sábado, maio 29, 2010

Esta semana foi assim...

terça-feira, maio 25, 2010

Fantastic Mr. Fox



Só pra não deixar passar em branco, porque seria no mínimo injustiça não comentar sobre um dos melhores filmes dos últimos tempos. Outro dia fui com meu filho assistir Fantastic Mr. Fox - que já aviso não é exatamente um filme pra crianças! O livro foi originalmente escrito por Road Dahl, o que por si só já vale uma recomendação. E foi adaptado para a tela por nada menos do que Wes Anderson, diretor de The Royal Tenenbaums (2001), The Life Aquatic (2004)  e The Darjeeling Limited (2007). O que pra mim já garante uma recomendação dupla!

Mas eu sou suspeita pra falar porque confesso que adorei o cinismo da família Tenenbaum. Cada membro da família mais neurótico do que o outro. Enfim, mais uma daquelas famílias problemáticas  - dysfunctional families como gostam de dizer os americanos - como tantas por este mundo afora! E embora Darjeeling Limited não seja tão bom quanto Royal Tenenbaums, algumas cenas são ótimas (pra não dizer hilárias), os diálogos são inteligentes e o roteiro tem a dose usual de sarcasmo do diretor.

Mas voltando ao filme em questão...na minha opinião, Fantastic Mr. Fox é quase um Royal Tenenbaums vestido de raposa!!! O filme faz lembrar muito a temática do diretor, com diálogos recheados de cinismo e personagens quase humanos. E ele ainda usou a técnica de filme de animação em stop-motion, cada vez mais popular nos últimos anos (Nightmare Before Christmas, The Corpse Bride e Coraline, entre outros). No mais, um daqueles filmes abertos para (no mínimo) duas leituras: a das crianças e a dos adultos que as acompanham na sala de cinema. Uma coisa é certa: eu e meu filho não assistimos ao mesmo filme. Porque enquanto as crianças se divertem com as estrepolias de uma família de raposas, os adultos lêem as entrelinhas e riem sozinhos na sala escura. É impossível não se identificar com alguns dos personagens.

Fica a dica. Um filme que agrada a grandes e pequenos, diversão garantida para todas as idades!

quarta-feira, maio 19, 2010

Engraçada, a vida




Conhece-te a ti mesmo, torna-te consciente de tua ignorância e serás sábio. (Sócrates)

Estava eu aqui quietinha no meu canto lendo o blog de uma jovem gaúcha e me identifiquei imensamente com alguns de seus posts. Ler as palavras desta jovem me fez reviver a pessoa que um dia eu fui, como volta e meia acontece (eu gosto de chamar isso de sincronicidade). E não entendam isso como tristeza ou amargura de quem já viveu demais. É uma simples constatação de que a vida segue e a gente muda! Uma questão de evolução - porque eu quero e preciso acreditar que a maioria de nós evolui.

Engraçado é que quanto mais eu fuço a blogosfera, mais blogueiros com questionamentos e inquietações semelhantes eu encontro. O que eu quero dizer é o seguinte: somos todos diferentes mas ao mesmo tempo tão semelhantes! Com nossos sofrimentos e angústias tão pessoais e ao mesmo tempo tão universais. E sim, já comentei isso aqui antes. Acredito que se hoje sou capaz de perceber isso, é porque já passei por essas e outras estações na longa jornada do autoconhecimento. E inevitavelmente acabo me reconhecendo aqui e ali, nas estações alheias. Inevitável e admito, às vezes doloroso. Mas faz parte do aprendizado.

A vida é uma viagem surpreendente e cada dia percebo melhor que alguns de nós vivem mais intensamente - em partes por escolha, em partes por mera patologia (se é que alguém entende onde quero chegar, eu que já fiz anos de terapia).  É gente que vive tudo até a última gota, que ama até ficar sem ar, que sofre até quase morrer pra depois recomeçar tudo mais leve. Gente que escolhe o caminho mais difícil não por teimosia mas por curiosidade. Necessidade de ir aonde os outros ainda não foram. Gente que não sabe jogar o jogo dos outros nem muito menos fazer cara de paisagem.

