terça-feira, abril 28, 2009

9 anos!


Incrível como o tempo vooooooooa!!! Entra ano, sai ano e só sei que meu bebê completou hoje 9 anos de idade. E a cada dia que passa vem se tornando uma criatura mais especial. Com gostos e interesses próprios. Manias e medos de criança. Liam ama os bichos e a natureza acima de tudo. Adora baleias e tubarões. Dinossauros. Playmobil. LEGO. Pokemon. Sponge Bob. Adora desenhar - está frequentando um atelier infantil desde fevereiro no zoológico da cidade e portanto a cara dele!!! No mais, é um menino muito sociável que não perde a chance de fazer uma palhaçada. Tem humor inglês igualzinho ao do pai. E é falante igualzinho à mãe, chega a levar castigo na escola porque fala pelos cotovelos na sala de aula...Carinhoso, mas também peralta como todo menino sabe ser.

Por causa da minha operação, este ano não teve festa. Mas como toda mãe que se preze, eu não podia deixar o dia passar em branco. Então lá fui eu correndo comprar um bolo de morangos na HEMA (a loja favorita de 9 entre 10 holandeses e minha também, uma espécie de Lojas Americanas daqui). E acabei chamando de última hora o amiguinho que mora aqui no prédio (na foto) e dois amigos de anos, desde o tempo da escola antiga. Naomi e Jonathan (ela aparece por trás do Liam mas não saiu direito) são amigos fiéis, quase irmãos. E claro, meu ex-marido veio com o irmão (uncle Jimmy) e trouxe mais torta. Dessa vez a famosa torta holandesa que não pode faltar nas festas daqui: limburgse vlaai. Ou seja, minha dieta que já não andava lá grande coisa, foi pro beleléu...

Mas o melhor da festa foram provavelmente os presentes que toda criança adora ganhar. Este ano foi o Playmobil Safari que acaba de sair nas lojas. Ele ganhou da mãe o set com as hienas e do pai o set com avestruzes. Do F. ele ainda ganha o set com leões e do tio o set com zebras e búfalo. E assim ficamos todos felizes! Nos dois últimos anos só tem dado Playmobil aqui em casa. Ano passado ele ganhou praticamente a coleção completa do Guarda Florestal. Mas desconfio que este seja o último ano...porque muito provavelmente ano que vem ele vai entrar de uma vez por todas na onda dos games. Já é fascinado por Nintendo DS (mas eu não comprei ainda porque prefiro adiar o máximo possível). E andou paquerando o Wii de um amigo vizinho...Ai meu bolso!!!

Então filho é assim, vai crescendo, crescendo e um belo dia a gente olha e pensa: e dizer que saiu de dentro de mim! Ser mãe é realmente uma experiência indescritível.


..........................................................................................................................................................................
PS. Quase ia me esquecendo! Além do Playmobil, Liam ganhou ainda do pai sua primeira câmera digital. Quem sabe ele aprende a tirar fotos melhor do que eu? Porque desenhar o danado já desenha melhor há tempos. Por falar em fotografia (que eu amo), minha mãe era uma ótima fotógrafa, à moda antiga. Calculava tudo a mão: zoom, distância, luminosidade, etc. Ela tinha uma daquelas KODAK antigas. E uma outra que esqueci a marca.

segunda-feira, abril 27, 2009

Feito por mim




Resolvi tirar fotos dos cartões que tenho aqui em casa porque a coleção aumenta a cada dia - e eu ando num tédio danado! Ao menos descobri uma nova terapia além do blog: scrapbooking (já tem até marcador aí do lado, pra quem não percebeu). Só vou dizer que não é das terapias mais baratas, porque o material, peloamordeDeus!!! Cada papel mais lindo do que o outro (sem falar nas fitinhas, botões e todo tipo de embellishments), do tipo que você compra e depois fica com pena de usar! Lilly e Isabella certamente me entendem, né?

