segunda-feira, novembro 24, 2008

O fim-de-semana

Por causa da hérnia e do processo lento de recuperação (o que inclui fisioterapia 2x semana), eu não ia à Haia desde início de outubro. Nas últimas sete semanas, foi F. que pegou o trem e veio ao meu encontro em Amsterdã. O único problema é que ele só pode vir no sábado e tem de ir embora domingo à noite por causa do trabalho. Então acabamos tendo somente duas tardes (meio) corridas e uma noite juntos (sem falar que por causa da hérnia, eu não estava autorizada a sair passeando pela cidade)...Em compensação, quando vou à Haia (como neste fim-de-semana), são duas tardes inteiras e três noites pra curtirmos a companhia um do outro. Porque vou te contar, tem horas que morar em cidades diferentes é um saco!

Assim sendo, aproveitamos o fim-de-semana como não fazíamos há tempos - e admito que já estava com saudades da nossa boa e velha rotina. Comemos em nossos restaurantes favoritos, começando pelo japonês já na sexta à noite quando cheguei porque eu estava morrendo de vontade de comer sushi! Sábado à tarde fomos ao cinema assistir Burn After Reading dos excelentes irmãos Coen (pode não ser o melhor filme deles mas eles simplesmente não conseguem fazer um filme ruim, sério). Depois do filme fomos jantar no Himalayan, um restaurante bom e barato com um ótimo menu de pratos tradicionais da Índia, Nepal e Butão. Daqueles endereços escondidos e sem maiores pretensões que oferece comida autêntica, sem frescura (e precisa mais?). Como não podia deixar de ser, o lugar é favorito dos locais e como tem poucas mesas, se você não fizer reservas nem adianta sair de casa. Nós mesmos já havíamos tentado umas duas vezes então dessa vez aprendemos. E valeu muito a pena!

Domingo fui à uma gigantesca Feira de Artes e Artesanato onde pude fazer um estoque básico de material de scrapbooking para o inverno (e quem visita este humilde blog deve lembrar dos meus cartões feitos à mão). Depois de duas horas rondando a feira (coitado do F.), saímos debaixo de neve. Paisagem branca, o inverno mostrando sua melhor cara e eu saí na rua com luvas e cachecol como não fazia há tempos. Tomamos o tram (bonde) rumo ao centro da cidade e fomos jantar no restaurante indonésio Srikandi, outro favorito. Estilo semelhante ao do indiano que acabei de citar: cozinha autêntica, boa e barata. Só que nesse já tínhamos ido outras vezes. E sempre voltamos.

E num fim-de-semana de muito frio, é claro que rolaram umas sessões de cinema debaixo das cobertas...Tem coisa melhor do que isso numa noite fria de inverno? Vimos o clássico Five Easy Pieces (1970) com um Jack Nicholson inacreditavelmente jovem e já muito talentoso. E também Pee-Wee´s Big Aventure (1985), um dos primeiros filmes de Tim Burton, um de nossos diretores favoritos. Diga-se de passagem, considerando-se que já assisti a quase todos os filmes do diretor, não entendo como não assisti a esse filme antes! Um típico Tim Burton com cenas hilárias e um toque inusitado de Mon Oncle e Mister Bean (se é que isso é possível). Fora isso, assistimos ainda vários episódios de X-files.

Fim-de-semana bom demais, exatamente o que eu estava precisando no meio deste inferno astral...

Conselho de amigo



terça-feira, novembro 18, 2008

Medium

"No creo en brujas, pero que las hay, las hay..."

Ainda em fase de preparação para o longo e tenebroso inverno que se aproxima (e falando assim parece até exagero mas não é não) ganhei do F. as duas primeiras temporadas de Medium, uma de minhas séries de tv favoritas dos últimos anos. Já assisti (ou melhor, revi) os sete primeiros episódios, inclusive o piloto da série. E estou curtindo muito. Provavelmente a minha série favorita depois de Grey´s Anatomy.

Com os 60 vídeos adquiridos recentemente, mais alguns DVDs que ainda estão aguardando pacientemente na prateleira, agora só falta uma visita ao meu sebo favorito pra atualizar meu estoque de livros. Filmes e livros são munição essencial para os dias (e noites) de inverno, com ou sem cobertor de orelha! Eu simplesmente não sobrevivo sem eles. Quanto mais, melhor. E que venha o inverno...


sexta-feira, novembro 14, 2008

Ode à tristeza

Recebi este texto do Mulheres de 30, meu grupo favorito hoje e sempre (e eu nem tenho mais 30 anos mas elas deixam eu ficar assim mesmo, rsrsrs). Achei tão bonito que decidi compartilhar aqui com vocês. Ainda mais no mundo de hoje em que todo mundo vive correndo atrás da felicidade e todo mundo tem obrigação de ser feliz o tempo todo (ou quase). Meus caros amigos, a vida não é só alegria...O que diriam os grandes artistas, pintores e músicos da história da humanidade. Nem vou citar nomes porque vocês já entenderam o que eu quero dizer, né? Em suma, o que seria da alegria se não houvesse a tristeza. O que seria do sol se não houvesse a lua. O que seria dos dias ensolarados se não houvessem as noites escuras. Dizem as más línguas que o texto é de autoria da Zélia Duncan. Pode ser, pode não ser, só sei que ela(e) tirou as palavras da minha boca.



