quinta-feira, julho 30, 2009

Scrap News




Tenho feito algumas coisinhas interessantes nas últimas semanas. Terminei mais um mini-álbum no tema Amizade, reunindo fotos de dois amigos de longa data: Pedro e Valéria. São quase 25 anos de amizade então amizade das antigas a gente tem de comemorar ! No álbum entraram ainda meu filho Liam e o bebê dela, além do meu querido F. Esta semana estou completando o álbum do Bosque dos Dinossauros (postarei fotos assim que acabar tudo, faltam os detalhes finais).

As fotos aqui de cima são de uma encomenda que recebi ontem pelo correio. Um pacote recheado de papéis, bordas auto-adesivas (adhesive borders), journaling spots, etc etc etc. Quase tudo da nova DoodleBug collection - simplesmente irresistível (cerejas, morangos e sorvetes fofíssimos). Comprei numa das minhas lojas favoritas aqui na Holanda, especializada em material de scrapbooking. Agora é esperar ansiosamente o próximo Crea Weekend, no segundo fim-de-semana de setembro. Já vou começar a economizar meu rico dinheirinho...

terça-feira, julho 28, 2009

35 Rhums



Como muitos já sabem, eu adoro filmes franceses. E recentemente assisti 35 Rhums, de Claire Denis. A estória se passa nos subúrbios de Paris e os protagonistas são imigrantes caribenhos (não é a toa que a maioria das pessoas que aparecem na tela são negros). Mas quem pensa que se trata de mais um filme sobre a dura vida de imigrante (e é mesmo) nos subúrbios das grandes metrópoles européias se engana! Como a própria diretora fez questão de deixar bem claro em suas entrevistas.

Na verdade, o tema recorrente não é a questão do imigrante e sim a questão do desapego. Desapego de um homem que se vê aposentado e não sabe fazer outra coisa senão pensar no emprego que teve a vida inteira. Desapego de um pai que após criar sua filha sozinha, percebe que ela cresceu e decide que é hora dela seguir seu caminho sem ele. Situações corriqueiras da vida em que nos vemos obrigados a aprender a arte do desapego. E sim, o desapego é uma arte, sem sombra de dúvida.

O filme trata acima de tudo da relação simbiótica entre pai e filha. Neste caso, uma relação delicada e que se justifica sem muitas palavras...pensando bem, como a maioria dos personagens deste filme. No estilo típico da diretora, as imagens são mais fortes do que as palavras. O que significa que uma imagem vale mais do que mil palavras. Um filme de arte, que provavelmente agradará a um público restrito. Eu gostei.

Love is...

terça-feira, julho 21, 2009

Meu primeiro Murakami

Finalmente terminei de ler o meu primeiro livro - e certamente não o último porque já emendei no segundo - do escritor japonês Haruki Murakami. Achei Kafka on the Shore no meu sebo favorito e como só havia ouvido críticas positivas sobre o autor, decidi levá-lo pra casa. E não me arrependo, é uma leitura fascinante e que vicia o leitor como poucos escritores (ainda) conseguem nos dias de hoje. Enfim, um clássico moderno.

A narrativa intercala capítulos dos dois personagens principais, Kafka Tamura, um adolescente que acaba de fugir de casa e Nakata, um ancião muito especial que, apesar de não saber ler, consegue se comunicar com gatos (isso mesmo). Kafka está fugindo de seu pai e de seu destino. E buscando sua mãe e sua irmã, que o abandonaram quando ele tinha apenas 4 anos. Acima de tudo, ele está em busca de si mesmo. Ao longo de sua trajetória mítica, vão surgindo outros personagens instigantes como Johnnie Walker (do whisky com o mesmo nome) e Colonel Sanders (o cara no logo da Kentucky Fried Chicken, juro por Deus). Sem falar em Oshima, uma espécie de hermafrodita.

A narrativa é recheada de referências à mitologia grega, além de alguma referência à filosofia e à música clássica. Com direito a efeitos especiais como uma chuva de sardinhas que invariavelmente me fez lembrar da famosa cena da chuva de rãs no filme Magnolia (que, diga-se de passagem, também amo). E já que falei em cinema, em muitos momentos a estória me fez lembrar dos filmes de David Lynch (como Lost Highway e Mulholland Drive). Daquelas coisas que não tem explicação lógica mas parecem acontecer todo tempo. Metáforas e mais metáforas. Cabe ao leitor decifrar o(s) enigma(s).

Só sei que gostei tanto do livro que fiquei enrolando pra terminar de ler...foram mais de 2 semanas de degustação. Fim-de-semana passado fui na livraria comprar outro livro do autor. O escolhido foi Norwegian Wood, o primeiro livro de Murakami (escrito em 1987 e traduzido no ano 2000). Début literário aclamado unanimamente pela crítica internacional. Então pra quem ainda não conhece, fica a dica. Vale a pena conferir!

segunda-feira, julho 20, 2009

Um dos meus blogs favoritos




Um dos blogs que visito religiosamente em busca de inspiração (e onde costumo ficar verde de inveja) é o blog da Geninne, uma artista excepcional. Ela mora no México e faz ilustrações maravilhosas de pássaros, plantas, borboletas, pedras e por ai vai.