Para os leigos, scrapbooking é o hobby de criar álbuns de fotos (scrap pages) com diferentes estilos e temas. O que eu acho ótimo mas confesso que ando mais interessada em fazer scrapcards e mini álbuns (como o que fiz com fotos da minha mãe). Outro dia mesmo fiz um mini-book Notes to Myself que ficou lindo (vou colocar um post à parte). Ah sim, os cartões aqui encima foram feitos tempos atrás, quando eu comprei um monte de papel com o tema Dia dos Namorados (que aqui na Europa é comemorado em fevereiro, como nos EUA). Como só tenho um namorado e um monte de cartões, acho que vou começar a vendê-los, hehehe. Assim faço um dinheirinho pra comprar mais material!


PS. E eu continuo tendo problemas com a minha câmera digital...

Concentração ZERO

Pois eu ando numa inquietude danada. Sem concentração alguma. O que significa que mal tenho conseguido ler alguma coisa. E a pilha de livros aguardando ansiosamente serem lidos cresce a cada semana (a foto ao lado não mente). E vocês sabem que eu amo meus livros mais do que qualquer outra coisa neste mundo! Mas ontem subitamente me dei conta de que para ler preciso de algumas condições básicas. E não estou falando necessariamente do silêncio (embora eu nunca leia ouvindo rádio, por ex.).

Eu diria que a condição mais básica é uma certa dose de tranquilidade interior que me permita parar tudo, pegar um livro e devorar umas 30 páginas de uma sentada...Infelizmente não tenho sentido esta tranquilidade nas últimas semanas. Muito pelo contrário, ando tão ansiosa que chego a ficar irritada comigo mesma (go get a life). Primeiro foram semanas esperando a data da operação. Depois semanas esperando até me recuperar. E este fim-de-semana as dores na coluna aumentaram consideravelmente então decidi tomar juízo e descansar mais - em vez de fingir que nada está acontecendo e ir perambular no shopping de novo! Pra quem não sabe, sou muito impaciente...o que nessas horas pode ser perigoso (pra não dizer autodestrutivo, né?).

O que estou querendo dizer (porque estou sempre tentando entender a mim mesma) é que odeio restrições de qualquer tipo. Odeio quando a minha liberdade de movimento é restrita por uma ou outra razão. Mesmo que seja por razões médicas, como é o caso agora. Não tem jeito, fico P da vida. O que só complica as coisas, como F. já percebeu...Coitado, fim-de-semana passado eu estava num mau humor digno de TPM. Reclamando de tudo que ainda não posso fazer...Decididamente, a paciência nunca foi uma das minhas virtudes. Disso vocês podem ter certeza.




.................................................................................................................................................................
PS. Hoje me forcei a passar a tarde deitada e até consegui dormir umas duas horas (o corpo obviamente pede descanso, por mais que eu seja teimosa). E estou conseguindo aos poucos retomar o velho e bom hábito da leitura. Ontem à noite comecei a ler The Private Lives of Pippa Lee. Intrigante.


sexta-feira, abril 24, 2009

Tá difícil...

Desde novembro engordei uns 4 kgs e não está nada fácil porque no momento não posso fazer nenhuma atividade física - a não ser caminhar (e isso com moderação). Nadar só a partir de final de maio. E eu confesso que estou morrendo de tédio em casa, ansiosa pra vida voltar ao normal e pra eu poder curtir a primavera lá fora. E sim, acabo comendo mais do que deveria. O meu problema é que tenho o mau hábito de comer quando estou entediada, quando estou triste, quando estou ansiosa, e por ai vai...Deu pra sacar o drama, né?

Então a verdade é que a operação correu bem, estou me recuperando rapidamente mas a (maldita) hérnia atrapalhou, e em muito, meus planos. Eu estava indo muito bem no ano passado, tinha perdido quase 12kgs quando os problemas de coluna começaram e tive de parar tudo. Chato demais! Mas não quero nem posso desistir. Dois passos pra frente, um pra trás e a gente segue como pode.

Ao menos tenho tido tempo suficiente pra elaborar meu plano B. Mês que vem vou começar a frequentar as sessões dos Vigilantes do Peso aqui do meu bairro. Só não comecei porque tenho de ir de ônibus e não posso pegar ônibus ainda...saco, viu!!! E assim que for oficialmente liberada, volto a nadar no mínimo 2x semana. Porque é tudo um círculo vicioso: quando eu nado, eu me sinto melhor e como alimentos mais saudáveis. Então pra eu emagrecer só a famosa combinação de dieta e esportes (no meu caso, natação). Que provavelmente é mesmo a única combinação que funciona!

