tenha medo de expôr suas opiniões e, conseqüentemente, de se expôr. Alguém cuja principal meta não seja agradar a gregos e troianos, assegurando seu lugar encima do muro. Alguém que não tenha medo de levantar a voz quando vê uma injustiça ou quando é confrontada com a ignorância alheia. Porque convenhamos, o ser humano é acomodado por natureza (cada um por si, Deus por todos).

Por essas e outras, tenho uma admiração cada vez maior por uma amiga que conheci melhor este ano (não sei como nossos caminhos não se cruzaram antes nessas terras baixas). Pela paixão que ela expressa ao falar das questões sociais, da injustiça no mundo e principalmente, dos injustiçados (os fracos e oprimidos). Pela capacidade crítica, por não aceitar as coisas como lhe são oferecidas de bandeja (o que o rebanho costuma fazer desde os tempos bíblicos) e por decidir por ela mesma o que acha. Em suma, pela sua capacidade de reflexão.

A verdade é que me identifico muito com as idéias dela. E ela ainda tem me lembrado de coisas que eu havia esquecido, uma delas chama-se dever social (ou dever civil). Pessoas bem-informadas, seja qual for a sociedade em que elas vivem, têm como dever contribuir para dissipar as trevas da ignorância - não por serem superiores ou melhores mas porque, no final das contas, estamos todos no mesmo barco (sem exceção) !

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Happy Birthday To Me!

Ontem foi meu aniversário. Diga-se de passagem, não comemoro meu aniversário oficialmente há anos, mas não deixa de ser uma data simbólica. Ainda mais agora, pois de uns tempos pra cá, decidi que eu também tenho direito à felicidade e o que é mais importante - que ela só depende de mim.

Apesar das dificuldades dos últimos anos (e não foram poucas), hoje estou me reconciliando com os erros do passado, aprendendo a me perdoar e reconstruindo meu caminho. E já consigo ver a luz no fim do túnel.

Sou uma sobrevivente e isso fez de mim uma pessoa mais forte. Descobri uma força que eu não sabia ter e aprendi que na vida tudo tem solução, menos a morte, que é definitiva. Aprendi a viver um dia de cada vez. E a agradecer pelo que tenho de mais importante na vida: meu filho e meus amigos. Não sei o que seria da minha vida sem eles.


Das Ilusões (Mário Quintana)
Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entretanto. após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio!

sábado, dezembro 02, 2006

3 autores que desisti de ler

Li no blog de uma amiga e como também adoro ler, resolvi colocar minha lista negra aqui também...se bem que já vou avisando, é uma questão meramente pessoal, não tenho a menor pretensão de ser crítica literária (nem poderia).

1. Jonathan Franzen - juro que tentei duas vezes, mas parei na metade do The Corrections (2001), livro muito badalado na mídia e vencedor do prestigioso prêmio literário National Book Award (EUA). Mas agora que o inverno chegou, e como sou teimosa, vou tentar outra vez (ou talvez não, pois admito ter um montão de livros interessantes pra ler aqui em casa no momento).

2. Zadie Smith - autora-prodígio, endeusada pela mídia inglesa graças ao sucesso estrondoso de seu primeiro livro, White Teeth (2000). A obra arrebatou inúmeros prêmios literários, entre eles o Orange Prize for Fiction e o Whitbread First Novel Award. Na verdade, admito que este é um caso duvidoso - o tema do livro me interessa e muito (assisti até a série produzida pela BBC), eu é que comecei o livro na hora errada e não consegui entrar na narrativa (shame on me!).

3. Jorge Amado - me desculpem os baianos, mas eu queria colocar um autor brasileiro na minha lista...Sim, admito ter uma certa cisma com romances regionalistas, embora eles tenham seu papel na Literatura Brasileira (mas eu poderia citar muitos autores melhores, a começar por Clarice Lispector, Caio Fernando Abreu e Guimarães Rosa). Acho o estilo dele pitoresco demais (a ponto de ser caricatural), o que inclusive colaborou pra criar uma forte imagem do Brasil no exterior que nem sempre corresponde à realidade como um todo mas parte dela - sem dúvida um dos (muitos) Brasis, mas não todo o Brasil.
Tecnologia do Blogger.