Um ode à natureza e acima de tudo, à simplicidade. De uma beleza e delicadeza incomparáveis - e tão necessárias - nos dias de hoje. Este inspiration board da foto aí encima mostra alguns dos trabalhos dela. Ela tem um studio e uma loja online, além de já ter tido suas ilustrações publicadas em vários livros, claro. Posters à venda na loja, enviados do México para os quatro cantos do mundo!

sexta-feira, julho 17, 2009

Errata


Voltei rapidinho só pra corrigir o erro do post anterior (ato falho, nem Freud explica). Encontrei o site da fotógrafa canadense Dina Goldstein e o tal projeto Fallen Princesses. Pra variar não resisti, então ai vai mais uma foto! Confiram com seus próprios olhos o que acontece quando a Chapéuzinho Vermelho decide se entupir de MacMeals...shame on you, hehehe. O texto a seguir eu copiei descaradamente do blog Etc e tal porque estou com uma preguiça danada de escrever...Vou lá tomar mais um café.

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É meio desanimador a gente ser adulto e perceber que o "felizes pra sempre" não existe. Saber que toda essa magia que as crianças imaginam em volta dos vestidos bufantes, coloridos, a espera pelo seu príncipe encantado, a vida sempre cheia de borboletinhas em volta, esquilinhos e flores que cantam e dançam simplesmente não existe. As vezes acho que esse mundo da Disney é um refúgio. Pelo menos pra mim, era uma forma de ver o mundo diferente. Colorido e sem maldade. E a Disney sabe fazer isso muito bem. E admito que até hoje as vezes assisto algum filme da Disney e acho que alguma borboletinha vai alegrar meu dia. Tanto que todos os filmes que tem "felizes pra sempre" eu realmente sempre achei que eles iam ficar com aquela cara de doce caramelado pra sempre. Isso é, se realmente levarmos a fantasia a sério. Mas se realmente fôssemos tirar a fantasia do mundo disney e transpassa-lo pro mundo atual, realmente as coisas seriam bem diferentes.

E foi isso que a fotógrafa Dina Goldstein fez.

Um set de fotos entitulado "Fallen Princesses" que mostra o que houve com as princesas depois do “felizes para sempre”. A idéia baseou-se em retratar as princesas em cenários e questões do mundo atual.

Em pesquisa realizada pela própria fotógrafa, as histórias originais das princesas não tinham nada de bonitinho e fofo. Os aspectos horrendos das histórias foram mudados pela Disney. (que horror!). O interesse e a inspiração de Dina nasceu ao ver a paixão de meninas de 3 anos pelas princesas da Disney. Aí ela começou a imaginar tais princesas expostas à problemas do mundo atual, como doenças, vícios e problemas com a auto imagem. O resultado ta aí…

quinta-feira, julho 16, 2009

Happy Ever After?



Fotografia de Annie Leibovitz para um projeto da Disney. Com a atriz Rachel Weisz no papel de Branca de Neve. Mais aqui.

quarta-feira, julho 15, 2009

Sobre ser bom

Lendo um blog qualquer li algo que me fez parar pra pensar. Que a gente deve aprender a ser bom consigo mesmo, antes de mais nada. A gente deve ser bom consigo mesmo pra depois poder ser bom com os outros...pensando bem, na Bíblia está escrito que a gente deve amar o próximo como a si mesmo. Ou seja, tudo começa - e provavelmente termina - com o amor próprio.

Eu sempre fui daquelas pessoas prontas a ajudar os outros. Sempre com os ouvidos abertos pra ouvir os problemas dos amigos. Sempre tentando resolver os problemas dos outros (santa ingenuidade). Sempre me envolvendo demais na estória alheia, muitas vezes sofrendo junto. O único momento em que não fiz isso foi quando eu mesma estava cheia de problemas. Quando precisei parar tudo e cuidar de mim mesma antes de botar a cara na rua de novo.

Com o passar dos anos, fui percebendo que eu sabia ser amiga dos outros mas precisava aprender a ser amiga de mim mesma! Antes de mais nada, descobri que precisava ser mais dócil comigo mesma, menos crítica - pra não dizer cricri mesmo. Descobri que precisava ter mais paciência comigo mesma e com as minhas dificuldades. Que eu precisava aprender a respeitar o meu ritmo (cada coisa a seu tempo). E aceitar as minhas limitações. Porque a vida me ensinou que às vezes a gente precisa dar muito murro em ponta de faca até aprender a lição. E depois de aprender a lição só nos resta seguir em frente. De preferência, sem olhar pra trás!

Há alguns anos, um velho amigo me disse algo que nunca mais esqueci. Seja boa com você mesma - o que é muito mais do que cuidar-se bem, se é que vocês entendem onde quero chegar. E eu continuo tentando. Continuo mesmo.

Começa a aventura



Eu poderia dizer que começa a batalha. Mas convenhamos, aventura soa bem melhor! Depois de muita procrastinação, anteontem fui pela primeira vez a uma reunião dos Vigilantes do Peso aqui no meu bairro. Então digo e repito: começa a aventura. Sim, porque na luta contra os quilos, toda arma é bem-vinda. Principalmente se for algo testado e aprovado há mais de 40 anos, em vários países! Passam as dietas da moda (Atkins, Montignac, dieta dos carboidratos, dieta da lua, etc.) mas a dieta do Vigilantes fica. O segredo é muito simples: não trata-se de mais uma dieta milagrosa e sim de uma reeducação alimentar, combinada a uma rotina de exercícios à escolha do cliente (no meu caso, natação).

Faz muito sentido, e confesso que a dieta é bem menos restrita do que muitas que vi por aí. Em vez de contar calorias, você conta pontos, anotando diariamente tudo que entra pela boca. E assim vai aprendendo a se alimentar ao invés de se empanturrar de comida - duas atividades distintas, vejam bem. Vai aprendendo a se alimentar sem necessariamente engordar. E ainda melhora a condição física e a saúde em geral.