Mas não tenhamos medo. A gente erra mas um dia a gente aprende. E um dia a gente se encontra. Mesmo que antes tenha de se perder várias vezes. Story of my life.

quinta-feira, maio 13, 2010

Alegria de brasileiro no exterior



Quer deixar brasileiro feliz no exterior - principalmente aqueles brasileiros que não apenas moram longe como há tempos não pisam na terra do feijão com arroz - não tem coisa melhor do que uma boa e tradicional feijoada. Acompanhada de uma boa farofa, couve e laranja. Se tiver guaraná então, a festa está completa (eu até dispenso o brigadeiro).

Pois ontem foi assim! Meu afilhado Breno completou 2 anos e a mamãe dele preparou uma deliciosa feijoada pra comemorar com os amigos e a família holandesa. E eu, só pra manter a tradição, ainda levei uma quentinha pra casa pra aquecer no dia seguinte, rsrsrsrs. Acabei de jantar e com a barriga devidamente cheia decidi vir aqui escrever este ode à feijoada.

Porque se pra quem mora no Brasil feijoada é a coisa mais banal do mundo, pra quem mora fora, é um manjar dos Deuses! Desconfio que tenha a ver com aqueles sabores que ficaram guardados bem no fundo do baú da memória e que revivemos a cada nova garfada. Um prato de feijão com arroz é capaz de levar a gente de volta no tempo como (quase) nenhum outro prato. A saudade tem sabor de feijão com arroz.

Da próxima vez tem pão de queijo...mal posso aguardar!

segunda-feira, maio 10, 2010

A outra balança



Tive um daqueles fim-de-semana ruinzinhos (porque o amor tem seus dias bons e ruins) mas já passou. No meio da confusão me veio à cabeça uma outra balança - não aquela balança de peso do post anterior mas a balança de créditos e débitos que a gente contabiliza em cada relacionamento. Seja de forma consciente ou não. Cálculos rápidos foram o suficiente pra concluir que felizmente os créditos ainda estão ganhando. Mas por via das dúvidas, volta e meia somos obrigados a parar pra conversar e estabelecer novos caminhos e possibilidades. Discutir erros e acertos, colocar os pingos nos iis antes de seguir em frente - de mãos dadas ou não. O amor é uma plantinha que precisa ser regada regularmente porque senão um dia ela morre. Quando a gente menos espera (bem verdade que alguns sabem reconhecer os sinais melhor do que outros).

Uma das coisas que mais me surpreende no amor é como a mesma pessoa é capaz de nos fazer totalmente feliz em um dia e infinitamente infeliz no outro. Uma verdade devastadora que quem ama conhece muito bem. São brigas e mal-entendidos, choques de temperamentos, discussões e concessões que povoam (em maior ou menor grau) toda relação adulta. Sem falar no choque cultural das relações multiculturais (vivo isso pela segunda vez). Ser casal às vezes cansa! Manter uma relação adulta e equilibrada cansa. Mas quem pode e deve definir os limites da nossa (in)felicidade somos nós mesmos. E mais ninguém.

Eu só sei que nos meus 10 anos de casamento aprendi (e sofri) mais do que devia. E uma das principais lições é que nunca mais vou deixar uma relação chegar ao ponto em que aquele casamento chegou. Que nunca mais vou deixar que alguém desrespeite meus limites e desconsidere minhas emoções. E nunca, nunca mais, vou deixar que me tratem como fui tratada em um passado nem tão distante assim.


Em dias como hoje, meu consolo é saber que tudo na vida passa. E passa mesmo! Foi um fim-de-semana difícil mas sobrevivemos (dizem que o amor sempre vence...). E serviu pra eu redefinir meus limites e impor algumas mudanças necessárias. O que já é uma grande vitória.

quinta-feira, maio 06, 2010

Isso eu já sabia


Médico especialista em emagrecimento confirma: estresse engorda

A vida é corrida para todos. A pressão do chefe no trabalho, as obrigações com a família em casa, os compromissos que você nunca consegue cumprir, aquele médico que você vive remarcando... Há muito, a medicina orienta seus pacientes a dominarem o estresse antes que ele domine a sua saúde. Além de doenças cardíacas e do aumento do risco de câncer, ele agora pode estar ligado a outro grande problema: a obesidade.