Saddam, Bush e a Besta do Apocalipse

Sinceramente, com tanta coisa louca acontecendo neste mundo, nem sei mais sobre o que escrever. Hoje a principal manchete de todos os jornais do mundo é o enforcamento de Saddam Hussein, considerado inimigo número 1 dos EUA e mais especificamente, de George Bush.

Sim, o ditador iraquiano cometeu atrocidades e finalmente foi feita justiça pelos crimes cometidos. Segundo palavras de Bush, o enforcamento do ditador foi um marco para a democracia no Iraque. É aí que eu me pergunto: o que o Bush e suas tropas americanas (e aliadas) tinham que fazer no Iraque, pra início de conversa?

Diga-se de passagem, a Comunidade Européia considerou o enforcamento um ato de barbárie - o que era de se esperar porque a CE sempre foi contra a pena de morte (como a maioria dos países civilizados). A velha estória: não se combate violência com mais violência, nem barbárie com mais barbárie. E nesse ponto, eu concordo.

Pra finalizar, (e desculpem o paradoxo pois acabei de dizer que não acredito na violência como solução mas se tem uma pessoa que me tira do sério é este tal Bush) a pergunta que não quer calar: quando será o enforcamento de Bush? Porque convenhamos, ele vem cometendo atrocidades como, apenas para citar um exemplo recente, a guerra do Iraque (onde o número de soldados mortos quase atinge os 3000 e já ultrapassou o número de mortos no atentado de 9-11 em NY, a desculpa que ele usou para atacar o Iraque). E não há um ser neste planeta que consiga fazer com que ele páre de brincar de xerife do mundo!

Tem dias que a gente fica mesmo sem palavras...e nem vou comentar sobre a explosão de violência no Rio nas últimas 48 horas porque já é demais!!! Feliz Ano Novo para vocês assim mesmo...(e não, eu não uso lentes cor-de-rosa).

O fenômeno Orkut

Tem quem odeie, tem quem não viva sem ele. O Orkut faz parte da vida de um número cada vez maior de pessoas e se tornou um fenômeno impossível de ser ignorado. Eu mesma confesso que já tive algumas chateações no orkut (quem não teve que atire a primeira pedra) mas o lado positivo sempre foi mais forte e fez com que eu continuasse lá, enquanto via amigos cometerem orkuticídio pela segunda ou até mesmo, terceira vez...

Cheguei à conclusão de que o Orkut nada mais é do que um reflexo do mundo lá fora. Uma espécie de microcosmos do macrocosmos representado pela sociedade moderna. Basicamente, no mundo orkutiano você encontra os mesmos tipos de pessoas (boas e ruins, bem-intencionadas e outras nem tanto assim) que encontraria em qualquer outro lugar. E não apenas encontra vários tipos de pessoas como pode estabelecer diferentes graus de amizade com cada uma delas - a escolha é unicamente sua!

Algumas dessas amizades terão a chance de se tornarem reais - hoje é cada vez mais comum uma amizade virtual se transformar em uma amizade real (ao vivo e a cores). No mundo em que vivemos hoje, o Orkut pode ser uma ponte, ou melhor ainda, um ponto de partida. Ali são estabelecidos contatos sociais e cada um decide o que faz (ou deixa de fazer) com esses contatos.

Um capítulo à parte são aquelas amizades especiais entre pessoas que nunca se encontraram no mundo físico e no entanto, conseguem estabelecer uma forte conexão, apesar da distância geográfica. Pessoas com quem temos forte empatia (mais do que afinidades) e que, muitas vezes, nos compreendem melhor do que aquelas mais próximas de nós. Eu acredito que exista não apenas distância física, mas distância emocional. Essa última sim é intransponível, mesmo que você veja a pessoa regularmente (um exemplo é a solidão a dois, inimiga de muitos casamentos).

E no final das contas, cada um tem o orkut que merece!

ô filme triste...

Não é brincadeira não, vai gostar de filme triste assim na Cochinchina...Hoje revi My Life Without Me e me dei conta de que o filme é mais triste do que eu lembrava.

Imaginem uma menina de 23 anos, com duas filhinhas de 4 e 6 anos e que mora num trailer no quintal da mãe. Ela mora com as crianças e o marido e embora pobres, eles levam uma vidinha normal.... Até o dia em que ela desmaia, vai para o hospital e depois de alguns exames, descobrem que ela está com câncer nos dois ovários (e ela pensando que estava grávida). Como se não bastasse, o câncer está em estágio avançado e o médico diz que não há mais tratamento. Em suma, ela tem no máximo 3 meses de vida! Com a notícia atravessada na garganta, ela vai para uma lanchonete, pede um café e uma caneta, e começa a escrever uma lista: Things to do before I die (eu avisei que o filme era triste).