Só sei que demorei a começar mas de certa forma já tenho meio caminho andado, graças às consultas à dietista ano passado. Pra quem não sabe, na época emagreci 12 kgs em menos de 5 meses. E o mais importante, consegui manter por um ano o mesmo peso na balança. Só engordei de novo (5 kgs) por causa da hérnia (repouso forçado, operação, reabilitação). Então ainda há esperança.

Aviso aos navegantes: o café da manhã é e continua sendo uma das principais refeições do dia, esteja você de dieta ou não! Há tempos que começo meu dia com uma tigela de cereais integrais como All Bran (agora descobri um com pedaços de chocolate amargo que é uma delícia...), ou Special K Red Fruits (também delicioso, ainda mais se você adora morangos e cerejas como eu). Com leite desnatado, claro. Gostoso e saudável.





PS. Torçam por mim, caros amigos e leitores.

sábado, julho 11, 2009

15 anos de Holanda

Não sei se eu deveria rir ou chorar (mas prefiro rir). Mas hoje completam-se exatos quinze anos desde a primeira vez em que pisei meus pés em terras holandesas. Desembarquei de Dublin (onde morei 7 meses antes de vir pra cá) em Amsterdã, com alguma bagagem e muita sede de aventura. Muitas dúvidas, algumas perguntas e poucas respostas. Acima de tudo, muita vontade de conhecer o mundo e iniciar uma fase totalmente nova na minha vida.

E aventura foi o que não faltou em minha vida desde então. Posso dizer sem exageros que aqui vivi os melhores e os piores dias da minha vida. Aqui namorei, fui morar junto pela primeira vez e me casei. Aqui engravidei e tive meu bebê, aqui sofri a perda da minha mãe (que de certa forma, sofro até hoje). Aqui fui infeliz no casamento até o dia em que disse chega e escolhi a minha felicidade. Aqui também aprendi que sou muito mais forte do que eu imaginava. E é aqui que estou aprendendo a amar de novo. Aqui me encontrei e me perdi várias vezes, no sentido literal e figurado da expressão. Acima de tudo, aqui aprendi a viver um dia de cada vez. E a agradecer as benções recebidas.

Mas o detalhe mais incrível desta estória toda é a nítida sensação de ter completado um ciclo importante. Há exatos 15 anos, me despedi de F. no aeroporto de Dublin. Na época ele era casado, eu estava começando uma nova jornada e nos separamos sem nenhuma expectativa de um dia nos revermos. E assim foi que um ano depois conheci J., com quem fui morar junto, mais tarde me casei e tive um filho. Após 10 anos de casamento, muitos erros e poucos acertos, decidimos nos divorciar. Há cerca de 2 anos - por uma daquelas obras do destino - F. cruzou de novo meu caminho. Estamos juntos desde então, e hoje comemoro ao lado dele meus 15 anos de Holanda. Ciclo fechado. Coisas do destino.

quarta-feira, julho 08, 2009

Lá vão eles de novo!



Aqui na Holanda começaram as férias de verão (6 semanas). E Liam segue amanhã com o pai para a Inglaterra. Eles pegam um trem pra Bruxelas e de lá embarcam no Eurostar para Londres (foto acima, 2 horas e meia Bruxelas-Londres). E eu fico aqui chupando dedo mas não vou reclamar pois como toda mãe que se preze adoro ver a cria feliz (e ele está super animado com a viagem, como sempre). Sem falar que terei minhas merecidas férias...muito descanso, pra início de conversa. E claro, vou namorar bastante, assistir filmes, fazer scrapbooking e ler muito. Sim, terei todo o tempo do mundo só pra mim! Quem é mãe 24/7 sabe o LUXO que é ter tempo livre nas mãos.

Mas voltando às viagens à Inglaterra nas férias de verão, elas já estão virando tradição. Ano passado foram 3 semanas, com planos de fazer a famosa Coast to Coast Walk. Acabaram desistindo do trekking e foram parar nas Shetland Islands, na Escócia! Que, diga-se de passagem, o menino adorou. Viu Baleias, focas e outros animais marinhos, muitos pássaros, etc...Só faltaram mesmo os tubarões - mas eles não são bobos de habitar as águas gélidas do Mar do Norte e preferem as águas mais amenas do Oceano Atlântico.

Anyway, este ano o pai jurou que irão fazer a tal Coast to Coast e eu me pergunto onde eles irão parar desta vez, hehehe. Comprou calçados especiais para trekking (como fez no ano passado porque pé de criança cresce rápido pra caramba, né). Jaquetas waterproof e outras tralhas para camping...sim porque eles irão acampar, o que eu odeio mas pai e filho adoram.

segunda-feira, julho 06, 2009

Jurássica

A gente percebe que está ficando velho quando começa a usar cada vez mais expressões como: eu adorava esta banda vinte anos atrás...estive nos EUA há mais de vinte anos, me lembro de ter assistido este filme em 86 (e portanto mais de vinte anos) e por ai vai...Meu único consolo é que a maioria dos meus amigos está envelhecendo comigo, rsrsrsrsrs. Sim, estamos todos envelhecendo, junto com o resto da humanidade! Pensando bem, até meu filho que ainda ontem era um bebê de colo já está ficando com cara de pré-adolescente...

Antigamente - não disse que eu era jurássica? - eu costumava dizer cinco anos atrás, dez anos atrás. Mas os anos passam (e eles parecem voar nos últimos tempos) e de repente cá estou eu dizendo vinte anos atrás!!! Ontem mesmo tocou uma música do Soft Cell na rádio (Tainted Love, clássico dos anos 80) e eu me senti imediatamente jurássica. Lá se foram meus 20 anos, meus 30 anos e já estou quase na metade dos meus 40 anos (completei 43 primaveras dezembro passado, embora eu não costume divulgar este número por aqui).