No ano passado, o médico norte-americano Jason Block publicou no American Journal of Epidemiology um estudo que analisou a relação entre o estresse e o ganho de peso entre pessoas com idades de 25 a 74 anos. A pesquisa constatou não só que pessoas estressadas tendem a engordar mais, mas que homens e mulheres respondem a padrões diferentes de pressão. Confira a entrevista:

Pergunta – Quais as suas conclusões?
Block –
Descobrimos que tipos diferentes de estresse estão associados ao ganho de peso em homens e mulheres. Nos homens, analisamos, ao longo de nove anos, que existe uma relação entre obesidade ou sobrepeso e estresse ligado à situação financeira, falta de liderança ou um trabalho que não seja estimulante. A preocupação com o lado financeiro também aparece nas mulheres, além da falta de controle sobre a própria vida, pressão no trabalho e problemas nos relacionamentos familiares. No geral, mulheres apresentam ganho de peso em situações relativas à vida, enquanto os homens, a dinheiro e a trabalho.

Pergunta – A obesidade decorrente do estresse é um diagnóstico mais difícil tanto para pacientes quanto para médicos por não ser tão óbvia?
Block –
Sim. Os médicos frequentemente dedicam um tempo muito limitado a seus pacientes e muitos aspectos precisam ser investigados naquele curto intervalo. É fácil não perceber que um paciente está estressado, a não ser que o médico pergunte ou que ele diga com todas as letras.

Pergunta – O que pode ser feito no dia a dia para evitar níveis elevados de estresse?
Block –
As pessoas precisam ter consciência de que podem ganhar peso quando estão estressadas. Assim, provavelmente elas estarão mais alertas sobre algumas práticas pouco saudáveis durante esse período, como comer mais que o normal. Mas elas também deveriam tentar reduzir esse estresse: praticando exercício, falando com um amigo, familiar ou até com um psicólogo. As empresas deveriam prestar mais atenção no estresse de seus funcionários porque isso pode interferir na qualidade do trabalho deles, além de causar complicações na saúde que vão além da obesidade.

Minha nova obsessão

Tá certo que eu não uso Facebook nem nunca entrei na onda do Twitter, mas tenho uma confissão a fazer: ando fissurada no Tumblr! Depois do Flickr, definitivamente a minha nova obsessão. E como toda obsessão que se preze, anda me tomando mais tempo do que deveria. Ainda mais com a pilha de livros a serem lidos, filmes a serem vistos, blogs a serem visitados, etv etc etc. Além de um bocado de imagens interessantes (que tenho usado regularmente aqui no blog), tem texto de todo teor e tipo. Eu e minha inesgotável fascinação por palavras em geral e fontes em particular. Enfim, procrastinação total.











segunda-feira, maio 03, 2010

A neta de Road Dahl

Playing with the Grown-ups é mais um daqueles livros que encontrei por acaso (ou que talvez tenha me encontrado, como costuma acontecer na minha pacata vida de rata de livraria). E como de praxe, acabei curtindo muito a leitura - quanto menos expectativas, melhor. Diga-se de passagem, a autora é neta do famoso escritor Road Dahl (que escreveu vários clássicos como A Fantástica Fábrica de Chocolate, Matilda e As Bruxas, meus favoritos).

Mas voltando ao livro deste post, ele retrata a vida de altos e baixos de uma daquelas famílias complicadas e nada certinhas. A mãe de Kitty sofre de sérios distúrbios mentais (crises de enxaqueca e depressão, pra início de conversa) e mal consegue criar os três filhos que teve. Kitty é a filha mais velha e a narradora da estória.

Se crescer já não é fácil, crescer com uma mãe desequilibrada é mais difícil ainda (e eu vivi isso, de certa forma). Ainda mais quando a mãe excêntrica (pra não dizer emocionalmente instável) insiste em fazer escolhas erradas e carrega as crianças com ela pra toda parte. Ela tem uma série de paixões que deixam marcas não apenas em sua vida como na de seus filhos. Num dado momento de sua vida conturbada, ela larga a família para trás e se muda com as crianças para um ashram, de onde acaba sendo sutilmente convidada a retirar-se (leia-se: expulsa). Por falar em ashram, essa parte da estória me lembrou muito o filme Hideous Kinky com a Kate Winslet. Que aliás é um dos meus filmes preferidos com a badalada atriz.

