sábado, outubro 30, 2010

Show da Adriana Calcanhotto



Mal posso acreditar na minha sorte, mas ontem assisti Adriana Calcanhotto ao vivo aqui em Amsterdã. Sorte porque eu não tinha ingressos e o show estava esgotado há semanas! Como moro aqui e uma amiga insistiu, arriscamos e fomos tentar ver se dava pra entrar. Dependíamos de reservas que não puderam ir. E entramos!!! Perdemos apenas a primeira música.

E eu simplesmente não tenho palavras para descrever o show. Perfeito, com a voz maravilhoso e o violão acústico desta musa da MPB. Show intimista, presença de palco incrível. Adriana sempre fui uma das minhas cantoras favoritas e este foi meu primeiro show - e aqui na Holanda!

Uma pena que F. não pode ir ao show comigo (decidimos de última hora e ele mora em Haia), porque ele certamente teria gostado. Então vou deixar aqui uma pequena amostra do show para vocês. Mas vou dedicar este clipe a ele:






PS. O clipe não é do show de ontem, mas ela tocou esta música. E muitas outras favoritas...

quinta-feira, outubro 28, 2010

Os gatos da Cora





Você que gosta de gatos, não pode deixar de conferir o blog da jornalista e cronista Cora Rónai. Além da ótima qualidade dos textos, ela publica regularmente fotos de seus bichinhos! Fiquei impressionada ao descobrir quantos felinos ela tem pela casa, se não me engano são seis gatos.

Desnecessário dizer, fiquei morrendo de inveja porque eu só tenho uma gatinha. Mas que ela é muito fofa, isso ela é. Além de fotogênica, vejam só:



quarta-feira, outubro 27, 2010

LEGO World



Não foi a primeira vez, mas nos divertimos muito! Aproveitando as férias escolares (aqui na Holanda tem férias escolares o tempo todo), ontem visitamos o LEGO World. Um evento anual inesquecível para pequenos e grandes fãs de LEGO - o brinquedo mais popular aqui na Europa (o outro grande favorito é o Playmobil).

Eu e Liam já tínhamos visitado duas vezes, a última vez está registrada aqui. Mas agora que ele tem 10 anos (e sua coleção particular aumenta a cada ano) a feira ficou muito mais interessante. É que Liam sabe construir trens e ônibus cada vez melhor! E na feira, ele aproveitou a oportunidade pra conversar e trocar idéias com os expositores. Eu fiquei só olhando eles discutirem peças, trocar instruções e dicas de sites. Enfim, muito bacana ver seu filho prestes a se transformar num LEGO designer, hehehe. Sim, porque Liam gosta tanto de LEGO que não duvido nada daqui a uns anos vai estar expondo suas criações no LEGO World. Basta se inscrever em um dos grupos pra participar de futuros eventos. Porque construir ele já sabe, ele procura fotos e instruções na net ou cria seus próprios designs.

Pra variar, tirei algumas fotos com meu celular mas não ficaram boas! As fotos abaixo são apenas para dar uma idéia do evento. Dos muitos visitantes, 90% eram meninos. Welcome to a boy's world.



Estação de metrô
Estação de trem
Uma das várias construções

domingo, outubro 24, 2010

Things we forget

quinta-feira, outubro 21, 2010

Eat. Pray. Love.



Finalmente assisti um dos filmes mais comentados dos últimos tempos. E pra variar, confesso que estava um tanto apreensiva porque já havia lido o livro há tempos (muito antes dele ser filmado) e bem...tinha gostado. Então fui pro cinema com uma boa dose de expectativa. E gostei mas não amei o filme! Amei as imagens de viagens, as comidas de dar água na boca mas o roteiro poderia ter sido mais agilizado. Depois de duas horas e quinze minutos, você sai da sala se perguntando se eles não poderiam ter cortado algumas cenas aqui e ali.  Sem falar que eu não gostei muito da Julia Roberts como Liz, embora entenda perfeitamente a escolha. Julia Roberts é garantia de bilheteria, né gente. Não que a atuação dela seja ruim (eu sou chata mesmo) mas eu preferiria mil vezes outra atriz no papel...mais especificamente falando, Kate Winslet! Sou suspeita pra falar porque a Kate é uma das minhas atrizes favoritas de todos os tempos (e não apenas por Revolutionary Road). E a passagem pela Índia me fez lembrar muito Hideous Kinky...Kate na Índia com duas meninas, despirocando total. Quem não assistiu, assista!