Surtada, eu? Cansada de ser gorda, isso sim. Mas eu prometi a mim mesma que não vou deixar a peteca cair desta vez. E juro que volto daqui a uns meses pra dizer que perdi mais 10 kgs. Então ficamos combinados!



PS. A foto descreve bem como me sinto: P da vida.
PS2: Tava tão P da vida que consegui escrever sessões errado!!! Erro devidamente corrigido, caros leitores. :-)

A pergunta



Alguém pode me explicar porque é tão difícil perder peso e tão fácil ganhar?



quarta-feira, abril 22, 2009

A recuperação

Depois de duas semanas sem internet, estou de volta! E antes de mais nada, quero dizer que a operação correu bem e estou me recuperando rapidamente. Foram duas noites no hospital, no dia seguinte à operação eu já estava literalmente andando (com dificuldades e com ajuda da fisioterapeuta, claro), tive alta e fui pra casa com o F. A recomendação dos médicos dali pra frente era se movimentar aos poucos, em vez de ficar na cama o tempo todo. Isso porque quanto mais tempo na cama, mais demorada a recuperação. Assim sendo, logo na primeira semana já me levantava várias vezes ao dia pra ir ao banheiro, cozinha, etc. E a partir do quinto dia, tenho saído quase que diariamente na rua (até porque, a primavera chegou e os dias andam irresistíveis). Bem verdade que ando devagar igual uma tartaruga e só vou mesmo no parque aqui perto. Ou no shopping center aqui da esquina porque estou proibida de andar de ônibus, tram ou trem nas primeiras 4 semanas. Obviamente ainda não posso carregar as compras de supermercado então tenho tido a ajuda do F., que vem pra cá todo fim-de-semana.


E por falar em F., confesso que tenho a sorte de ter não apenas a ajuda do namorado como do ex-marido (parece até Dona Flor e seus dois maridos, rsrsrss). O ex além de cuidar do meu filho enquanto me recupero ainda trouxe na primeira semana comida feita em casa! Um banana loaf que é uma perdição e uma das especialidades da cozinha inglesa: quiche - de brocolis, que eu adoro! Uma coisa eu devo dizer: meu ex cozinha muito melhor do que eu. Além dos dois, meu filho também já está grandinho o bastante - completa 9 anos semana que vem – e já aprendeu a servir meu café da manhã na cama. Então não vou reclamar, né?


Pra finalizar, não posso nem pretendo ficar horas sentada no computador porque sentar é mais complicado (e dói mais) do que caminhar!!! Consigo ficar uns 20 minutos sentada e depois tenho de me levantar e me esticar. Ou ir deitar. Ah sim, hoje irei pela segunda vez na minha médica pra trocar as gazes adesivas (não sei como se fala isso em português mas vocês entendem). E daqui a 4 semanas volto ao hospital pra consulta de controle com o neuro-cirurgião que me operou. E a partir desta data, provavelmente estarei liberada pra nadar...antes disso, nem pensar!


Em suma, a recuperação vai muito bem, obrigada. Embora eu ainda tenha dores todos os dias mas ela tem diminuído gradualmente (como era de se esperar) assim como as doses de analgésicos. Não vejo a hora de vestir o maiô e ir nadar...

sexta-feira, abril 03, 2009

Operação marcada

Não teve mesmo jeito. Finalmente vou operar a hérnia que vem me atazanando a vida desde outubro (quem acompanha este blog sabe do que estou falando). Nunca fiz nenhuma operação e esta é a segunda vez que fico em um hospital. A primeira vez foi há quase 9 anos, quando tive meu filho. Por coincidência, no mesmo hospital!