Embora a temática não seja exatamente leve, a narrativa é fluente e divertida, na medida em que isso é possível. A autora tem senso de humor e algumas sacações muito boas. Dá pra ler rapidinho e o final deixa aquele gosto de quero mais. Enfim, eu gostei.


PS. Falando em Road Dahl, sábado comprei The Fantastic Mr. Fox, que já li rapidinho antes de conferir no cinema...Mais uma estória infantil pra agradar a grandes e pequenos.

domingo, maio 02, 2010

10 reasons I love you

sábado, maio 01, 2010

How to Train Your Dragon



Quem acompanha este blog está cansado de saber que eu adoro filmes infantis. Sim, sou uma eterna criança, então aproveitando a desculpa do aniversário do Liam esta semana, F. ofereceu de irmos ao cinema e fomos os três assistir How to Train your Dragon em 3D...E gente, que viagem!

O filme é uma gracinha, embora eu seja suspeita pra falar, né? Sem falar que como mãe de menino o que não falta aqui em casa são dinossauros e dragões espalhados por toda parte. Então já fui preparada. E confesso que curti o filme tanto quanto o garoto de 10 anos sentado ao meu lado. Que por acaso era o Liam, devidamente equipado com óculos 3D!

Uma estória de vikings e dragões, desafios e batalhas. A aventura começa quando um menino descobre um grande segredo, meio que por acaso (porque quem procura nem sempre acha). Um belo dia ele cruza com um dragão ferido em seu caminho e descobre que o dragão tem tanto medo quanto ele. E mais, ele se reconhece e se identifica com o dragão. E claro, como em todo filme infantil que se preze, os dois acabam se tornando amigos inseparáveis.

O único problema é que como o menino é um viking, ele deve cumprir um ritual de passagem. Explicando melhor, para ser reconhecido como viking ele deve antes provar que é capaz de matar um dragão! E é aí que as coisas complicam, claro. Muitas aventuras depois, ele finalmente consegue convencer os vikings de seu povoado que os dragões não são monstros impiedosos, e que não é preciso ter medo deles. Porque os dragões têm tanto medo quanto eles e se atacam e matam, é apenas pra se defenderem. Enfim, ele ensina aos vikings que os dragões são criaturas do bem. E assim eles viveram felizes para sempre.

Um dos melhores filmes infantis em cartaz atualmente. Vale a pena conferir!
Tecnologia do Blogger.

Esta semana foi assim...

Fantastic Mr. Fox



Só pra não deixar passar em branco, porque seria no mínimo injustiça não comentar sobre um dos melhores filmes dos últimos tempos. Outro dia fui com meu filho assistir Fantastic Mr. Fox - que já aviso não é exatamente um filme pra crianças! O livro foi originalmente escrito por Road Dahl, o que por si só já vale uma recomendação. E foi adaptado para a tela por nada menos do que Wes Anderson, diretor de The Royal Tenenbaums (2001), The Life Aquatic (2004)  e The Darjeeling Limited (2007). O que pra mim já garante uma recomendação dupla!

Mas eu sou suspeita pra falar porque confesso que adorei o cinismo da família Tenenbaum. Cada membro da família mais neurótico do que o outro. Enfim, mais uma daquelas famílias problemáticas  - dysfunctional families como gostam de dizer os americanos - como tantas por este mundo afora! E embora Darjeeling Limited não seja tão bom quanto Royal Tenenbaums, algumas cenas são ótimas (pra não dizer hilárias), os diálogos são inteligentes e o roteiro tem a dose usual de sarcasmo do diretor.

Mas voltando ao filme em questão...na minha opinião, Fantastic Mr. Fox é quase um Royal Tenenbaums vestido de raposa!!! O filme faz lembrar muito a temática do diretor, com diálogos recheados de cinismo e personagens quase humanos. E ele ainda usou a técnica de filme de animação em stop-motion, cada vez mais popular nos últimos anos (Nightmare Before Christmas, The Corpse Bride e Coraline, entre outros). No mais, um daqueles filmes abertos para (no mínimo) duas leituras: a das crianças e a dos adultos que as acompanham na sala de cinema. Uma coisa é certa: eu e meu filho não assistimos ao mesmo filme. Porque enquanto as crianças se divertem com as estrepolias de uma família de raposas, os adultos lêem as entrelinhas e riem sozinhos na sala escura. É impossível não se identificar com alguns dos personagens.