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Não, não vou falar mal da tristeza, não seria justo. Eu devo a ela minhas profundidades, minha imaginação, minha volta por cima. Graças a ela vislumbrei coisas importantes pra mim. Músicas que várias pessoas conhecem.

Cartas, textos, coisas que ninguém vai ler, mas que me serviram em algum momento. Mergulhei no pôr-do-sol, uivei pra lua, encostei a cabeça na janela naquele dia de chuva e ouvi a música mais linda do mundo.

Num dia triste, me sentindo fora do planeta, fui ao cinema e vi "Blade Runner". Num dia soturno fui caminhar na praia e vi a onda mais azul, o céu mais infinito e o horizonte mais perfeito. Num dia triste li e reli Fernando Pessoa e não me senti só.

Num dia assim triste uma criança correu e abraçou as minhas pernas, cutucou minha esperança, me confundiu com alguém querido e me fez ligar pra alguém que eu amava.

Num dia cinza eu me senti viva e quis virar lápis de cor. Num dia oco eu procurei motivos novos e antigos pra me preencher de novo e foi até divertido.

Num dia assim-assim trouxe um cachorrinho pra casa, que virou meu maior menor companheiro.

Num dia tristíssimo procurei por você e sua voz me encheu de sorrisos o resto do dia.

No dia mais triste do mundo eu perdi um amigo. No dia seguinte, ainda triste, agradeci por ter tido um dia um amigo que me valesse tanto.

Num dia infinitamente triste eu cantei, minha voz era a voz da tristeza que percorria o meu corpo. E fiz um monte de gente feliz.

E também para que não percamos o poder de ação, precisamos olhar para a tristeza, precisamos nos indignar com ela, precisamos desejar a alegria genuinamente. Com essa mania de corrigir tudo no computador, acabamos facilitando nossa fragilidade diante de tudo. Ortografias, fotos, cores, sorrisos, a vida vai virando um show de Truman de verdade! Você ouve uma voz, mas não tem certeza se foi corrigida ou não, vê uma foto, mas não sabe se há silicone, injeções ou Photoshop, lê um texto e a autoria fica vagando pelos sites.

Um olhar positivo sobre a vida é sempre fundamental, mas, neste mundo em que vivemos, ter como exigência o riso é quase uma falta de respeito… Ou de consciência. Sei lá, vejo as pessoas querendo morrer de rir, muitas vão ao teatro só se for comédia, e isso me assusta um pouco. Se não entrarmos em contato com as consistências das coisas e suas eventuais tristezas, como podemos acreditar na alegria quando ela vem?

quarta-feira, novembro 12, 2008

Sobre os filhos da gente



Meu amigo A. deu um palpite que me fez pensar um bocado então cá estou eu de novo! É que eu sempre fico impressionada quando pessoas que não tem filhos dão palpite na criação dos filhos da gente. Até porque, eu mesma que tenho filho raramente dou palpite na criação dos filhos dos outros. Porque antes de mais nada eu acredito, ou quero acreditar, que na grande maioria dos casos os pais sempre fazem o melhor possível (e isso inclui os meus pais e os seus pais também). No mais, cada um sabe onde o calo lhe aperta.

A verdade é que esse tipo de palpite costuma ser dado com as melhores intenções do mundo (the road to hell is full of good intentions). Mas eu acho estranho as pessoas falarem com tanta naturalidade sobre algo que não tem a menor idéia do que seja. É mais ou menos como falar de um país que você nunca visitou porque metáforas à parte, a maternidade é uma terra estrangeira....Mas não, não fiquei chateada quando meu amigo disse que meu filho era mimado - até porque, já ouvi esse comentário antes...e tem até um percentual de verdade mas a estória é beeeeeeem longa então deixa pra lá. Por outro lado, a vida dele nunca foi fácil, com 5 anos já viveu a separação dos pais e já tinha duas casas, dois quartos montados e por ai vai. Aos 8 anos ele já vai e volta de ônibus da escola sozinho, tem celular e sabe usar! Sem falar que ele vê a mãe semana sim, semana não...o que muita gente pouco-informada critica mas eu já me acostumei e sei como é importante a relação dele com o pai. Guarda compartilhada no final é isso, você literalmente compartilha o filho. E como filha única, hoje valorizo mais do que nunca a criação que minha mãe me deu. Ela nunca me prendeu, mesmo quando decidi mudar de continente! E como toda mãe que se preze, sempre pensou na minha felicidade.