A foto aqui do lado é o poster de Ice Age 3, Dawn of the Dinosaurs que assisti semana passada com meu filho. Desta vez ele, como fã-fissurado por dinos, curtiu o filme mais do que eu (euzinha continuo preferindo a primeira aventura da turma).

O que me deixa triste

O que me deixa triste é ver uma amiga passando por uma crise muito semelhante a que eu mesma passei há alguns anos. E não poder fazer absolutamente nada a não ser (tentar) consolar. Casal prestes a se divorciar - só eles ainda não sabem disso - brigas diárias, ameaças e muita gritaria dentro de casa...no meio disso tudo, um bebê que não tem absolutamente nada a ver com isso! É uma crise bastante conhecida dos psicólogos e terapeutas. São muitos os casais que não sobrevivem o nascimento do primeiro filho (quem passou por isso sabe do que estou falando, quem não passou agradeça a Deus). Outro dia mesmo estava lendo no jornal que o número de filhos únicos aqui na Holanda cresce a cada ano. E eu desconfio que a realidade não seja muito diferente em outras partes do mundo.

Ao menos uma coisa eu aprendi nesta vida: tem horas que é imprescindível mudar o rumo das coisas, antes que seja tarde demais. Pior do que a mudança é ficar do jeito que está. Quando eu finalmente decidi me divorciar, eu não tinha mais opção. Era isso ou a morte em vida (que eu já vinha vivendo nos últimos anos do meu casamento, a depressão como principal sintoma). Por essas e outras, fico muito triste ao ver uma grande amiga passando por situação semelhante. Ela me liga, ela chora, ela tenta entender, tenta justificar. Eu deixo ela desabafar, tento consolar, dou conselhos (que talvez ela ouça, talvez não) e a vejo enfraquecer a cada dia...Sensação de dejá vu. Posso sentir a tristeza dela. E sinto novamente a minha tristeza de antes. Não quero isso nunca mais.

O que ela está passando agora, eu sinceramente não desejo ao meu pior inimigo. Passei por isso e sei que ninguém merece tanta tristeza. A vida não vale a pena enquanto a gente não aprender que é possível mudar, que nunca é tarde pra começar de novo. Um dia a gente toma coragem de mudar e então é como se nascêssemos de novo.

Sim, o divórcio para mim foi mais do que uma nova fase na minha vida, foi um renascimento. Quatro anos depois, ainda estou reconstruindo a minha vida - e acima de tudo, reconstruindo a mim mesma. A tarefa é árdua mas a gente fica mais forte, e mais sábio. E aprende a nunca cometer aquele erro de novo. A gente pode até cometer outros erros, mas o mesmo...isso não!

sexta-feira, julho 03, 2009

Estórias de Baco

Eu sempre rio muito quando leio o blog da Fal, blogueira das antigas e escritora paulistana. Ela é uma maga das palavras e suas estórias - sejam elas estórias alegres ou tristes, porque afinal nem tudo na vida são flores - são sempre recheadas de humor. Pois Fal tem um cãozinho chamado Baco que anda fazendo um furor danado na net. Simplesmente irresistível. Segue um dos posts da série Baco pra vocês conferirem. O resto está aqui.

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Baco não canta “Adiós Muchachos” quando está bêbado.

Baco não sabe a diferença entre “pez” e “pescado”, mas Baco gosta de comer os dois.

Baco nunca comeu salada de tomate.

Baco não é a estrela de Belém.

Baco não sabe quem foi Ptolomeu.

Baco não sabe o que é o Primium Mobile.

Baco não é El Jefe

Baco não foi introduzido pelos árabes no norte da África.

Baco não é membro da gangue salvadorenha “La Vida Mala”.

Baco não sabe qual é a temperatura de Dublin em janeiro.

Baco adora bacon e não tem pena do porquinho.

Baco não tem panelas de inox.

Baco não tem conta no banco.

Baco não sabe que Rodin morreu aos 90 anos, ainda trabalhando.

Baco não sabe o que é anarco-sindicalismo.

Baco não veio da região da Toscana.

A laranja tem cálcio, fósforo, potássio, vitaminas do complexo B, vitaminas A e C, criptoxantina, ácido cítrico e pectina, mas Baco não sabe disso.

Baco nunca comeu Red Angus Beef, ostras, tiramissu, pato com laranja, feijão-manteiga, risoto de alho poró, aspargo, vagem, endívia, durião, amêndoas filetadas, repolho roxo, ovos benedict, javali, champignons, savarin, peach melba, frangipani ou sachertorte.

Baco não sabe onde fica o lago Tanganica.

Baco não comete atos falhos.

Baco não está procurando atingir o Nirvana.

Baco não possui conhecimentos técnicos especializados.

O equilíbrio entre a estrutura racional e ideal não foi preconizado por Baco.

Baco nunca viu um Caititu.

Não foi Baco quem publicou em 1798 a primeira obra em português sobre economia política.

Baco não é defensor do legalismo e da centralização do poder.

Baco não proporciona interpretações da derivada.

Baco não pertence à família dos bovídeos e fim de papo.

Baco nunca integrou a cavalaria medieval.

Baco não morreu em Guildford, Surrey, em 14 de janeiro de 1898.

Baco não se tornou escasso em todo o mundo, a partir do século XVI.

Baco nunca foi apoiado pelos lombardos.

Baco adora mexerica.Baco não é objeto de intenso comércio sendo, inclusive cotado nas bolsas mundiais.

O casamento entre Baco e Maria de Borgonha, não levou a uma acentuada ampliação do território.