Fica a dica. Um filme que agrada a grandes e pequenos, diversão garantida para todas as idades!

Engraçada, a vida




Conhece-te a ti mesmo, torna-te consciente de tua ignorância e serás sábio. (Sócrates)

Estava eu aqui quietinha no meu canto lendo o blog de uma jovem gaúcha e me identifiquei imensamente com alguns de seus posts. Ler as palavras desta jovem me fez reviver a pessoa que um dia eu fui, como volta e meia acontece (eu gosto de chamar isso de sincronicidade). E não entendam isso como tristeza ou amargura de quem já viveu demais. É uma simples constatação de que a vida segue e a gente muda! Uma questão de evolução - porque eu quero e preciso acreditar que a maioria de nós evolui.

Engraçado é que quanto mais eu fuço a blogosfera, mais blogueiros com questionamentos e inquietações semelhantes eu encontro. O que eu quero dizer é o seguinte: somos todos diferentes mas ao mesmo tempo tão semelhantes! Com nossos sofrimentos e angústias tão pessoais e ao mesmo tempo tão universais. E sim, já comentei isso aqui antes. Acredito que se hoje sou capaz de perceber isso, é porque já passei por essas e outras estações na longa jornada do autoconhecimento. E inevitavelmente acabo me reconhecendo aqui e ali, nas estações alheias. Inevitável e admito, às vezes doloroso. Mas faz parte do aprendizado.

A vida é uma viagem surpreendente e cada dia percebo melhor que alguns de nós vivem mais intensamente - em partes por escolha, em partes por mera patologia (se é que alguém entende onde quero chegar, eu que já fiz anos de terapia).  É gente que vive tudo até a última gota, que ama até ficar sem ar, que sofre até quase morrer pra depois recomeçar tudo mais leve. Gente que escolhe o caminho mais difícil não por teimosia mas por curiosidade. Necessidade de ir aonde os outros ainda não foram. Gente que não sabe jogar o jogo dos outros nem muito menos fazer cara de paisagem.

Mas não tenhamos medo. A gente erra mas um dia a gente aprende. E um dia a gente se encontra. Mesmo que antes tenha de se perder várias vezes. Story of my life.

Alegria de brasileiro no exterior



Quer deixar brasileiro feliz no exterior - principalmente aqueles brasileiros que não apenas moram longe como há tempos não pisam na terra do feijão com arroz - não tem coisa melhor do que uma boa e tradicional feijoada. Acompanhada de uma boa farofa, couve e laranja. Se tiver guaraná então, a festa está completa (eu até dispenso o brigadeiro).

Pois ontem foi assim! Meu afilhado Breno completou 2 anos e a mamãe dele preparou uma deliciosa feijoada pra comemorar com os amigos e a família holandesa. E eu, só pra manter a tradição, ainda levei uma quentinha pra casa pra aquecer no dia seguinte, rsrsrsrs. Acabei de jantar e com a barriga devidamente cheia decidi vir aqui escrever este ode à feijoada.

Porque se pra quem mora no Brasil feijoada é a coisa mais banal do mundo, pra quem mora fora, é um manjar dos Deuses! Desconfio que tenha a ver com aqueles sabores que ficaram guardados bem no fundo do baú da memória e que revivemos a cada nova garfada. Um prato de feijão com arroz é capaz de levar a gente de volta no tempo como (quase) nenhum outro prato. A saudade tem sabor de feijão com arroz.

Da próxima vez tem pão de queijo...mal posso aguardar!

A outra balança



Tive um daqueles fim-de-semana ruinzinhos (porque o amor tem seus dias bons e ruins) mas já passou. No meio da confusão me veio à cabeça uma outra balança - não aquela balança de peso do post anterior mas a balança de créditos e débitos que a gente contabiliza em cada relacionamento. Seja de forma consciente ou não. Cálculos rápidos foram o suficiente pra concluir que felizmente os créditos ainda estão ganhando. Mas por via das dúvidas, volta e meia somos obrigados a parar pra conversar e estabelecer novos caminhos e possibilidades. Discutir erros e acertos, colocar os pingos nos iis antes de seguir em frente - de mãos dadas ou não. O amor é uma plantinha que precisa ser regada regularmente porque senão um dia ela morre. Quando a gente menos espera (bem verdade que alguns sabem reconhecer os sinais melhor do que outros).