Mas voltando ao filme em questão. Eat, Pray, Love conta as aventuras e desventuras de uma mulher em busca de si mesma. E sim, me identifiquei com a protagonista em muitas partes, como já havia me identificado ao ler o livro. Por outro lado, de certa forma não pude deixar de achá-la uma criança mimada sempre querendo um novo brinquedo! Afinal, não é qualquer um que pode se dar ao luxo de abandonar o barco (leia-se casamento) e sair pelo mundo afora pra colocar as idéias em ordem. É preciso antes de mais nada, uma certa base financeira pra se aventurar por ai sem maiores consequências. Ou uma dose exagerada de loucura, como foi o meu caso quando vim de mala e cuia pra Amsterdã.

Quem ficou curioso pra saber o que eu achei do livro, leia aqui.

domingo, outubro 17, 2010

Solidão e isolamento


Fim de semana sozinha - por livre e espontânea vontade. Há tempos que não passava um fim de semana sozinha comigo mesma! E como estava precisando de um fim de semana desses...Nos últimos três anos e meio, passei praticamente todos os fins de semana com F. E, em fins de semana alternados, com F. e Liam que diga-se de passagem, se dão super bem.

Mas nas últimas semanas tenho sentido uma necessidade enorme de estar sozinha e como o F. tinha uma maratona de filmes com amigos que eu raramente vou, foi fácil dizer novamente que não iria, rsrsrsrs. Gosto dos amigos dele mas infelizmente não tenho a menor capacidade de assistir 4 filmes seguidos em uma tarde! Minha concentração simplesmente não permite tal façanha. I have the attention spam of a toddler, como diz o F. E é assim mesmo, só consigo me concentrar mesmo é nos meus livros (e isso também tem fases). Por essas e outras tenho curtido muitas séries de tv, com episódios curtos.

Enfim, cá estou eu sozinha e feliz da vida. Porque eu não tenho nem nunca tive medo da solidão, com o passar dos anos ela vem se tornando cada vez mais necessária. Preciso parar tudo para assimilar a vida ao meu redor, digerir acontecimentos, tirar algumas conclusões antes de seguir em frente. Escrevi sobre isso anos atrás no blog, na minha fase pós-divórcio (um dos períodos em que mais tive paz em toda a minha vida). Aquele post foi - e continua sendo - um dos meus preferidos. Quem quiser conferir, leia aqui.

Minha sorte é que F. entende perfeitamente, então não preciso explicar nem ficar arrumando desculpas. Nossa relação é uma relação de duas pessoas completas, com interesses individuais (a paixão dele é a música, acima de tudo e de todos) que se complementam aqui e ali. Eu não preciso dele pra viver, nem ele de mim e isso é bom. No momento em que a gente entende isso, a gente para de esperar que o outro nos faça feliz o tempo todo. E para de sofrer quando ele não preenche nossas expectativas (porque também não preenchemos as dele).

No mais, estamos juntos por opção e não porque somos obrigados a conviver sob o mesmo teto (o que nem é o caso pois não moramos juntos). Mas já queimei muita estrada pra chegar até aqui. E uma das maiores descobertas que fiz é que ninguém é responsável pela minha felicidade: só eu mesma (o que já está de bom tamanho, rsrsrs). Descobri ainda que o que faz uma pessoa interessante são seus interesses...e eu  faço questão de cultivar os meus, como os leitores deste blog sabem muito bem.

Bom fim de semana para todos, sozinhos ou (bem)acompanhados.





PS. Ontem passei grande parte do dia devorando contos de Jhumpa Lahiri (foto acima), aguardem meu próximo post! E à noite, ainda decidi rever os filmes Tara Road (pra matar as saudades de Dublin) e Then She Found Me. Hoje vou ler mais um bocado (como não podia deixar de ser) e devo assistir alguns filmes.

PS2: Foto tirada com celular, admito que gostei! O caneco rosa é o meu favorito (Jamie Oliver), e o chá idem: o famoso chá indiano CHAI. A babuschka é uma das minhas obsessões mais recentes!

quarta-feira, outubro 13, 2010

Meme dos 4

Ganhei este meme da Tânia, que sabe que adoro essas brincadeiras! Desde menina eu andava às voltas com diários secretos e cadernetas de amigos. Então lá vamos nós:


TRABALHOS QUE TIVE EM MINHA VIDA
1. Vendedora em loja para turistas (no Rio)
2. Tradutora freelance
3. Revisora de português
4. Assistente em sala de aula na Holanda (inburgeringscoach)


LUGARES EM QUE VIVI
1. Rio de Janeiro
2. Dublin, Irlanda
3. Edinburgh, Escócia
4. Amsterdã, onde moro até hoje

Royal Mile, Edinburgh by artquirk



PROGRAMAS DE TV QUE ASSISTIA QUANDO CRIANÇA
1. Os Waltons
2. Os Pioneiros
3. A Feiticeira
4. Jeannie é um Gênio


PROGRAMAS DE TV QUE ASSISTO
1. Big Bang Theory
2. Two and a Half Men
3. The Closer, Cold Case, Criminal Minds
4. Medium e Ghost Whisperer (!)