Só sei que com o passar dos anos tenho percebido que no final das contas existem 2 tipos de pessoas neste mundo (sem querer ser simplista e já sendo). As pessoas que tem filhos e aquelas que não tem. Juro por Deus que só depois que coloca um filho neste mundo é que você passa a entender determinadas coisas, passa a ver o mundo com outros olhos. A começar porque passa a ser responsável pela vida de alguém e isso não é brincadeira não! Mas não tem jeito, é assim mesmo. Não estou querendo dizer que quem tem filhos é melhor do que quem não tem, apenas que são mundos diferentes. E quem tem filhos vai concordar comigo, claro.

Um exemplo recente na minha vida é uma grande amiga que conheço há mais de 20 anos e com a qual já dividi muitos momentos bons e ruins nesta vida. Foi por causa dela que acabei morando aqui na Holanda! Na época estava trabalhando em Dublin e decidi visitá-la. Apaixonei-me por Amsterdã e poucos meses depois me mudei para cá de mala e cuia. Pois bem, ela sempre foi daquelas mulheres decididas a NUNCA ter filhos, para ela as crianças não passavam de monstrinhos incômodos, barulhentos e melequentos (eu também já fui assim, rsrsrsrs)...Mas hoje ela tem um bebê de seis meses e desde o nascimento dele o mundo dela mudou. 100 %. Ela teve o menino aos 41 anos, quando meu filho já tinha completado 8 anos de idade. E inevitavelmente, a (nova) maternidade dela acabou fortalecendo vínculos que já existiam desde os tempos de Brasil. Até brinquei com ela que durante anos o Liam simplesmente não existiu pra ela e que agora ele passou a ser gente! Nos primeiros anos do meu filho ela NUNCA perguntava por ele. E por quê perguntaria? Quem não tem filho tem outras preocupações na cabeça, oras bolas! Assim ela ligava para a mãe do Liam e não para ele. Mesmo no primeiro aniversário dele, para o qual foi convidada, não me lembro de ela ter sequer pego o menino no colo. E hoje carrega o bebê dela prum canto e pro outro como uma leoa orgulhosa da cria. Ironias da vida (e estou muito feliz por ela).

Moral da estória: nem tudo é o que parece ;-)

segunda-feira, novembro 10, 2008

Happiness is...

Não é por nada não mas a vida é mesmo muito esquisita. Momentos felizes intercalados com momentos em que a gente quer mesmo é que o mundo pàre pra gente descer! E cá entre nós, já estou começando a acreditar que tem alguém fazendo vodu pra mim porque vou te contar...primeiro a hérnia, depois a mordida de rato e por aí vai...Só rindo mesmo, meus amigos. Haja folha de arruda pra sobreviver este inferno astral. Mas tudo passa...tudo passa mesmo. Se tem uma coisa que aprendi nesta vida (e daqui a 3 semanas completo mais uma primavera) é que tudo passa! E que tem momentos que o jeito é aguentar firme até a maré mudar. Como agora. E tentar apreciar os momentos felizes que surgem aqui e ali, efêmeros mas tão preciosos como preciosa é a felicidade. Pode ser uma coisa pequena. Um mero detalhe no dia-a-dia que só você percebe. Uma pequena lembrança. Ou uma conversa amiga.

Pois bem, sábado F. chegou aqui em casa com dois presentes muito simbólicos (embora ele mesmo talvez não tenha se dado conta do fato). Me presenteou literalmente pedacinhos de felicidade em forma da revista HAPPINEZ (uma revista muito legal que vende por aqui e que lida com temas de espiritualidade) e um pacote de Fortune Cookies só pra mim! Aqueles biscoitinhos que você costuma ganhar em restaurantes chineses com um papelzinho dentro com uma mensagem de (boa) sorte.

Fora isso, pra combater o baixo astral assistimos vários episódios de Friends este fim-de-semana. Descobri que é a série ideal para assistir em momentos de crise, rsrsrsrs. E por via das dúvidas, já resolvemos estocar para o (longo e tenebroso) inverno que se aproxima e compramos ontem um lote de 60 vídeos excelentes. Isso mesmo: vídeos. Aqui na Europa com a mania de colecionar DVDs (e eu também tenho um bocado por aqui), as pessoas acabam vendendo suas coleções de vídeos a preços módicos. Assim foi que pagamos EUR 30 por mais de 60 títulos de filmes de arte (50 eurocents por fita), dentre eles muitos premiados e alguns clássicos inesquecíveis. Só pra terem uma idéia - e quem é cinéfilo como eu entenderá o valor da compra - entre os títulos estão: Elephant Man, Wild at Heart, Mulholland Drive, Barton Fink, Shallow Grave, Chinatown, Gallipoli, A Short Film About Love, Apocalipse Now, Paris Texas, Manhattan, Winter Sleepers, The Sweet Hereafter, Being John Malkovich, Bowling for Columbine, Once Upon a Ttime in America, Once Upon a Time in the West, 4x Faulty Towers e muito mais! Ou seja, filmes pra durar o inverno inteiro até a primavera. Arsenal essencial para os próximos meses de escuridão e frio aqui no hemisfério norte. E assim a vida segue com seus altos e baixos.