O resto do filme vocês podem imaginar...Triste sim, mas com ótimas cenas e diálogos e com uma jovem atriz (Sarah Polley) em uma atuação comovente sem ser sentimentalóide. Diga-se de passagem, o filme é produzido pela distribuidora de filmes do Pedro Almodovar (El Deseo). E quanto a mim, preciso começar a assistir filmes mais leves daqui pra frente. De qualquer forma, este eu recomendo.

Em tempo de natal




Como não podia deixar de ser, meu natal alternativo vai ter muitos filmes, e não necessariamente aqueles clássicos de natal que passam todo ano na TV (e que confesso, também adoro rever, como It´s a Wonderful Life, Miracle on 34th Street e The Wizard of Oz). Ontem já fui na locadora e peguei 5 DVDs para assistir durante a semana.

Os filmes são: Bee Season (2005, foto à esquerda), que assisti ontem, gostei muito e comentarei em breve. Dois filmes da ótima diretora espanhola Isabel Coixet, um que eu já havia assistido, gostei muito e irei rever: My Life Without Me (2003, foto à direita) e o mais recente, The Secret Life of Words (2005). E ainda, Three Times (2005) de Hou Hsiao Hsien, um dos diretores de Taiwan mais falados da atualidade. Pra fechar a programação com chave de ouro, escolhi What the Bleep Down the Rabbit Hole - a continuação do maravilhoso What The Bleep Do We Know que já comentei aqui no blog anteriormente.

Mas agora vou preparar o quiche de bacon e alho-poró que vou levar pra Ceia de Natal entre amigos hoje à noite....fácil de fazer e delicioso!

Coração apertado



Depois de uma semana muito corrida, ontem à noite finalmente deixei meu filho no aeroporto para embarcar pra Inglaterra. Com movimento recorde às vésperas do natal, chegamos com a antecedência necessária e pai e filho fizeram check-in sem problemas. Ainda tivemos tempo de fazer um lanche rápido no Burger King (o Liam está colecionando os brinquedinhos do filme Happy Feet!) e logo depois, acompanhei-os até a área de controle de passaportes (somente passageiros).

Foi ali que meu coração de mãe apertou, meu filho começou a chorar e eu, para encurtar a sessão-tortura, dei logo um abraço bem apertado, um beijo e fui embora - para não me debulhar em lágrimas na frente do menino e principalmente, porque mãe que é mãe evita surtar na frente dos filhos! Além do mais odeio despedidas, poderia escrever um livro sobre elas...Cheguei em casa, fui dormir e pouco depois da meia-noite, o telefone tocou. Atendi e ouvi a voz cansada do Liam dizendo que chegou na casa da avó - e que o avião era muito grande e ele tinha ficado com um pouco de medo...hehehe.

Agora ele vai curtir muito o natal inglês, com direito a ser paparicado pela família (avó, tias, tio e muitos primos) e ganhar muitos presentes. E eu fico aqui muito feliz por ele. Até porque, mãe de filho único tem de aprender a soltar a cria desde cedo...Eu, como filha única, bem sei como é isso. Minha mãe sempre me deixava ir - ficava com o coração apertado e lágrimas nos olhos mas deixava. E hoje eu procuro seguir o exemplo dela e fazer o mesmo com o meu filho. Não é fácil, mas é preciso.

Surtada!

Acabei de ler o blog da querida Tróia e cá estou
eu rindo sozinha (e esta menina escreve que é uma beleza). É que ela disse que anda surtada e que gostaria, ao menos, de aprender a surtar direitinho! Eu, como vivo surtada, achei graça.

Cá entre nós, surtar direitinho é uma arte que eu ainda não consegui dominar após anos de terapia, aulas de tai-chi (desisti em menos de 3 meses), e sessões esporádicas de reiki e acupuntura. To cut a long story short, eu simplesmente surto. E mais, confesso que morro de admiração por aquelas pessoas que conseguem manter a calma e a mente clara, apesar de tudo e de todos. Tem pessoas que o mundo pode cair à sua volta que elas nem se incomodam! Já outras almas mais sensíveis e de natureza impressionável (como a que vos escreve) se abalam com qualquer tempestade - seja uma tempestade de verdade ou a famosa tempestade em copo d´água. Ao menos estou aprendendo a rir das minhas desgraças, o que convenhamos, já é um bom começo!