Não deu pra escrever apenas quatro porque tenho assistido muita coisa! A lista incluiria ainda Friends, Frasier, Seinfeld, Everybody Loves Raymond, etc etc etc. Sex and The City nunca foi a minha praia mas confesso que alguns episódios são muito bons! E ainda teve a fase Grey´s Anatomy...


QUATRO LUGARES EM QUE ESTIVE E VOLTARIA
1. Praga
2. Paris
3. Lisboa
4. Cambridge (ou Oxford)

Rooftops in Prague, by artquirk

FORMAS DIFERENTES QUE ME CHAMAM
1. Betinha (amigas da M30)
2. Beth Blue (codinome na internet)
3. Mama (meu filho)
4. Schat (meu namorado, significa querida em holandês hehehe)


QUATRO COMIDAS FAVORITAS
1. Feijoada (Manjar dos Deuses pra quem mora fora)
2. Moqueca de camarão (idem)
3. Comida italiana (principalmente massas e risottos)
4. Comida japonesa (amo sushi)


QUATRO LUGARES EM QUE DESEJARIA ESTAR AGORA
1. Aqui mesmo (quietinha em casa com meus livros e minha gata)
2. Paris (tomando espresso em um daqueles típicos cafés parisienses)
3. Londres (bisbilhotando novidades em uma daquelas livrarias maravilhosas)
4. Brugges (com suas famosas chocolateries, que ainda preciso conhecer)


Paris, by artquirk



ESPERO QUE ESTE ANO EU POSSA...
Puxa vida, 2010 já está acabando então não sei se ainda dá tempo de fazer desejos...Além do mais, as coisas andam meio confusas por aqui então prefiro comer quieta!



Pra finalizar a brincadeira, indico 4 blogueiras:
1. Maria Valeria
2. Lilly
3. Luciana
4. Pat Ferret (!)









PS. As ilustrações são de artquirk, um artista que mora na Inglaterra e vende seus trabalhos no site Etsy. Além de desenhar muito bem, muitas das cidades que ele ilustra eu mesma já conheci! Muito bacana.

segunda-feira, outubro 11, 2010

Asperger nas telas de cinema





Como já tinha assistido e gostado de Mozart and the Whale (que comentei aqui), decidi conferir o filme Adam (2009), recomendado por uma leitora do blog! E com algumas restrições, achei o filme bem legal. Antes de mais nada, um filme de alto teor didático que ensina sobre um tipo de autismo conhecido como síndrome de Asperger. Recomendado pra quem nunca ouviu falar sobre a síndrome, o filme inclui até dicas de livros (como Pretending to be Normal, um dos bestsellers sobre o assunto). Pra quem ficou curioso, aqui está um artigo interessante (em inglês) sobre o filme.

Adam estreiou no Sundance Festival de 2009 e foi comercializado como uma estória de amor, o que de certa forma é mesmo. Só que trata-se de uma estória de amor nada convencional, entre uma jovem (digamos assim) normal e um rapaz autista. Ela é professora de escola primária e escritora de livros infantis, ele é um engenheiro apaixonado por astronomia (como é o caso de muitos com a síndrome).

Uma das poucas críticas que eu faria ao filme é o fato da moça nunca ter ouvido falar de autismo...morando em New York e trabalhando em uma escola, isso me pareceu inverossímel! Até porque, os EUA são o país com maior número de diagnósticos de autismo no mundo. E com uma literatura cada vez mais extensa sobre o assunto. Tá certo que eu sou suspeita pra falar pois convivo com a questão diariamente e por isso li mais do que uma pessoa leria em média.

Falta agora conferir outro filme sobre o mesmo tema: Mary and Max, uma animação que tem sido muito comentada pela mídia e que por coincidência também fez parte da programação do festival no mesmo ano.


sexta-feira, outubro 08, 2010

Sabático, um privilégio para poucos



O tal sabático, tão comum nos EUA e Europa (principalmente Inglaterra, França, Alemanha e Holanda) está virando moda entre as classes mais abastadas do Brasil (porque é preciso dinheiro para viajar, não se iludam). Uma experiência sem dúvida mais do que válida - desde que sua família tenha condições de bancar seus sonhos. Infelizmente, esta não é a realidade de grande maioria dos jovens brasileiros.