PS. Dedicated to my hero, who makes my life more than bearable these days.

sábado, novembro 08, 2008

O-D-E-I-O ratos...


Pelo amor de Deus, como se não bastasse a hérnia da qual ainda estou me recuperando (vou começar a fisioterapia em breve), ontem o RATO do meu filho resolveu me morder...Meu ex-marido achou o desgraçado na rua há cerca de dois meses e meu filho insistiu tanto que acabou adotando o bicho. Meu filho é louco por bichos então fazer o que...Temos atualmente uma gata, um coelho, um gerbil (uma espécie de rato do deserto mas este é super tranquilo e sempre brinco com ele, pego na mão, etc) e o rato branco...Fora isso, já tivemos um porquinho-da-índia que morreu...assim como uma gatinha muito querida que acompanhou dez anos da minha trajetória aqui na Holanda.

Mas voltando ao rato...por causa da maldita mordida, acabei tendo de esperar uma hora e meia no Pronto Socorro pra tomar vacina antitetânica (tinha de ser no mesmo dia). Depois ainda saí do hospital e tive de ir na farmácia de plantão buscar uns antibióticos, porque a essas alturas já era oito e meia da noite e aqui tudo fecha cedo. Não é por nada não...mas a bruxa continua solta! Ou isso ou estou precisando urgentemente de umas folhas de arruda pra espantar OLHO GORDO (como dizia minha mãe).

Enfim: chuta que é macumba!!!

PS. Depois desta, nunca mais assistirei Ratatouille com os mesmos olhos.

sexta-feira, novembro 07, 2008

Presentes originais

Passeando pelos blogs alheios, encontrei uns sites muito legais para quem gosta de dar (e receber) presentes originais! São posters e canecos Made in UK com slogans divertidos. Os posters são impressos no escritório de um casal de artistas gráficos em Londres. E eu já estou até imaginando o poster da foto ao lado na parede do meu quarto. É que estou redecorando em cor-de-rosa...resolvi voltar à primeira infância e fazer um quarto de princesa pra mim, rsrsrsrsrs. Quem quiser conferir, clique aqui:

Posters
Mugs

quinta-feira, novembro 06, 2008

Leituras do mês


Como vocês já sabem, outubro foi realmente o Mês das Bruxas pra mim - chuta que é macumba! Mas ao menos li alguns livros bem interessantes. E como não tive tempo de comentá-los por aqui antes, decidi comentar logo antes que me esqueça.

Os livros escolhidos foram: Never Let me Go (Kazuo Ishiguro), The Time Traveller´s Wife (Audrey Niffenegger) e Things We Knew Were True (Nicci Gerrard). Os dois primeiros são leituras bastante absorventes e, coincidentemente, o tema central em ambos é a ficção científica. Never Let me Go lida com a polêmica questão dos clones humanos e em vários momentos me fez lembrar Blade Runner e Brave New World. Linguagem poética e acima de tudo, um livro muito bem escrito pelo autor de Remains of the Day. Já The Time Traveller´s Wife lida com viagens no tempo e assim sendo, acompanhamos o protagonista através de suas viagens ao passado e ao futuro. Isso gera uma narrativa bastante original...e em algumas partes confusa! Recomendo a leitura de ambos, mesmo pra quem não é fissurado em ficção científica. Até porque, eu não classificaria nenhum dos dois títulos como sendo ficção científica e sim romances literários que lidam com o tema. O que, convenhamos, é bem diferente.

Things We Knew Were True segue uma narrativa clássica e lida com temas bastante pesados...O principal tema aqui é o passado e as escolhas que fizemos ou deixamos de fazer. Até aí nada de novo pois esse tema já foi discutido (diria até que à exaustão) em inúmeras outras obras. Mas a verdade é que sempre toca o leitor, em um ou outro momento. Eu particularmente achei a leitura pesada por eu mesma ter perdido a minha mãe (não conto mais pra não estragar a leitura de quem talvez se interesse em ler). E já aviso que o livro é bastante melancólico e portanto não recomendo sua leitura em dias escuros de inverno.

Agora dei uma pequena pausa e estou com uma dúvida tremenda sobre que livro começar a ler. Alguém aí tem uma sugestão pra me dar? So many books, so little time...

quarta-feira, novembro 05, 2008

Momento histórico



Time for Change. OBAMA é o novo presidente dos EUA. E eu simplesmente não podia deixar de comentar a campanha mais emocionante dos últimos tempos. Manchete internacional e assunto do momento pelo mundo afora. Aqui na Europa os principais canais de tv transmitiram ao vivo as eleições a noite inteira (19hs nos EUA era 1 da manhã na Europa Central). Acordei às 7 da manhã como todos os dias e foi a primeira notícia que ouvi. E provavelmente também a melhor notícia do ano.
Tecnologia do Blogger.