Segunda de manhã vou pro hospital fazer os exames pré-operatórios de praxe, a operação propriamente dita está marcada pra terça. Dependendo do pós-operatório, deverei levar alta na quarta ou quinta-feira (com analgésicos pra tomar em casa, claro). Depois disso, devo ficar uns dias em casa de môlho, mas aos poucos devo começar a andar. A idéia não é de ficar semanas na cama, muito pelo contrário (e eu nem quero). Nos primeiros 5 dias você praticamente não consegue sair da cama mas depois vai melhorando até o dia em que pode andar normalmente. E eu ainda nem fui operada e mal posso esperar por este dia. Certamente em um dia de primavera radiante como hoje em que todo mundo saiu pra rua. Gente sorrindo por toda parte, celebrando a chegada da primavera.

Hoje de manhã fui nadar - pela segunda vez esta semana - e fiz uma caminhada gostosa pelo parque na volta. Até sentei no meu banco favorito no parque pra apreciar melhor a paisagem. Impressionante como o ser humano só dá valor ao que tem quando perde algo! Saúde é um exemplo típico. A gente não dá valor até o dia em que tem de ser hospitalizado. Claro que eu vou ficar boa logo mas só o fato de ter de esperar 4 a 6 semanas pra poder começar a fazer atividades físicas de novo (e me refiro a natação somente, o resto continua proibido) e justo na primavera é um saco!!!. Ao menos já tenho um plano infalível pros longos dias de repouso forçado. Muitos livros e filmes, como eu gosto.

Torçam por mim.

quinta-feira, abril 02, 2009

The Reader



Não, ainda não assisti o filme e confesso que estou morrendo de vontade de conferir mais uma boa atuação da Kate Winslet - dessa vez premiada com o Oscar. Mas passando ontem pela Central Station aqui de Amsterdã, vi este poster, não resisti e tirei uma foto! E não é que a foto ficou bonita? Eu sempre gostei de estações de trem. Encontros, desencontros, possibilidades.

Depois que assistir o filme, eu volto aqui pra comentar. Pra não perder o costume, claro.

Mais cartões!



Como comentei recentemente, decidi postar mais coisas sobre scrapbooking. Afinal, é uma das coisas que mais tenho feito ultimamente. Então ai vai mais uma leva de cartões que fiz este mês. Cada série tem seu esquema de cores, desta vez peguei uns restos de papel com bolinhas e fiz a festa! Quanto aos girassóis, achei tão lindos que decidi usar em um cartão (já tinha usado no mini-album para a minha mãe mas sobraram alguns).

E então, o que vocês acham?!!

quarta-feira, abril 01, 2009

Stella


Como disse no post anterior, acabei de assistir Stella e já aviso que o filme é dos bons, embora eu seja suspeita pra falar pois amo o cinema francês. Filme de estréia da diretora Sylvie Verheyde, ele é um roteiro autobiográfico do ano em que ela entrou para o ginásio (anos 70). Um período de transição, muitas incertezas e acima de tudo, novas descobertas.

É que por uma daquelas obras do destino, a menina acaba indo estudar em um ginásio tradicional frequentado por crianças de boa família. A nova escola é um desafio diário para a menina de origem simples e ela logo percebe que é diferente de seus colegas de classe. Stella se sente um peixe fora d´agua, tem muita dificuldade em acompanhar as aulas e só tira notas ruins. Seus pais são donos de um bar (e bebem que é uma beleza) e não têm nenhuma educação formal, muito menos ambições para a filha.

Um retrato sombrio, não fosse a amizade que ela faz com Gladys, filha de imigrantes argentinos. Gladys cresce em uma família de intelectuais, seu pai é psiquiatra e as discussões à mesa do jantar são de alto teor cultural e filosófico. Ela é a melhor aluna da classe, e também representante da classe. A amizade com Gladys abre para Stella as portas de um mundo totalmente novo. Ela descobre o prazer da leitura, começa a ler Balzac e Jean Cocteau. Descobre os filmes de arte e começa a ouvir música de qualidade, entre outros clássicos da chanson française que a amiga coloca pra ela ouvir. Até então Stella só havia convivido com mendigos, bêbados e outros párias da sociedade. E tudo que havia aprendido era preparar cocktails e jogar poker, além de entender de futebol e música popular.

