terça-feira, julho 28, 2009

35 Rhums



Como muitos já sabem, eu adoro filmes franceses. E recentemente assisti 35 Rhums, de Claire Denis. A estória se passa nos subúrbios de Paris e os protagonistas são imigrantes caribenhos (não é a toa que a maioria das pessoas que aparecem na tela são negros). Mas quem pensa que se trata de mais um filme sobre a dura vida de imigrante (e é mesmo) nos subúrbios das grandes metrópoles européias se engana! Como a própria diretora fez questão de deixar bem claro em suas entrevistas.

Na verdade, o tema recorrente não é a questão do imigrante e sim a questão do desapego. Desapego de um homem que se vê aposentado e não sabe fazer outra coisa senão pensar no emprego que teve a vida inteira. Desapego de um pai que após criar sua filha sozinha, percebe que ela cresceu e decide que é hora dela seguir seu caminho sem ele. Situações corriqueiras da vida em que nos vemos obrigados a aprender a arte do desapego. E sim, o desapego é uma arte, sem sombra de dúvida.

O filme trata acima de tudo da relação simbiótica entre pai e filha. Neste caso, uma relação delicada e que se justifica sem muitas palavras...pensando bem, como a maioria dos personagens deste filme. No estilo típico da diretora, as imagens são mais fortes do que as palavras. O que significa que uma imagem vale mais do que mil palavras. Um filme de arte, que provavelmente agradará a um público restrito. Eu gostei.

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35 Rhums



Como muitos já sabem, eu adoro filmes franceses. E recentemente assisti 35 Rhums, de Claire Denis. A estória se passa nos subúrbios de Paris e os protagonistas são imigrantes caribenhos (não é a toa que a maioria das pessoas que aparecem na tela são negros). Mas quem pensa que se trata de mais um filme sobre a dura vida de imigrante (e é mesmo) nos subúrbios das grandes metrópoles européias se engana! Como a própria diretora fez questão de deixar bem claro em suas entrevistas.

Na verdade, o tema recorrente não é a questão do imigrante e sim a questão do desapego. Desapego de um homem que se vê aposentado e não sabe fazer outra coisa senão pensar no emprego que teve a vida inteira. Desapego de um pai que após criar sua filha sozinha, percebe que ela cresceu e decide que é hora dela seguir seu caminho sem ele. Situações corriqueiras da vida em que nos vemos obrigados a aprender a arte do desapego. E sim, o desapego é uma arte, sem sombra de dúvida.

O filme trata acima de tudo da relação simbiótica entre pai e filha. Neste caso, uma relação delicada e que se justifica sem muitas palavras...pensando bem, como a maioria dos personagens deste filme. No estilo típico da diretora, as imagens são mais fortes do que as palavras. O que significa que uma imagem vale mais do que mil palavras. Um filme de arte, que provavelmente agradará a um público restrito. Eu gostei.

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