O fim-de-semana

Por causa da hérnia e do processo lento de recuperação (o que inclui fisioterapia 2x semana), eu não ia à Haia desde início de outubro. Nas últimas sete semanas, foi F. que pegou o trem e veio ao meu encontro em Amsterdã. O único problema é que ele só pode vir no sábado e tem de ir embora domingo à noite por causa do trabalho. Então acabamos tendo somente duas tardes (meio) corridas e uma noite juntos (sem falar que por causa da hérnia, eu não estava autorizada a sair passeando pela cidade)...Em compensação, quando vou à Haia (como neste fim-de-semana), são duas tardes inteiras e três noites pra curtirmos a companhia um do outro. Porque vou te contar, tem horas que morar em cidades diferentes é um saco!

Assim sendo, aproveitamos o fim-de-semana como não fazíamos há tempos - e admito que já estava com saudades da nossa boa e velha rotina. Comemos em nossos restaurantes favoritos, começando pelo japonês já na sexta à noite quando cheguei porque eu estava morrendo de vontade de comer sushi! Sábado à tarde fomos ao cinema assistir Burn After Reading dos excelentes irmãos Coen (pode não ser o melhor filme deles mas eles simplesmente não conseguem fazer um filme ruim, sério). Depois do filme fomos jantar no Himalayan, um restaurante bom e barato com um ótimo menu de pratos tradicionais da Índia, Nepal e Butão. Daqueles endereços escondidos e sem maiores pretensões que oferece comida autêntica, sem frescura (e precisa mais?). Como não podia deixar de ser, o lugar é favorito dos locais e como tem poucas mesas, se você não fizer reservas nem adianta sair de casa. Nós mesmos já havíamos tentado umas duas vezes então dessa vez aprendemos. E valeu muito a pena!

Domingo fui à uma gigantesca Feira de Artes e Artesanato onde pude fazer um estoque básico de material de scrapbooking para o inverno (e quem visita este humilde blog deve lembrar dos meus cartões feitos à mão). Depois de duas horas rondando a feira (coitado do F.), saímos debaixo de neve. Paisagem branca, o inverno mostrando sua melhor cara e eu saí na rua com luvas e cachecol como não fazia há tempos. Tomamos o tram (bonde) rumo ao centro da cidade e fomos jantar no restaurante indonésio Srikandi, outro favorito. Estilo semelhante ao do indiano que acabei de citar: cozinha autêntica, boa e barata. Só que nesse já tínhamos ido outras vezes. E sempre voltamos.

E num fim-de-semana de muito frio, é claro que rolaram umas sessões de cinema debaixo das cobertas...Tem coisa melhor do que isso numa noite fria de inverno? Vimos o clássico Five Easy Pieces (1970) com um Jack Nicholson inacreditavelmente jovem e já muito talentoso. E também Pee-Wee´s Big Aventure (1985), um dos primeiros filmes de Tim Burton, um de nossos diretores favoritos. Diga-se de passagem, considerando-se que já assisti a quase todos os filmes do diretor, não entendo como não assisti a esse filme antes! Um típico Tim Burton com cenas hilárias e um toque inusitado de Mon Oncle e Mister Bean (se é que isso é possível). Fora isso, assistimos ainda vários episódios de X-files.

Fim-de-semana bom demais, exatamente o que eu estava precisando no meio deste inferno astral...

Conselho de amigo



Medium

"No creo en brujas, pero que las hay, las hay..."

Ainda em fase de preparação para o longo e tenebroso inverno que se aproxima (e falando assim parece até exagero mas não é não) ganhei do F. as duas primeiras temporadas de Medium, uma de minhas séries de tv favoritas dos últimos anos. Já assisti (ou melhor, revi) os sete primeiros episódios, inclusive o piloto da série. E estou curtindo muito. Provavelmente a minha série favorita depois de Grey´s Anatomy.

Com os 60 vídeos adquiridos recentemente, mais alguns DVDs que ainda estão aguardando pacientemente na prateleira, agora só falta uma visita ao meu sebo favorito pra atualizar meu estoque de livros. Filmes e livros são munição essencial para os dias (e noites) de inverno, com ou sem cobertor de orelha! Eu simplesmente não sobrevivo sem eles. Quanto mais, melhor. E que venha o inverno...