Um filme comovente sobre uma menina que consegue fugir do seu destino de classe através da amizade com uma menina de família tradicional. E também o relato sincero da passagem da infância para a adolescência, com as incertezas típicas da idade e o primeiro amor. Em suma: vale a pena conferir!
Tecnologia do Blogger.

9 anos!


Incrível como o tempo vooooooooa!!! Entra ano, sai ano e só sei que meu bebê completou hoje 9 anos de idade. E a cada dia que passa vem se tornando uma criatura mais especial. Com gostos e interesses próprios. Manias e medos de criança. Liam ama os bichos e a natureza acima de tudo. Adora baleias e tubarões. Dinossauros. Playmobil. LEGO. Pokemon. Sponge Bob. Adora desenhar - está frequentando um atelier infantil desde fevereiro no zoológico da cidade e portanto a cara dele!!! No mais, é um menino muito sociável que não perde a chance de fazer uma palhaçada. Tem humor inglês igualzinho ao do pai. E é falante igualzinho à mãe, chega a levar castigo na escola porque fala pelos cotovelos na sala de aula...Carinhoso, mas também peralta como todo menino sabe ser.

Por causa da minha operação, este ano não teve festa. Mas como toda mãe que se preze, eu não podia deixar o dia passar em branco. Então lá fui eu correndo comprar um bolo de morangos na HEMA (a loja favorita de 9 entre 10 holandeses e minha também, uma espécie de Lojas Americanas daqui). E acabei chamando de última hora o amiguinho que mora aqui no prédio (na foto) e dois amigos de anos, desde o tempo da escola antiga. Naomi e Jonathan (ela aparece por trás do Liam mas não saiu direito) são amigos fiéis, quase irmãos. E claro, meu ex-marido veio com o irmão (uncle Jimmy) e trouxe mais torta. Dessa vez a famosa torta holandesa que não pode faltar nas festas daqui: limburgse vlaai. Ou seja, minha dieta que já não andava lá grande coisa, foi pro beleléu...

Mas o melhor da festa foram provavelmente os presentes que toda criança adora ganhar. Este ano foi o Playmobil Safari que acaba de sair nas lojas. Ele ganhou da mãe o set com as hienas e do pai o set com avestruzes. Do F. ele ainda ganha o set com leões e do tio o set com zebras e búfalo. E assim ficamos todos felizes! Nos dois últimos anos só tem dado Playmobil aqui em casa. Ano passado ele ganhou praticamente a coleção completa do Guarda Florestal. Mas desconfio que este seja o último ano...porque muito provavelmente ano que vem ele vai entrar de uma vez por todas na onda dos games. Já é fascinado por Nintendo DS (mas eu não comprei ainda porque prefiro adiar o máximo possível). E andou paquerando o Wii de um amigo vizinho...Ai meu bolso!!!

Então filho é assim, vai crescendo, crescendo e um belo dia a gente olha e pensa: e dizer que saiu de dentro de mim! Ser mãe é realmente uma experiência indescritível.


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PS. Quase ia me esquecendo! Além do Playmobil, Liam ganhou ainda do pai sua primeira câmera digital. Quem sabe ele aprende a tirar fotos melhor do que eu? Porque desenhar o danado já desenha melhor há tempos. Por falar em fotografia (que eu amo), minha mãe era uma ótima fotógrafa, à moda antiga. Calculava tudo a mão: zoom, distância, luminosidade, etc. Ela tinha uma daquelas KODAK antigas. E uma outra que esqueci a marca.

Feito por mim




Resolvi tirar fotos dos cartões que tenho aqui em casa porque a coleção aumenta a cada dia - e eu ando num tédio danado! Ao menos descobri uma nova terapia além do blog: scrapbooking (já tem até marcador aí do lado, pra quem não percebeu). Só vou dizer que não é das terapias mais baratas, porque o material, peloamordeDeus!!! Cada papel mais lindo do que o outro (sem falar nas fitinhas, botões e todo tipo de embellishments), do tipo que você compra e depois fica com pena de usar! Lilly e Isabella certamente me entendem, né?