Em 1826, Baco não comprovou que a borracha é um hidrocarboneto, assim como a gasolina, o gás natural e o querosene.

Baco não é uma estrofe curta inserida nos versos de um salmo.

Baco não fala espanhol.

Tecnologia do Blogger.

Scrap News




Tenho feito algumas coisinhas interessantes nas últimas semanas. Terminei mais um mini-álbum no tema Amizade, reunindo fotos de dois amigos de longa data: Pedro e Valéria. São quase 25 anos de amizade então amizade das antigas a gente tem de comemorar ! No álbum entraram ainda meu filho Liam e o bebê dela, além do meu querido F. Esta semana estou completando o álbum do Bosque dos Dinossauros (postarei fotos assim que acabar tudo, faltam os detalhes finais).

As fotos aqui de cima são de uma encomenda que recebi ontem pelo correio. Um pacote recheado de papéis, bordas auto-adesivas (adhesive borders), journaling spots, etc etc etc. Quase tudo da nova DoodleBug collection - simplesmente irresistível (cerejas, morangos e sorvetes fofíssimos). Comprei numa das minhas lojas favoritas aqui na Holanda, especializada em material de scrapbooking. Agora é esperar ansiosamente o próximo Crea Weekend, no segundo fim-de-semana de setembro. Já vou começar a economizar meu rico dinheirinho...

35 Rhums



Como muitos já sabem, eu adoro filmes franceses. E recentemente assisti 35 Rhums, de Claire Denis. A estória se passa nos subúrbios de Paris e os protagonistas são imigrantes caribenhos (não é a toa que a maioria das pessoas que aparecem na tela são negros). Mas quem pensa que se trata de mais um filme sobre a dura vida de imigrante (e é mesmo) nos subúrbios das grandes metrópoles européias se engana! Como a própria diretora fez questão de deixar bem claro em suas entrevistas.

Na verdade, o tema recorrente não é a questão do imigrante e sim a questão do desapego. Desapego de um homem que se vê aposentado e não sabe fazer outra coisa senão pensar no emprego que teve a vida inteira. Desapego de um pai que após criar sua filha sozinha, percebe que ela cresceu e decide que é hora dela seguir seu caminho sem ele. Situações corriqueiras da vida em que nos vemos obrigados a aprender a arte do desapego. E sim, o desapego é uma arte, sem sombra de dúvida.

O filme trata acima de tudo da relação simbiótica entre pai e filha. Neste caso, uma relação delicada e que se justifica sem muitas palavras...pensando bem, como a maioria dos personagens deste filme. No estilo típico da diretora, as imagens são mais fortes do que as palavras. O que significa que uma imagem vale mais do que mil palavras. Um filme de arte, que provavelmente agradará a um público restrito. Eu gostei.

Love is...

Meu primeiro Murakami

Finalmente terminei de ler o meu primeiro livro - e certamente não o último porque já emendei no segundo - do escritor japonês Haruki Murakami. Achei Kafka on the Shore no meu sebo favorito e como só havia ouvido críticas positivas sobre o autor, decidi levá-lo pra casa. E não me arrependo, é uma leitura fascinante e que vicia o leitor como poucos escritores (ainda) conseguem nos dias de hoje. Enfim, um clássico moderno.

A narrativa intercala capítulos dos dois personagens principais, Kafka Tamura, um adolescente que acaba de fugir de casa e Nakata, um ancião muito especial que, apesar de não saber ler, consegue se comunicar com gatos (isso mesmo). Kafka está fugindo de seu pai e de seu destino. E buscando sua mãe e sua irmã, que o abandonaram quando ele tinha apenas 4 anos. Acima de tudo, ele está em busca de si mesmo. Ao longo de sua trajetória mítica, vão surgindo outros personagens instigantes como Johnnie Walker (do whisky com o mesmo nome) e Colonel Sanders (o cara no logo da Kentucky Fried Chicken, juro por Deus). Sem falar em Oshima, uma espécie de hermafrodita.

A narrativa é recheada de referências à mitologia grega, além de alguma referência à filosofia e à música clássica. Com direito a efeitos especiais como uma chuva de sardinhas que invariavelmente me fez lembrar da famosa cena da chuva de rãs no filme Magnolia (que, diga-se de passagem, também amo). E já que falei em cinema, em muitos momentos a estória me fez lembrar dos filmes de David Lynch (como Lost Highway e Mulholland Drive). Daquelas coisas que não tem explicação lógica mas parecem acontecer todo tempo. Metáforas e mais metáforas. Cabe ao leitor decifrar o(s) enigma(s).

Só sei que gostei tanto do livro que fiquei enrolando pra terminar de ler...foram mais de 2 semanas de degustação. Fim-de-semana passado fui na livraria comprar outro livro do autor. O escolhido foi Norwegian Wood, o primeiro livro de Murakami (escrito em 1987 e traduzido no ano 2000). Début literário aclamado unanimamente pela crítica internacional. Então pra quem ainda não conhece, fica a dica. Vale a pena conferir!

Um dos meus blogs favoritos




Um dos blogs que visito religiosamente em busca de inspiração (e onde costumo ficar verde de inveja) é o blog da Geninne, uma artista excepcional. Ela mora no México e faz ilustrações maravilhosas de pássaros, plantas, borboletas, pedras e por ai vai.

Um ode à natureza e acima de tudo, à simplicidade. De uma beleza e delicadeza incomparáveis - e tão necessárias - nos dias de hoje. Este inspiration board da foto aí encima mostra alguns dos trabalhos dela. Ela tem um studio e uma loja online, além de já ter tido suas ilustrações publicadas em vários livros, claro. Posters à venda na loja, enviados do México para os quatro cantos do mundo!