Uma das coisas que mais me surpreende no amor é como a mesma pessoa é capaz de nos fazer totalmente feliz em um dia e infinitamente infeliz no outro. Uma verdade devastadora que quem ama conhece muito bem. São brigas e mal-entendidos, choques de temperamentos, discussões e concessões que povoam (em maior ou menor grau) toda relação adulta. Sem falar no choque cultural das relações multiculturais (vivo isso pela segunda vez). Ser casal às vezes cansa! Manter uma relação adulta e equilibrada cansa. Mas quem pode e deve definir os limites da nossa (in)felicidade somos nós mesmos. E mais ninguém.

Eu só sei que nos meus 10 anos de casamento aprendi (e sofri) mais do que devia. E uma das principais lições é que nunca mais vou deixar uma relação chegar ao ponto em que aquele casamento chegou. Que nunca mais vou deixar que alguém desrespeite meus limites e desconsidere minhas emoções. E nunca, nunca mais, vou deixar que me tratem como fui tratada em um passado nem tão distante assim.


Em dias como hoje, meu consolo é saber que tudo na vida passa. E passa mesmo! Foi um fim-de-semana difícil mas sobrevivemos (dizem que o amor sempre vence...). E serviu pra eu redefinir meus limites e impor algumas mudanças necessárias. O que já é uma grande vitória.

Isso eu já sabia


Médico especialista em emagrecimento confirma: estresse engorda

A vida é corrida para todos. A pressão do chefe no trabalho, as obrigações com a família em casa, os compromissos que você nunca consegue cumprir, aquele médico que você vive remarcando... Há muito, a medicina orienta seus pacientes a dominarem o estresse antes que ele domine a sua saúde. Além de doenças cardíacas e do aumento do risco de câncer, ele agora pode estar ligado a outro grande problema: a obesidade.

No ano passado, o médico norte-americano Jason Block publicou no American Journal of Epidemiology um estudo que analisou a relação entre o estresse e o ganho de peso entre pessoas com idades de 25 a 74 anos. A pesquisa constatou não só que pessoas estressadas tendem a engordar mais, mas que homens e mulheres respondem a padrões diferentes de pressão. Confira a entrevista:

Pergunta – Quais as suas conclusões?
Block –
Descobrimos que tipos diferentes de estresse estão associados ao ganho de peso em homens e mulheres. Nos homens, analisamos, ao longo de nove anos, que existe uma relação entre obesidade ou sobrepeso e estresse ligado à situação financeira, falta de liderança ou um trabalho que não seja estimulante. A preocupação com o lado financeiro também aparece nas mulheres, além da falta de controle sobre a própria vida, pressão no trabalho e problemas nos relacionamentos familiares. No geral, mulheres apresentam ganho de peso em situações relativas à vida, enquanto os homens, a dinheiro e a trabalho.

Pergunta – A obesidade decorrente do estresse é um diagnóstico mais difícil tanto para pacientes quanto para médicos por não ser tão óbvia?
Block –
Sim. Os médicos frequentemente dedicam um tempo muito limitado a seus pacientes e muitos aspectos precisam ser investigados naquele curto intervalo. É fácil não perceber que um paciente está estressado, a não ser que o médico pergunte ou que ele diga com todas as letras.

Pergunta – O que pode ser feito no dia a dia para evitar níveis elevados de estresse?
Block –
As pessoas precisam ter consciência de que podem ganhar peso quando estão estressadas. Assim, provavelmente elas estarão mais alertas sobre algumas práticas pouco saudáveis durante esse período, como comer mais que o normal. Mas elas também deveriam tentar reduzir esse estresse: praticando exercício, falando com um amigo, familiar ou até com um psicólogo. As empresas deveriam prestar mais atenção no estresse de seus funcionários porque isso pode interferir na qualidade do trabalho deles, além de causar complicações na saúde que vão além da obesidade.