Para os leigos, scrapbooking é o hobby de criar álbuns de fotos (scrap pages) com diferentes estilos e temas. O que eu acho ótimo mas confesso que ando mais interessada em fazer scrapcards e mini álbuns (como o que fiz com fotos da minha mãe). Outro dia mesmo fiz um mini-book Notes to Myself que ficou lindo (vou colocar um post à parte). Ah sim, os cartões aqui encima foram feitos tempos atrás, quando eu comprei um monte de papel com o tema Dia dos Namorados (que aqui na Europa é comemorado em fevereiro, como nos EUA). Como só tenho um namorado e um monte de cartões, acho que vou começar a vendê-los, hehehe. Assim faço um dinheirinho pra comprar mais material!


PS. E eu continuo tendo problemas com a minha câmera digital...

Concentração ZERO

Pois eu ando numa inquietude danada. Sem concentração alguma. O que significa que mal tenho conseguido ler alguma coisa. E a pilha de livros aguardando ansiosamente serem lidos cresce a cada semana (a foto ao lado não mente). E vocês sabem que eu amo meus livros mais do que qualquer outra coisa neste mundo! Mas ontem subitamente me dei conta de que para ler preciso de algumas condições básicas. E não estou falando necessariamente do silêncio (embora eu nunca leia ouvindo rádio, por ex.).

Eu diria que a condição mais básica é uma certa dose de tranquilidade interior que me permita parar tudo, pegar um livro e devorar umas 30 páginas de uma sentada...Infelizmente não tenho sentido esta tranquilidade nas últimas semanas. Muito pelo contrário, ando tão ansiosa que chego a ficar irritada comigo mesma (go get a life). Primeiro foram semanas esperando a data da operação. Depois semanas esperando até me recuperar. E este fim-de-semana as dores na coluna aumentaram consideravelmente então decidi tomar juízo e descansar mais - em vez de fingir que nada está acontecendo e ir perambular no shopping de novo! Pra quem não sabe, sou muito impaciente...o que nessas horas pode ser perigoso (pra não dizer autodestrutivo, né?).

O que estou querendo dizer (porque estou sempre tentando entender a mim mesma) é que odeio restrições de qualquer tipo. Odeio quando a minha liberdade de movimento é restrita por uma ou outra razão. Mesmo que seja por razões médicas, como é o caso agora. Não tem jeito, fico P da vida. O que só complica as coisas, como F. já percebeu...Coitado, fim-de-semana passado eu estava num mau humor digno de TPM. Reclamando de tudo que ainda não posso fazer...Decididamente, a paciência nunca foi uma das minhas virtudes. Disso vocês podem ter certeza.




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PS. Hoje me forcei a passar a tarde deitada e até consegui dormir umas duas horas (o corpo obviamente pede descanso, por mais que eu seja teimosa). E estou conseguindo aos poucos retomar o velho e bom hábito da leitura. Ontem à noite comecei a ler The Private Lives of Pippa Lee. Intrigante.


Tá difícil...

Desde novembro engordei uns 4 kgs e não está nada fácil porque no momento não posso fazer nenhuma atividade física - a não ser caminhar (e isso com moderação). Nadar só a partir de final de maio. E eu confesso que estou morrendo de tédio em casa, ansiosa pra vida voltar ao normal e pra eu poder curtir a primavera lá fora. E sim, acabo comendo mais do que deveria. O meu problema é que tenho o mau hábito de comer quando estou entediada, quando estou triste, quando estou ansiosa, e por ai vai...Deu pra sacar o drama, né?

Então a verdade é que a operação correu bem, estou me recuperando rapidamente mas a (maldita) hérnia atrapalhou, e em muito, meus planos. Eu estava indo muito bem no ano passado, tinha perdido quase 12kgs quando os problemas de coluna começaram e tive de parar tudo. Chato demais! Mas não quero nem posso desistir. Dois passos pra frente, um pra trás e a gente segue como pode.

Ao menos tenho tido tempo suficiente pra elaborar meu plano B. Mês que vem vou começar a frequentar as sessões dos Vigilantes do Peso aqui do meu bairro. Só não comecei porque tenho de ir de ônibus e não posso pegar ônibus ainda...saco, viu!!! E assim que for oficialmente liberada, volto a nadar no mínimo 2x semana. Porque é tudo um círculo vicioso: quando eu nado, eu me sinto melhor e como alimentos mais saudáveis. Então pra eu emagrecer só a famosa combinação de dieta e esportes (no meu caso, natação). Que provavelmente é mesmo a única combinação que funciona!