Merry Christmas


Surfando pelo Flickr.com, achei esta foto irresistível da Pinky St. e decidi publicá-la aqui no meu blog. Aproveito a oportunidade para desejar a meus queridos amigos um Feliz Natal e um 2007 cheio de coisas boas - muita paz, alegria, saúde e sonhos realizados!

Natal...

Natal é sinônimo de presentes, festas e orgias gastronômicas mas acima de tudo, natal é família. E para mim - como para muitos outros por este mundo afora - o natal tem um lado triste. É que nessa data inevitavelmente somos lembrados de que não temos família próxima. No meu caso, não por estarem longe mas simplesmente porque não tenho mais mãe, nem avós, nem irmãos (sou filha única). Pra completar, meu filho vai passar o natal com o pai e a família na Inglaterra (o que eu acho ótimo para ele, não me entendam mal!). Com tudo isso, é quase inevitável a sensação de que estamos sozinhos no mundo nesta data em que tantas famílias se reúnem à mesa para mais uma ceia de natal.

Felizmente, tenho amigos aqui em Amsterdam na mesma situação e todo ano organizamos nossa Ceia de Natal Alternativa. Um leva o filho, outra o namorado ou marido, somam-se mais alguns amigos perdidos pela cidade e pronto: todos comemos, bebemos e celebramos a data em boa companhia. Como eu costumo dizer, meus amigos são minha família - ou ao menos, a família que escolhi.

Amor e amizade

Se fosse citar uma coisa que aprendi este ano, foi que na amizade (como no amor) também existe incompatibilidade de gênios. Aprendi que algumas pessoas podem gostar dos mesmos filmes, ler os mesmos livros e mesmo assim serem incompatíveis. Que as afinidades nem sempre são garantia de uma amizade verdadeira (e que não existem garantias na vida). Que o conceito de amizade é muito amplo e varia de pessoa pra pessoa - e algumas vezes de época para época na mesma pessoa. Porque as pessoas mudam.

E o mais importante, que nunca se deve esperar dos outros o que eles não podem nos dar (seja amigo, marido ou namorado). E aprendi que a vida continua, apesar de tudo. Vivendo e aprendendo.

Reflexões sobre o Natal

Presentes, presentes e mais presentes...Na sociedade de consumo moderna, Natal é, antes de mais nada, sinônimo de presentes.

Mas para quem tem filhos como eu, é importante que as crianças tenham alguma noção do significado do Natal e que percebam a troca de presentes como uma troca de afetos, um ato de doação. Quando comprar presentes passa a ser o único sentido das comemorações de natal, algo está errado. Até porque, comprar muitas vezes nada mais é do que um mero substituto para outros desejos não realizados. E se uma criança é estimulada desde cedo a consumir indiscriminadamente, as chances são grandes de que ela irá incorporar este padrão de consumo pelo resto de sua vida. Comprar passa a ser então uma fuga, um ato quase involuntário.

Como pais, devemos tentar controlar os impulsos consumistas de nossos filhos, bombardeados diariamente pelos comerciais de tv com as últimas novidades nas prateleiras das lojas de brinquedos. E acima de tudo, devemos dar o exemplo em nossos próprios hábitos de consumo. Não, não se pode isolar a criança numa redoma de vidro, ela faz parte do mundo e natal é tempo de ganhar e dar presentes. Mas como tudo na vida, a chave é o equilíbrio.

Pra finalizar, não devemos esquecer que, felizmente, a vida é muito mais do que possuir bens materiais. E algumas das coisas mais importantes que podemos dar a nossos filhos, o dinheiro não compra:

Mais tempo com você
Convivência em família
Tempo livre para lazer
Amigos de verdade
Contato com a natureza
Cultivar a espiritualidade
Aceitação e amor próprio
Respeito a si mesmo e ao próximo
Bons hábitos de saúde
Carinho e proteção



Chove horrores e eu com vontade de comer umas chocolate chip cookies ou tomar um chocolate quente... por sorte (ou azar) não tenho nada disso em casa. Pensando bem, é azar mesmo.