Ode à tristeza

Recebi este texto do Mulheres de 30, meu grupo favorito hoje e sempre (e eu nem tenho mais 30 anos mas elas deixam eu ficar assim mesmo, rsrsrs). Achei tão bonito que decidi compartilhar aqui com vocês. Ainda mais no mundo de hoje em que todo mundo vive correndo atrás da felicidade e todo mundo tem obrigação de ser feliz o tempo todo (ou quase). Meus caros amigos, a vida não é só alegria...O que diriam os grandes artistas, pintores e músicos da história da humanidade. Nem vou citar nomes porque vocês já entenderam o que eu quero dizer, né? Em suma, o que seria da alegria se não houvesse a tristeza. O que seria do sol se não houvesse a lua. O que seria dos dias ensolarados se não houvessem as noites escuras. Dizem as más línguas que o texto é de autoria da Zélia Duncan. Pode ser, pode não ser, só sei que ela(e) tirou as palavras da minha boca.



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Não, não vou falar mal da tristeza, não seria justo. Eu devo a ela minhas profundidades, minha imaginação, minha volta por cima. Graças a ela vislumbrei coisas importantes pra mim. Músicas que várias pessoas conhecem.

Cartas, textos, coisas que ninguém vai ler, mas que me serviram em algum momento. Mergulhei no pôr-do-sol, uivei pra lua, encostei a cabeça na janela naquele dia de chuva e ouvi a música mais linda do mundo.

Num dia triste, me sentindo fora do planeta, fui ao cinema e vi "Blade Runner". Num dia soturno fui caminhar na praia e vi a onda mais azul, o céu mais infinito e o horizonte mais perfeito. Num dia triste li e reli Fernando Pessoa e não me senti só.

Num dia assim triste uma criança correu e abraçou as minhas pernas, cutucou minha esperança, me confundiu com alguém querido e me fez ligar pra alguém que eu amava.

Num dia cinza eu me senti viva e quis virar lápis de cor. Num dia oco eu procurei motivos novos e antigos pra me preencher de novo e foi até divertido.

Num dia assim-assim trouxe um cachorrinho pra casa, que virou meu maior menor companheiro.

Num dia tristíssimo procurei por você e sua voz me encheu de sorrisos o resto do dia.

No dia mais triste do mundo eu perdi um amigo. No dia seguinte, ainda triste, agradeci por ter tido um dia um amigo que me valesse tanto.

Num dia infinitamente triste eu cantei, minha voz era a voz da tristeza que percorria o meu corpo. E fiz um monte de gente feliz.

E também para que não percamos o poder de ação, precisamos olhar para a tristeza, precisamos nos indignar com ela, precisamos desejar a alegria genuinamente. Com essa mania de corrigir tudo no computador, acabamos facilitando nossa fragilidade diante de tudo. Ortografias, fotos, cores, sorrisos, a vida vai virando um show de Truman de verdade! Você ouve uma voz, mas não tem certeza se foi corrigida ou não, vê uma foto, mas não sabe se há silicone, injeções ou Photoshop, lê um texto e a autoria fica vagando pelos sites.

Um olhar positivo sobre a vida é sempre fundamental, mas, neste mundo em que vivemos, ter como exigência o riso é quase uma falta de respeito… Ou de consciência. Sei lá, vejo as pessoas querendo morrer de rir, muitas vão ao teatro só se for comédia, e isso me assusta um pouco. Se não entrarmos em contato com as consistências das coisas e suas eventuais tristezas, como podemos acreditar na alegria quando ela vem?

Sobre os filhos da gente



Meu amigo A. deu um palpite que me fez pensar um bocado então cá estou eu de novo! É que eu sempre fico impressionada quando pessoas que não tem filhos dão palpite na criação dos filhos da gente. Até porque, eu mesma que tenho filho raramente dou palpite na criação dos filhos dos outros. Porque antes de mais nada eu acredito, ou quero acreditar, que na grande maioria dos casos os pais sempre fazem o melhor possível (e isso inclui os meus pais e os seus pais também). No mais, cada um sabe onde o calo lhe aperta.

A verdade é que esse tipo de palpite costuma ser dado com as melhores intenções do mundo (the road to hell is full of good intentions). Mas eu acho estranho as pessoas falarem com tanta naturalidade sobre algo que não tem a menor idéia do que seja. É mais ou menos como falar de um país que você nunca visitou porque metáforas à parte, a maternidade é uma terra estrangeira....Mas não, não fiquei chateada quando meu amigo disse que meu filho era mimado - até porque, já ouvi esse comentário antes...e tem até um percentual de verdade mas a estória é beeeeeeem longa então deixa pra lá. Por outro lado, a vida dele nunca foi fácil, com 5 anos já viveu a separação dos pais e já tinha duas casas, dois quartos montados e por ai vai. Aos 8 anos ele já vai e volta de ônibus da escola sozinho, tem celular e sabe usar! Sem falar que ele vê a mãe semana sim, semana não...o que muita gente pouco-informada critica mas eu já me acostumei e sei como é importante a relação dele com o pai. Guarda compartilhada no final é isso, você literalmente compartilha o filho. E como filha única, hoje valorizo mais do que nunca a criação que minha mãe me deu. Ela nunca me prendeu, mesmo quando decidi mudar de continente! E como toda mãe que se preze, sempre pensou na minha felicidade.