Surtada, eu? Cansada de ser gorda, isso sim. Mas eu prometi a mim mesma que não vou deixar a peteca cair desta vez. E juro que volto daqui a uns meses pra dizer que perdi mais 10 kgs. Então ficamos combinados!



PS. A foto descreve bem como me sinto: P da vida.
PS2: Tava tão P da vida que consegui escrever sessões errado!!! Erro devidamente corrigido, caros leitores. :-)

A pergunta



Alguém pode me explicar porque é tão difícil perder peso e tão fácil ganhar?



A recuperação

Depois de duas semanas sem internet, estou de volta! E antes de mais nada, quero dizer que a operação correu bem e estou me recuperando rapidamente. Foram duas noites no hospital, no dia seguinte à operação eu já estava literalmente andando (com dificuldades e com ajuda da fisioterapeuta, claro), tive alta e fui pra casa com o F. A recomendação dos médicos dali pra frente era se movimentar aos poucos, em vez de ficar na cama o tempo todo. Isso porque quanto mais tempo na cama, mais demorada a recuperação. Assim sendo, logo na primeira semana já me levantava várias vezes ao dia pra ir ao banheiro, cozinha, etc. E a partir do quinto dia, tenho saído quase que diariamente na rua (até porque, a primavera chegou e os dias andam irresistíveis). Bem verdade que ando devagar igual uma tartaruga e só vou mesmo no parque aqui perto. Ou no shopping center aqui da esquina porque estou proibida de andar de ônibus, tram ou trem nas primeiras 4 semanas. Obviamente ainda não posso carregar as compras de supermercado então tenho tido a ajuda do F., que vem pra cá todo fim-de-semana.


E por falar em F., confesso que tenho a sorte de ter não apenas a ajuda do namorado como do ex-marido (parece até Dona Flor e seus dois maridos, rsrsrss). O ex além de cuidar do meu filho enquanto me recupero ainda trouxe na primeira semana comida feita em casa! Um banana loaf que é uma perdição e uma das especialidades da cozinha inglesa: quiche - de brocolis, que eu adoro! Uma coisa eu devo dizer: meu ex cozinha muito melhor do que eu. Além dos dois, meu filho também já está grandinho o bastante - completa 9 anos semana que vem – e já aprendeu a servir meu café da manhã na cama. Então não vou reclamar, né?


Pra finalizar, não posso nem pretendo ficar horas sentada no computador porque sentar é mais complicado (e dói mais) do que caminhar!!! Consigo ficar uns 20 minutos sentada e depois tenho de me levantar e me esticar. Ou ir deitar. Ah sim, hoje irei pela segunda vez na minha médica pra trocar as gazes adesivas (não sei como se fala isso em português mas vocês entendem). E daqui a 4 semanas volto ao hospital pra consulta de controle com o neuro-cirurgião que me operou. E a partir desta data, provavelmente estarei liberada pra nadar...antes disso, nem pensar!


Em suma, a recuperação vai muito bem, obrigada. Embora eu ainda tenha dores todos os dias mas ela tem diminuído gradualmente (como era de se esperar) assim como as doses de analgésicos. Não vejo a hora de vestir o maiô e ir nadar...

Operação marcada

Não teve mesmo jeito. Finalmente vou operar a hérnia que vem me atazanando a vida desde outubro (quem acompanha este blog sabe do que estou falando). Nunca fiz nenhuma operação e esta é a segunda vez que fico em um hospital. A primeira vez foi há quase 9 anos, quando tive meu filho. Por coincidência, no mesmo hospital!