Minha nova obsessão

Tá certo que eu não uso Facebook nem nunca entrei na onda do Twitter, mas tenho uma confissão a fazer: ando fissurada no Tumblr! Depois do Flickr, definitivamente a minha nova obsessão. E como toda obsessão que se preze, anda me tomando mais tempo do que deveria. Ainda mais com a pilha de livros a serem lidos, filmes a serem vistos, blogs a serem visitados, etv etc etc. Além de um bocado de imagens interessantes (que tenho usado regularmente aqui no blog), tem texto de todo teor e tipo. Eu e minha inesgotável fascinação por palavras em geral e fontes em particular. Enfim, procrastinação total.











A neta de Road Dahl

Playing with the Grown-ups é mais um daqueles livros que encontrei por acaso (ou que talvez tenha me encontrado, como costuma acontecer na minha pacata vida de rata de livraria). E como de praxe, acabei curtindo muito a leitura - quanto menos expectativas, melhor. Diga-se de passagem, a autora é neta do famoso escritor Road Dahl (que escreveu vários clássicos como A Fantástica Fábrica de Chocolate, Matilda e As Bruxas, meus favoritos).

Mas voltando ao livro deste post, ele retrata a vida de altos e baixos de uma daquelas famílias complicadas e nada certinhas. A mãe de Kitty sofre de sérios distúrbios mentais (crises de enxaqueca e depressão, pra início de conversa) e mal consegue criar os três filhos que teve. Kitty é a filha mais velha e a narradora da estória.

Se crescer já não é fácil, crescer com uma mãe desequilibrada é mais difícil ainda (e eu vivi isso, de certa forma). Ainda mais quando a mãe excêntrica (pra não dizer emocionalmente instável) insiste em fazer escolhas erradas e carrega as crianças com ela pra toda parte. Ela tem uma série de paixões que deixam marcas não apenas em sua vida como na de seus filhos. Num dado momento de sua vida conturbada, ela larga a família para trás e se muda com as crianças para um ashram, de onde acaba sendo sutilmente convidada a retirar-se (leia-se: expulsa). Por falar em ashram, essa parte da estória me lembrou muito o filme Hideous Kinky com a Kate Winslet. Que aliás é um dos meus filmes preferidos com a badalada atriz.

Embora a temática não seja exatamente leve, a narrativa é fluente e divertida, na medida em que isso é possível. A autora tem senso de humor e algumas sacações muito boas. Dá pra ler rapidinho e o final deixa aquele gosto de quero mais. Enfim, eu gostei.


PS. Falando em Road Dahl, sábado comprei The Fantastic Mr. Fox, que já li rapidinho antes de conferir no cinema...Mais uma estória infantil pra agradar a grandes e pequenos.

10 reasons I love you

How to Train Your Dragon



Quem acompanha este blog está cansado de saber que eu adoro filmes infantis. Sim, sou uma eterna criança, então aproveitando a desculpa do aniversário do Liam esta semana, F. ofereceu de irmos ao cinema e fomos os três assistir How to Train your Dragon em 3D...E gente, que viagem!

O filme é uma gracinha, embora eu seja suspeita pra falar, né? Sem falar que como mãe de menino o que não falta aqui em casa são dinossauros e dragões espalhados por toda parte. Então já fui preparada. E confesso que curti o filme tanto quanto o garoto de 10 anos sentado ao meu lado. Que por acaso era o Liam, devidamente equipado com óculos 3D!

Uma estória de vikings e dragões, desafios e batalhas. A aventura começa quando um menino descobre um grande segredo, meio que por acaso (porque quem procura nem sempre acha). Um belo dia ele cruza com um dragão ferido em seu caminho e descobre que o dragão tem tanto medo quanto ele. E mais, ele se reconhece e se identifica com o dragão. E claro, como em todo filme infantil que se preze, os dois acabam se tornando amigos inseparáveis.

O único problema é que como o menino é um viking, ele deve cumprir um ritual de passagem. Explicando melhor, para ser reconhecido como viking ele deve antes provar que é capaz de matar um dragão! E é aí que as coisas complicam, claro. Muitas aventuras depois, ele finalmente consegue convencer os vikings de seu povoado que os dragões não são monstros impiedosos, e que não é preciso ter medo deles. Porque os dragões têm tanto medo quanto eles e se atacam e matam, é apenas pra se defenderem. Enfim, ele ensina aos vikings que os dragões são criaturas do bem. E assim eles viveram felizes para sempre.

Um dos melhores filmes infantis em cartaz atualmente. Vale a pena conferir!