Só sei que com o passar dos anos tenho percebido que no final das contas existem 2 tipos de pessoas neste mundo (sem querer ser simplista e já sendo). As pessoas que tem filhos e aquelas que não tem. Juro por Deus que só depois que coloca um filho neste mundo é que você passa a entender determinadas coisas, passa a ver o mundo com outros olhos. A começar porque passa a ser responsável pela vida de alguém e isso não é brincadeira não! Mas não tem jeito, é assim mesmo. Não estou querendo dizer que quem tem filhos é melhor do que quem não tem, apenas que são mundos diferentes. E quem tem filhos vai concordar comigo, claro.

Um exemplo recente na minha vida é uma grande amiga que conheço há mais de 20 anos e com a qual já dividi muitos momentos bons e ruins nesta vida. Foi por causa dela que acabei morando aqui na Holanda! Na época estava trabalhando em Dublin e decidi visitá-la. Apaixonei-me por Amsterdã e poucos meses depois me mudei para cá de mala e cuia. Pois bem, ela sempre foi daquelas mulheres decididas a NUNCA ter filhos, para ela as crianças não passavam de monstrinhos incômodos, barulhentos e melequentos (eu também já fui assim, rsrsrsrs)...Mas hoje ela tem um bebê de seis meses e desde o nascimento dele o mundo dela mudou. 100 %. Ela teve o menino aos 41 anos, quando meu filho já tinha completado 8 anos de idade. E inevitavelmente, a (nova) maternidade dela acabou fortalecendo vínculos que já existiam desde os tempos de Brasil. Até brinquei com ela que durante anos o Liam simplesmente não existiu pra ela e que agora ele passou a ser gente! Nos primeiros anos do meu filho ela NUNCA perguntava por ele. E por quê perguntaria? Quem não tem filho tem outras preocupações na cabeça, oras bolas! Assim ela ligava para a mãe do Liam e não para ele. Mesmo no primeiro aniversário dele, para o qual foi convidada, não me lembro de ela ter sequer pego o menino no colo. E hoje carrega o bebê dela prum canto e pro outro como uma leoa orgulhosa da cria. Ironias da vida (e estou muito feliz por ela).

Moral da estória: nem tudo é o que parece ;-)

Happiness is...

Não é por nada não mas a vida é mesmo muito esquisita. Momentos felizes intercalados com momentos em que a gente quer mesmo é que o mundo pàre pra gente descer! E cá entre nós, já estou começando a acreditar que tem alguém fazendo vodu pra mim porque vou te contar...primeiro a hérnia, depois a mordida de rato e por aí vai...Só rindo mesmo, meus amigos. Haja folha de arruda pra sobreviver este inferno astral. Mas tudo passa...tudo passa mesmo. Se tem uma coisa que aprendi nesta vida (e daqui a 3 semanas completo mais uma primavera) é que tudo passa! E que tem momentos que o jeito é aguentar firme até a maré mudar. Como agora. E tentar apreciar os momentos felizes que surgem aqui e ali, efêmeros mas tão preciosos como preciosa é a felicidade. Pode ser uma coisa pequena. Um mero detalhe no dia-a-dia que só você percebe. Uma pequena lembrança. Ou uma conversa amiga.

Pois bem, sábado F. chegou aqui em casa com dois presentes muito simbólicos (embora ele mesmo talvez não tenha se dado conta do fato). Me presenteou literalmente pedacinhos de felicidade em forma da revista HAPPINEZ (uma revista muito legal que vende por aqui e que lida com temas de espiritualidade) e um pacote de Fortune Cookies só pra mim! Aqueles biscoitinhos que você costuma ganhar em restaurantes chineses com um papelzinho dentro com uma mensagem de (boa) sorte.

Fora isso, pra combater o baixo astral assistimos vários episódios de Friends este fim-de-semana. Descobri que é a série ideal para assistir em momentos de crise, rsrsrsrs. E por via das dúvidas, já resolvemos estocar para o (longo e tenebroso) inverno que se aproxima e compramos ontem um lote de 60 vídeos excelentes. Isso mesmo: vídeos. Aqui na Europa com a mania de colecionar DVDs (e eu também tenho um bocado por aqui), as pessoas acabam vendendo suas coleções de vídeos a preços módicos. Assim foi que pagamos EUR 30 por mais de 60 títulos de filmes de arte (50 eurocents por fita), dentre eles muitos premiados e alguns clássicos inesquecíveis. Só pra terem uma idéia - e quem é cinéfilo como eu entenderá o valor da compra - entre os títulos estão: Elephant Man, Wild at Heart, Mulholland Drive, Barton Fink, Shallow Grave, Chinatown, Gallipoli, A Short Film About Love, Apocalipse Now, Paris Texas, Manhattan, Winter Sleepers, The Sweet Hereafter, Being John Malkovich, Bowling for Columbine, Once Upon a Ttime in America, Once Upon a Time in the West, 4x Faulty Towers e muito mais! Ou seja, filmes pra durar o inverno inteiro até a primavera. Arsenal essencial para os próximos meses de escuridão e frio aqui no hemisfério norte. E assim a vida segue com seus altos e baixos.