A Paixão pelo Cinema

Li no blog de uma amiga, não resisti e decidi fazer a minha lista de filmes - até porque, hoje está fazendo um dia de chuva horroroso por aqui. Quem me conhece sabe que cinema é a grande paixão da minha vida. Segue a lista com alguns de meus favoritos de todos os tempos (não necessariamente nesta ordem).

Magnolia (1999)
American Beauty (1999)
Secrets and Lies (1996)
A Fond Kiss (2004)
Happiness (1998)
Ghost World (2001)
Virgin Suicides (1999)
Lost in Translation (2003)
Elephant (2003)
Donnie Darko (2001)
Requiem for a Dream (2000)
The Ice Storm (1997)
The Royal Tenenbaums (2001)
The Hours (2002)
A Home at the End of the World (2004)
Annie Hall (1977)
Purple Rose of Cairo (1985)
Hannah and her Sisters (1986)
Le Fabuleux Destin d´Amélie Poulain (2001)
Chacun Cherche son Chat (1996)
My Life without Me (2003)
Before Sunrise (1995)
Before Sunset (2004)
La Double Vie de Veronique (1991)
The Unbearable Lightness of Being (1988)
Henry and June (1990)
Bleu-Blanc-Rouge
Asas do Desejo (1987)
Sonata de Outono (1978)
Cenas de um Casamento (1973)
O Pianista (2002)
Play it Again, Sam (1972)
Kaos (1984)
Before the Rain (1994)
Paisagem na Neblina
Hable con Ella (2002)
Girl with a Pearl Earring (2003)
Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004)
Dogville (2003)
The Edukators (2004)
5 x 2 (2004)
La Femme d'à côté (1981)
A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971)

E entre os clássicos:
Wizard of Oz (1939)
It´s a Wonderful Life (1946)
La Strada (1954)
Le Ballon Rouge (1956)
Morangos Silvestres (1957)
Noites de Cabíria (1957)
Les Quatre Cents Coups (1959)
The Apartment (1960)
Jules et Jim (1962)
O Anjo Exterminador (1962)
Giulietta degli spiriti (1965)
Belle de Jour (1967)
O Discreto Charme da Burguesia (1972)

Procrastinando

É sempre assim: tirei o domingo pra ficar quietinha em casa traduzindo (afinal, tenho de pagar minhas contas) e cá estou eu procrastinando de novo.

Ontem não resisti uma promoção e comprei DVDs de 2 filmes que adoro: A Home at the End of the World (baseado no livro de Michael Cunningham, o autor de The Hours) e Girl with a Pearl Earring (com a adorável Scarlett em mais um papel inesquecível). Não apenas revi o filme do Cunningham - e pasmem, chorei de novo nas mesmas cenas - como ainda fui pra cama acompanhada do mais novo livro dele, Specimen Days.

Hoje traduzi um pouco, dei uma orkutada (não acredito que escrevi isso), li os posts antigos do blog de uma amiga e fiz risotto al funghi de pacotinho (shame on me porque sei fazer risotto de verdade e até tinha o tal funghi em casa mas a preguiça venceu)! Ouvi muito Snow Patrol e um pouco de Madonna (Ray of Light).

Last but not least, joguei um tarô magnífico (me desculpem os incrédulos) como não jogava há tempos, daqueles de lavar a alma. E estou pronta para começar uma nova semana.

Agora só falta terminar a tradução! hehehe...

Minha primeira Pinky St.

Quem costuma ler o meu blog, já deve ter percebido que ando apaixonada pela bonequinha japonesa Pinky St. E já que coloquei uma foto dela no post abaixo, aqui vai a foto da Pinky que ganhei de aniversário da Anna.

Snow Patrol

Não, ainda não está nevando por aqui (eu bem que gostaria, sempre preferi a neve aos dias chuvosos). Snow Patrol é o nome de uma das minhas bandas de rock favoritas da atualidade. Uma banda de Glasgow que já lançou algumas pérolas no mercado como o álbum de estréia Songs for Polar Bears (2000), When It's All Over We Still Have to Clear Up (2001) e Final Straw (2004). Sem falar no recém-lançado Eyes Open (2006), que ainda não tive a oportunidade de conferir mas farei em breve!

Dedicado a uma amiga

Algumas pessoas nasceram para serem líderes, para se engajarem em lutas perdidas (ou nem tanto assim) enquanto a maioria do rebanho prefere fechar os olhos para os problemas do mundo e ter uma vida fácil.