Errata


Voltei rapidinho só pra corrigir o erro do post anterior (ato falho, nem Freud explica). Encontrei o site da fotógrafa canadense Dina Goldstein e o tal projeto Fallen Princesses. Pra variar não resisti, então ai vai mais uma foto! Confiram com seus próprios olhos o que acontece quando a Chapéuzinho Vermelho decide se entupir de MacMeals...shame on you, hehehe. O texto a seguir eu copiei descaradamente do blog Etc e tal porque estou com uma preguiça danada de escrever...Vou lá tomar mais um café.

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É meio desanimador a gente ser adulto e perceber que o "felizes pra sempre" não existe. Saber que toda essa magia que as crianças imaginam em volta dos vestidos bufantes, coloridos, a espera pelo seu príncipe encantado, a vida sempre cheia de borboletinhas em volta, esquilinhos e flores que cantam e dançam simplesmente não existe. As vezes acho que esse mundo da Disney é um refúgio. Pelo menos pra mim, era uma forma de ver o mundo diferente. Colorido e sem maldade. E a Disney sabe fazer isso muito bem. E admito que até hoje as vezes assisto algum filme da Disney e acho que alguma borboletinha vai alegrar meu dia. Tanto que todos os filmes que tem "felizes pra sempre" eu realmente sempre achei que eles iam ficar com aquela cara de doce caramelado pra sempre. Isso é, se realmente levarmos a fantasia a sério. Mas se realmente fôssemos tirar a fantasia do mundo disney e transpassa-lo pro mundo atual, realmente as coisas seriam bem diferentes.

E foi isso que a fotógrafa Dina Goldstein fez.

Um set de fotos entitulado "Fallen Princesses" que mostra o que houve com as princesas depois do “felizes para sempre”. A idéia baseou-se em retratar as princesas em cenários e questões do mundo atual.

Em pesquisa realizada pela própria fotógrafa, as histórias originais das princesas não tinham nada de bonitinho e fofo. Os aspectos horrendos das histórias foram mudados pela Disney. (que horror!). O interesse e a inspiração de Dina nasceu ao ver a paixão de meninas de 3 anos pelas princesas da Disney. Aí ela começou a imaginar tais princesas expostas à problemas do mundo atual, como doenças, vícios e problemas com a auto imagem. O resultado ta aí…

Happy Ever After?



Fotografia de Annie Leibovitz para um projeto da Disney. Com a atriz Rachel Weisz no papel de Branca de Neve. Mais aqui.

Sobre ser bom

Lendo um blog qualquer li algo que me fez parar pra pensar. Que a gente deve aprender a ser bom consigo mesmo, antes de mais nada. A gente deve ser bom consigo mesmo pra depois poder ser bom com os outros...pensando bem, na Bíblia está escrito que a gente deve amar o próximo como a si mesmo. Ou seja, tudo começa - e provavelmente termina - com o amor próprio.

Eu sempre fui daquelas pessoas prontas a ajudar os outros. Sempre com os ouvidos abertos pra ouvir os problemas dos amigos. Sempre tentando resolver os problemas dos outros (santa ingenuidade). Sempre me envolvendo demais na estória alheia, muitas vezes sofrendo junto. O único momento em que não fiz isso foi quando eu mesma estava cheia de problemas. Quando precisei parar tudo e cuidar de mim mesma antes de botar a cara na rua de novo.

Com o passar dos anos, fui percebendo que eu sabia ser amiga dos outros mas precisava aprender a ser amiga de mim mesma! Antes de mais nada, descobri que precisava ser mais dócil comigo mesma, menos crítica - pra não dizer cricri mesmo. Descobri que precisava ter mais paciência comigo mesma e com as minhas dificuldades. Que eu precisava aprender a respeitar o meu ritmo (cada coisa a seu tempo). E aceitar as minhas limitações. Porque a vida me ensinou que às vezes a gente precisa dar muito murro em ponta de faca até aprender a lição. E depois de aprender a lição só nos resta seguir em frente. De preferência, sem olhar pra trás!

Há alguns anos, um velho amigo me disse algo que nunca mais esqueci. Seja boa com você mesma - o que é muito mais do que cuidar-se bem, se é que vocês entendem onde quero chegar. E eu continuo tentando. Continuo mesmo.

Começa a aventura



Eu poderia dizer que começa a batalha. Mas convenhamos, aventura soa bem melhor! Depois de muita procrastinação, anteontem fui pela primeira vez a uma reunião dos Vigilantes do Peso aqui no meu bairro. Então digo e repito: começa a aventura. Sim, porque na luta contra os quilos, toda arma é bem-vinda. Principalmente se for algo testado e aprovado há mais de 40 anos, em vários países! Passam as dietas da moda (Atkins, Montignac, dieta dos carboidratos, dieta da lua, etc.) mas a dieta do Vigilantes fica. O segredo é muito simples: não trata-se de mais uma dieta milagrosa e sim de uma reeducação alimentar, combinada a uma rotina de exercícios à escolha do cliente (no meu caso, natação).

Faz muito sentido, e confesso que a dieta é bem menos restrita do que muitas que vi por aí. Em vez de contar calorias, você conta pontos, anotando diariamente tudo que entra pela boca. E assim vai aprendendo a se alimentar ao invés de se empanturrar de comida - duas atividades distintas, vejam bem. Vai aprendendo a se alimentar sem necessariamente engordar. E ainda melhora a condição física e a saúde em geral.