PS. Dedicated to my hero, who makes my life more than bearable these days.

O-D-E-I-O ratos...


Pelo amor de Deus, como se não bastasse a hérnia da qual ainda estou me recuperando (vou começar a fisioterapia em breve), ontem o RATO do meu filho resolveu me morder...Meu ex-marido achou o desgraçado na rua há cerca de dois meses e meu filho insistiu tanto que acabou adotando o bicho. Meu filho é louco por bichos então fazer o que...Temos atualmente uma gata, um coelho, um gerbil (uma espécie de rato do deserto mas este é super tranquilo e sempre brinco com ele, pego na mão, etc) e o rato branco...Fora isso, já tivemos um porquinho-da-índia que morreu...assim como uma gatinha muito querida que acompanhou dez anos da minha trajetória aqui na Holanda.

Mas voltando ao rato...por causa da maldita mordida, acabei tendo de esperar uma hora e meia no Pronto Socorro pra tomar vacina antitetânica (tinha de ser no mesmo dia). Depois ainda saí do hospital e tive de ir na farmácia de plantão buscar uns antibióticos, porque a essas alturas já era oito e meia da noite e aqui tudo fecha cedo. Não é por nada não...mas a bruxa continua solta! Ou isso ou estou precisando urgentemente de umas folhas de arruda pra espantar OLHO GORDO (como dizia minha mãe).

Enfim: chuta que é macumba!!!

PS. Depois desta, nunca mais assistirei Ratatouille com os mesmos olhos.

Presentes originais

Passeando pelos blogs alheios, encontrei uns sites muito legais para quem gosta de dar (e receber) presentes originais! São posters e canecos Made in UK com slogans divertidos. Os posters são impressos no escritório de um casal de artistas gráficos em Londres. E eu já estou até imaginando o poster da foto ao lado na parede do meu quarto. É que estou redecorando em cor-de-rosa...resolvi voltar à primeira infância e fazer um quarto de princesa pra mim, rsrsrsrsrs. Quem quiser conferir, clique aqui:

Posters
Mugs

Leituras do mês


Como vocês já sabem, outubro foi realmente o Mês das Bruxas pra mim - chuta que é macumba! Mas ao menos li alguns livros bem interessantes. E como não tive tempo de comentá-los por aqui antes, decidi comentar logo antes que me esqueça.

Os livros escolhidos foram: Never Let me Go (Kazuo Ishiguro), The Time Traveller´s Wife (Audrey Niffenegger) e Things We Knew Were True (Nicci Gerrard). Os dois primeiros são leituras bastante absorventes e, coincidentemente, o tema central em ambos é a ficção científica. Never Let me Go lida com a polêmica questão dos clones humanos e em vários momentos me fez lembrar Blade Runner e Brave New World. Linguagem poética e acima de tudo, um livro muito bem escrito pelo autor de Remains of the Day. Já The Time Traveller´s Wife lida com viagens no tempo e assim sendo, acompanhamos o protagonista através de suas viagens ao passado e ao futuro. Isso gera uma narrativa bastante original...e em algumas partes confusa! Recomendo a leitura de ambos, mesmo pra quem não é fissurado em ficção científica. Até porque, eu não classificaria nenhum dos dois títulos como sendo ficção científica e sim romances literários que lidam com o tema. O que, convenhamos, é bem diferente.

Things We Knew Were True segue uma narrativa clássica e lida com temas bastante pesados...O principal tema aqui é o passado e as escolhas que fizemos ou deixamos de fazer. Até aí nada de novo pois esse tema já foi discutido (diria até que à exaustão) em inúmeras outras obras. Mas a verdade é que sempre toca o leitor, em um ou outro momento. Eu particularmente achei a leitura pesada por eu mesma ter perdido a minha mãe (não conto mais pra não estragar a leitura de quem talvez se interesse em ler). E já aviso que o livro é bastante melancólico e portanto não recomendo sua leitura em dias escuros de inverno.

Agora dei uma pequena pausa e estou com uma dúvida tremenda sobre que livro começar a ler. Alguém aí tem uma sugestão pra me dar? So many books, so little time...

Momento histórico



Time for Change. OBAMA é o novo presidente dos EUA. E eu simplesmente não podia deixar de comentar a campanha mais emocionante dos últimos tempos. Manchete internacional e assunto do momento pelo mundo afora. Aqui na Europa os principais canais de tv transmitiram ao vivo as eleições a noite inteira (19hs nos EUA era 1 da manhã na Europa Central). Acordei às 7 da manhã como todos os dias e foi a primeira notícia que ouvi. E provavelmente também a melhor notícia do ano.