Nos dias de hoje, é cada vez mais raro encontrar um ser pensante no meio do rebanho - alguém que não tenha medo de expôr suas opiniões e, conseqüentemente, de se expôr. Alguém cuja principal meta não seja agradar a gregos e troianos, assegurando seu lugar encima do muro. Alguém que não tenha medo de levantar a voz quando vê uma injustiça ou quando é confrontada com a ignorância alheia. Porque convenhamos, o ser humano é acomodado por natureza (cada um por si, Deus por todos).

Por essas e outras, tenho uma admiração cada vez maior por uma amiga que conheci melhor este ano (não sei como nossos caminhos não se cruzaram antes nessas terras baixas). Pela paixão que ela expressa ao falar das questões sociais, da injustiça no mundo e principalmente, dos injustiçados (os fracos e oprimidos). Pela capacidade crítica, por não aceitar as coisas como lhe são oferecidas de bandeja (o que o rebanho costuma fazer desde os tempos bíblicos) e por decidir por ela mesma o que acha. Em suma, pela sua capacidade de reflexão.

A verdade é que me identifico muito com as idéias dela. E ela ainda tem me lembrado de coisas que eu havia esquecido, uma delas chama-se dever social (ou dever civil). Pessoas bem-informadas, seja qual for a sociedade em que elas vivem, têm como dever contribuir para dissipar as trevas da ignorância - não por serem superiores ou melhores mas porque, no final das contas, estamos todos no mesmo barco (sem exceção) !

Happy Birthday To Me!

Ontem foi meu aniversário. Diga-se de passagem, não comemoro meu aniversário oficialmente há anos, mas não deixa de ser uma data simbólica. Ainda mais agora, pois de uns tempos pra cá, decidi que eu também tenho direito à felicidade e o que é mais importante - que ela só depende de mim.

Apesar das dificuldades dos últimos anos (e não foram poucas), hoje estou me reconciliando com os erros do passado, aprendendo a me perdoar e reconstruindo meu caminho. E já consigo ver a luz no fim do túnel.

Sou uma sobrevivente e isso fez de mim uma pessoa mais forte. Descobri uma força que eu não sabia ter e aprendi que na vida tudo tem solução, menos a morte, que é definitiva. Aprendi a viver um dia de cada vez. E a agradecer pelo que tenho de mais importante na vida: meu filho e meus amigos. Não sei o que seria da minha vida sem eles.


Das Ilusões (Mário Quintana)
Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entretanto. após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio!

3 autores que desisti de ler

Li no blog de uma amiga e como também adoro ler, resolvi colocar minha lista negra aqui também...se bem que já vou avisando, é uma questão meramente pessoal, não tenho a menor pretensão de ser crítica literária (nem poderia).

1. Jonathan Franzen - juro que tentei duas vezes, mas parei na metade do The Corrections (2001), livro muito badalado na mídia e vencedor do prestigioso prêmio literário National Book Award (EUA). Mas agora que o inverno chegou, e como sou teimosa, vou tentar outra vez (ou talvez não, pois admito ter um montão de livros interessantes pra ler aqui em casa no momento).

2. Zadie Smith - autora-prodígio, endeusada pela mídia inglesa graças ao sucesso estrondoso de seu primeiro livro, White Teeth (2000). A obra arrebatou inúmeros prêmios literários, entre eles o Orange Prize for Fiction e o Whitbread First Novel Award. Na verdade, admito que este é um caso duvidoso - o tema do livro me interessa e muito (assisti até a série produzida pela BBC), eu é que comecei o livro na hora errada e não consegui entrar na narrativa (shame on me!).

3. Jorge Amado - me desculpem os baianos, mas eu queria colocar um autor brasileiro na minha lista...Sim, admito ter uma certa cisma com romances regionalistas, embora eles tenham seu papel na Literatura Brasileira (mas eu poderia citar muitos autores melhores, a começar por Clarice Lispector, Caio Fernando Abreu e Guimarães Rosa). Acho o estilo dele pitoresco demais (a ponto de ser caricatural), o que inclusive colaborou pra criar uma forte imagem do Brasil no exterior que nem sempre corresponde à realidade como um todo mas parte dela - sem dúvida um dos (muitos) Brasis, mas não todo o Brasil.