Só sei que demorei a começar mas de certa forma já tenho meio caminho andado, graças às consultas à dietista ano passado. Pra quem não sabe, na época emagreci 12 kgs em menos de 5 meses. E o mais importante, consegui manter por um ano o mesmo peso na balança. Só engordei de novo (5 kgs) por causa da hérnia (repouso forçado, operação, reabilitação). Então ainda há esperança.

Aviso aos navegantes: o café da manhã é e continua sendo uma das principais refeições do dia, esteja você de dieta ou não! Há tempos que começo meu dia com uma tigela de cereais integrais como All Bran (agora descobri um com pedaços de chocolate amargo que é uma delícia...), ou Special K Red Fruits (também delicioso, ainda mais se você adora morangos e cerejas como eu). Com leite desnatado, claro. Gostoso e saudável.





PS. Torçam por mim, caros amigos e leitores.

15 anos de Holanda

Não sei se eu deveria rir ou chorar (mas prefiro rir). Mas hoje completam-se exatos quinze anos desde a primeira vez em que pisei meus pés em terras holandesas. Desembarquei de Dublin (onde morei 7 meses antes de vir pra cá) em Amsterdã, com alguma bagagem e muita sede de aventura. Muitas dúvidas, algumas perguntas e poucas respostas. Acima de tudo, muita vontade de conhecer o mundo e iniciar uma fase totalmente nova na minha vida.

E aventura foi o que não faltou em minha vida desde então. Posso dizer sem exageros que aqui vivi os melhores e os piores dias da minha vida. Aqui namorei, fui morar junto pela primeira vez e me casei. Aqui engravidei e tive meu bebê, aqui sofri a perda da minha mãe (que de certa forma, sofro até hoje). Aqui fui infeliz no casamento até o dia em que disse chega e escolhi a minha felicidade. Aqui também aprendi que sou muito mais forte do que eu imaginava. E é aqui que estou aprendendo a amar de novo. Aqui me encontrei e me perdi várias vezes, no sentido literal e figurado da expressão. Acima de tudo, aqui aprendi a viver um dia de cada vez. E a agradecer as benções recebidas.

Mas o detalhe mais incrível desta estória toda é a nítida sensação de ter completado um ciclo importante. Há exatos 15 anos, me despedi de F. no aeroporto de Dublin. Na época ele era casado, eu estava começando uma nova jornada e nos separamos sem nenhuma expectativa de um dia nos revermos. E assim foi que um ano depois conheci J., com quem fui morar junto, mais tarde me casei e tive um filho. Após 10 anos de casamento, muitos erros e poucos acertos, decidimos nos divorciar. Há cerca de 2 anos - por uma daquelas obras do destino - F. cruzou de novo meu caminho. Estamos juntos desde então, e hoje comemoro ao lado dele meus 15 anos de Holanda. Ciclo fechado. Coisas do destino.

Lá vão eles de novo!



Aqui na Holanda começaram as férias de verão (6 semanas). E Liam segue amanhã com o pai para a Inglaterra. Eles pegam um trem pra Bruxelas e de lá embarcam no Eurostar para Londres (foto acima, 2 horas e meia Bruxelas-Londres). E eu fico aqui chupando dedo mas não vou reclamar pois como toda mãe que se preze adoro ver a cria feliz (e ele está super animado com a viagem, como sempre). Sem falar que terei minhas merecidas férias...muito descanso, pra início de conversa. E claro, vou namorar bastante, assistir filmes, fazer scrapbooking e ler muito. Sim, terei todo o tempo do mundo só pra mim! Quem é mãe 24/7 sabe o LUXO que é ter tempo livre nas mãos.

Mas voltando às viagens à Inglaterra nas férias de verão, elas já estão virando tradição. Ano passado foram 3 semanas, com planos de fazer a famosa Coast to Coast Walk. Acabaram desistindo do trekking e foram parar nas Shetland Islands, na Escócia! Que, diga-se de passagem, o menino adorou. Viu Baleias, focas e outros animais marinhos, muitos pássaros, etc...Só faltaram mesmo os tubarões - mas eles não são bobos de habitar as águas gélidas do Mar do Norte e preferem as águas mais amenas do Oceano Atlântico.

Anyway, este ano o pai jurou que irão fazer a tal Coast to Coast e eu me pergunto onde eles irão parar desta vez, hehehe. Comprou calçados especiais para trekking (como fez no ano passado porque pé de criança cresce rápido pra caramba, né). Jaquetas waterproof e outras tralhas para camping...sim porque eles irão acampar, o que eu odeio mas pai e filho adoram.

Jurássica

A gente percebe que está ficando velho quando começa a usar cada vez mais expressões como: eu adorava esta banda vinte anos atrás...estive nos EUA há mais de vinte anos, me lembro de ter assistido este filme em 86 (e portanto mais de vinte anos) e por ai vai...Meu único consolo é que a maioria dos meus amigos está envelhecendo comigo, rsrsrsrsrs. Sim, estamos todos envelhecendo, junto com o resto da humanidade! Pensando bem, até meu filho que ainda ontem era um bebê de colo já está ficando com cara de pré-adolescente...

Antigamente - não disse que eu era jurássica? - eu costumava dizer cinco anos atrás, dez anos atrás. Mas os anos passam (e eles parecem voar nos últimos tempos) e de repente cá estou eu dizendo vinte anos atrás!!! Ontem mesmo tocou uma música do Soft Cell na rádio (Tainted Love, clássico dos anos 80) e eu me senti imediatamente jurássica. Lá se foram meus 20 anos, meus 30 anos e já estou quase na metade dos meus 40 anos (completei 43 primaveras dezembro passado, embora eu não costume divulgar este número por aqui).