Segunda de manhã vou pro hospital fazer os exames pré-operatórios de praxe, a operação propriamente dita está marcada pra terça. Dependendo do pós-operatório, deverei levar alta na quarta ou quinta-feira (com analgésicos pra tomar em casa, claro). Depois disso, devo ficar uns dias em casa de môlho, mas aos poucos devo começar a andar. A idéia não é de ficar semanas na cama, muito pelo contrário (e eu nem quero). Nos primeiros 5 dias você praticamente não consegue sair da cama mas depois vai melhorando até o dia em que pode andar normalmente. E eu ainda nem fui operada e mal posso esperar por este dia. Certamente em um dia de primavera radiante como hoje em que todo mundo saiu pra rua. Gente sorrindo por toda parte, celebrando a chegada da primavera.

Hoje de manhã fui nadar - pela segunda vez esta semana - e fiz uma caminhada gostosa pelo parque na volta. Até sentei no meu banco favorito no parque pra apreciar melhor a paisagem. Impressionante como o ser humano só dá valor ao que tem quando perde algo! Saúde é um exemplo típico. A gente não dá valor até o dia em que tem de ser hospitalizado. Claro que eu vou ficar boa logo mas só o fato de ter de esperar 4 a 6 semanas pra poder começar a fazer atividades físicas de novo (e me refiro a natação somente, o resto continua proibido) e justo na primavera é um saco!!!. Ao menos já tenho um plano infalível pros longos dias de repouso forçado. Muitos livros e filmes, como eu gosto.

Torçam por mim.

The Reader



Não, ainda não assisti o filme e confesso que estou morrendo de vontade de conferir mais uma boa atuação da Kate Winslet - dessa vez premiada com o Oscar. Mas passando ontem pela Central Station aqui de Amsterdã, vi este poster, não resisti e tirei uma foto! E não é que a foto ficou bonita? Eu sempre gostei de estações de trem. Encontros, desencontros, possibilidades.

Depois que assistir o filme, eu volto aqui pra comentar. Pra não perder o costume, claro.

Mais cartões!



Como comentei recentemente, decidi postar mais coisas sobre scrapbooking. Afinal, é uma das coisas que mais tenho feito ultimamente. Então ai vai mais uma leva de cartões que fiz este mês. Cada série tem seu esquema de cores, desta vez peguei uns restos de papel com bolinhas e fiz a festa! Quanto aos girassóis, achei tão lindos que decidi usar em um cartão (já tinha usado no mini-album para a minha mãe mas sobraram alguns).

E então, o que vocês acham?!!

Stella


Como disse no post anterior, acabei de assistir Stella e já aviso que o filme é dos bons, embora eu seja suspeita pra falar pois amo o cinema francês. Filme de estréia da diretora Sylvie Verheyde, ele é um roteiro autobiográfico do ano em que ela entrou para o ginásio (anos 70). Um período de transição, muitas incertezas e acima de tudo, novas descobertas.

É que por uma daquelas obras do destino, a menina acaba indo estudar em um ginásio tradicional frequentado por crianças de boa família. A nova escola é um desafio diário para a menina de origem simples e ela logo percebe que é diferente de seus colegas de classe. Stella se sente um peixe fora d´agua, tem muita dificuldade em acompanhar as aulas e só tira notas ruins. Seus pais são donos de um bar (e bebem que é uma beleza) e não têm nenhuma educação formal, muito menos ambições para a filha.

Um retrato sombrio, não fosse a amizade que ela faz com Gladys, filha de imigrantes argentinos. Gladys cresce em uma família de intelectuais, seu pai é psiquiatra e as discussões à mesa do jantar são de alto teor cultural e filosófico. Ela é a melhor aluna da classe, e também representante da classe. A amizade com Gladys abre para Stella as portas de um mundo totalmente novo. Ela descobre o prazer da leitura, começa a ler Balzac e Jean Cocteau. Descobre os filmes de arte e começa a ouvir música de qualidade, entre outros clássicos da chanson française que a amiga coloca pra ela ouvir. Até então Stella só havia convivido com mendigos, bêbados e outros párias da sociedade. E tudo que havia aprendido era preparar cocktails e jogar poker, além de entender de futebol e música popular.

Um filme comovente sobre uma menina que consegue fugir do seu destino de classe através da amizade com uma menina de família tradicional. E também o relato sincero da passagem da infância para a adolescência, com as incertezas típicas da idade e o primeiro amor. Em suma: vale a pena conferir!