A foto aqui do lado é o poster de Ice Age 3, Dawn of the Dinosaurs que assisti semana passada com meu filho. Desta vez ele, como fã-fissurado por dinos, curtiu o filme mais do que eu (euzinha continuo preferindo a primeira aventura da turma).

O que me deixa triste

O que me deixa triste é ver uma amiga passando por uma crise muito semelhante a que eu mesma passei há alguns anos. E não poder fazer absolutamente nada a não ser (tentar) consolar. Casal prestes a se divorciar - só eles ainda não sabem disso - brigas diárias, ameaças e muita gritaria dentro de casa...no meio disso tudo, um bebê que não tem absolutamente nada a ver com isso! É uma crise bastante conhecida dos psicólogos e terapeutas. São muitos os casais que não sobrevivem o nascimento do primeiro filho (quem passou por isso sabe do que estou falando, quem não passou agradeça a Deus). Outro dia mesmo estava lendo no jornal que o número de filhos únicos aqui na Holanda cresce a cada ano. E eu desconfio que a realidade não seja muito diferente em outras partes do mundo.

Ao menos uma coisa eu aprendi nesta vida: tem horas que é imprescindível mudar o rumo das coisas, antes que seja tarde demais. Pior do que a mudança é ficar do jeito que está. Quando eu finalmente decidi me divorciar, eu não tinha mais opção. Era isso ou a morte em vida (que eu já vinha vivendo nos últimos anos do meu casamento, a depressão como principal sintoma). Por essas e outras, fico muito triste ao ver uma grande amiga passando por situação semelhante. Ela me liga, ela chora, ela tenta entender, tenta justificar. Eu deixo ela desabafar, tento consolar, dou conselhos (que talvez ela ouça, talvez não) e a vejo enfraquecer a cada dia...Sensação de dejá vu. Posso sentir a tristeza dela. E sinto novamente a minha tristeza de antes. Não quero isso nunca mais.

O que ela está passando agora, eu sinceramente não desejo ao meu pior inimigo. Passei por isso e sei que ninguém merece tanta tristeza. A vida não vale a pena enquanto a gente não aprender que é possível mudar, que nunca é tarde pra começar de novo. Um dia a gente toma coragem de mudar e então é como se nascêssemos de novo.

Sim, o divórcio para mim foi mais do que uma nova fase na minha vida, foi um renascimento. Quatro anos depois, ainda estou reconstruindo a minha vida - e acima de tudo, reconstruindo a mim mesma. A tarefa é árdua mas a gente fica mais forte, e mais sábio. E aprende a nunca cometer aquele erro de novo. A gente pode até cometer outros erros, mas o mesmo...isso não!

Estórias de Baco

Eu sempre rio muito quando leio o blog da Fal, blogueira das antigas e escritora paulistana. Ela é uma maga das palavras e suas estórias - sejam elas estórias alegres ou tristes, porque afinal nem tudo na vida são flores - são sempre recheadas de humor. Pois Fal tem um cãozinho chamado Baco que anda fazendo um furor danado na net. Simplesmente irresistível. Segue um dos posts da série Baco pra vocês conferirem. O resto está aqui.

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Baco não canta “Adiós Muchachos” quando está bêbado.

Baco não sabe a diferença entre “pez” e “pescado”, mas Baco gosta de comer os dois.

Baco nunca comeu salada de tomate.

Baco não é a estrela de Belém.

Baco não sabe quem foi Ptolomeu.

Baco não sabe o que é o Primium Mobile.

Baco não é El Jefe

Baco não foi introduzido pelos árabes no norte da África.

Baco não é membro da gangue salvadorenha “La Vida Mala”.

Baco não sabe qual é a temperatura de Dublin em janeiro.

Baco adora bacon e não tem pena do porquinho.

Baco não tem panelas de inox.

Baco não tem conta no banco.

Baco não sabe que Rodin morreu aos 90 anos, ainda trabalhando.

Baco não sabe o que é anarco-sindicalismo.

Baco não veio da região da Toscana.

A laranja tem cálcio, fósforo, potássio, vitaminas do complexo B, vitaminas A e C, criptoxantina, ácido cítrico e pectina, mas Baco não sabe disso.

Baco nunca comeu Red Angus Beef, ostras, tiramissu, pato com laranja, feijão-manteiga, risoto de alho poró, aspargo, vagem, endívia, durião, amêndoas filetadas, repolho roxo, ovos benedict, javali, champignons, savarin, peach melba, frangipani ou sachertorte.

Baco não sabe onde fica o lago Tanganica.

Baco não comete atos falhos.

Baco não está procurando atingir o Nirvana.

Baco não possui conhecimentos técnicos especializados.

O equilíbrio entre a estrutura racional e ideal não foi preconizado por Baco.

Baco nunca viu um Caititu.

Não foi Baco quem publicou em 1798 a primeira obra em português sobre economia política.

Baco não é defensor do legalismo e da centralização do poder.

Baco não proporciona interpretações da derivada.

Baco não pertence à família dos bovídeos e fim de papo.

Baco nunca integrou a cavalaria medieval.

Baco não morreu em Guildford, Surrey, em 14 de janeiro de 1898.

Baco não se tornou escasso em todo o mundo, a partir do século XVI.

Baco nunca foi apoiado pelos lombardos.

Baco adora mexerica.Baco não é objeto de intenso comércio sendo, inclusive cotado nas bolsas mundiais.

O casamento entre Baco e Maria de Borgonha, não levou a uma acentuada ampliação do território.

Em 1826, Baco não comprovou que a borracha é um hidrocarboneto, assim como a gasolina, o gás natural e o querosene.

Baco não é uma estrofe curta inserida nos versos de um salmo.

Baco não fala espanhol.