Aqui na Holanda isso não é novidade - vejo frequentemente jovens partindo por tempo ilimitado para a Índia, Ásia e outras aventuras. O texto abaixo foi publicado na ISTO É Indepentende e achei tão interessante que decidi compartilhar com vocês. Porque em um mundo ideal, todos os jovens teriam oportunidade de viajar para lugares diferentes e entrar em contato com outras culturas. Uma experiência enriquecedora que no Brasil ainda é privilégio de poucos.



 ---------------------------------------------------------------------------------
Jovens brasileiros aderem ao período sabático entre o ensino médio e a universidade. E isso pode fazer bem para a futura carreira, garantem especialistas (por Claudia Jordão)

A tendência é mundial. Jovens britânicos, australianos, neozelandeses e israelenses terminam o ensino médio e, antes de entrar na faculdade, tiram o seu gap year. O termo significa um “ano em suspenso”, dedicado a viagens pelo mundo, trabalhos voluntários ou cursos específicos – de preferência, realizados longe de conhecidos e de casa. A pausa é uma maneira de viver experiências diferentes, uma forma de amadurecer, de adquirir bagagem para a vida adulta e de pensar com calma a profissão futura. A prática começa a ganhar força no Brasil. Embora a maioria dos jovens que terminam o ensino médio emende cursinho, faculdade e trabalho, alguns estão tirando uma espécie de período sabático, que pode durar até um ano. Ficam longe do frisson profissional, mas ganham experiência de vida. O que, segundo especialistas, pode ser um diferencial na hora de batalhar espaço no mercado de trabalho, especialmente se a viagem proporciona o aprendizado de outra língua ou alguma especialidade.

Pedro Augusto Silva Santos, 19 anos, terminou o ensino médio sem a certeza da profissão que seguiria. Sentia-se inclinado ao direito, mas só decidiu por economia depois de passar 2009 no Canadá. “Meu pai percebeu que eu estava inseguro e disse: ‘Vá ficar um tempo fora’”, conta Santos, que atualmente faz cursinho. Em Vancouver, ele participou do Foundation, programa oferecido pela STB (agência de intercâmbio), que auxilia o aluno a escolher sua carreira. Patrícia Mendoza, 19 anos, também se sentiu segura para escolher a profissão após deixar a família, de classe média alta de Belo Horizonte, para realizar um trabalho voluntário numa escola de educação infantil na cidade de Barooga, na Austrália. “Minhas amigas diziam: ‘trabalhar de graça, pra quê?’Mas garanto que ganhei muito mais que dinheiro”, resume Patrícia, que apostou num pacote da ONG AFS Intercultura Brasil e agora pretende cursar relações internacionais. Viajar para fazer trabalho voluntário também é tendência no Brasil. “A nossa expectativa de crescimento na venda de pacotes para este ano é de 40% em relação a 2009”, diz Gisele Mainardi, gerente de produto da Central de Intercâmbio.

O gap year é uma modalidade do período sabático. O termo é antigo (leia quadro), mas vem adquirindo novos contornos. “O conceito original está ligado a um afastamento para a realização de um projeto pessoal, como escrever um livro”, diz Herbert Steinberg, autor do livro “Sabático, um Tempo para Crescer”. Hoje, no entanto, não é fundamental ter um projeto pessoal definido para fazer uma pausa e as malas. Com a correria da vida cotidiana, o período sabático tem funcionado como uma válvula de escape. Ou seja, um tempo para respirar, fazer um balanço da vida, reciclar ideias, redefinir metas. Foi para fugir do estresse que, há dois anos, o advogado Fernando Correa de Camargo Neto, 30 anos, pediu demissão e viajou durante nove meses por 30 países. “Eu trabalhava muito e não tinha tempo para a minha vida pessoal”, diz Camargo. Depois de escalar o vulcão Pacaya, na Guatemala, participar de uma produção cinematográfica em Bollywood, na Índia, e pular com guerreiros masai na Tanzânia – quando estão felizes, os masai pulam –, Camargo se sentiu renovado para voltar para casa. “Tão difícil quanto deixar o meu mundo para conhecer outros mundos foi voltar e me recolocar”, diz ele.

O período sabático também costuma ser motivado pelo fechamento de um ciclo de vida, como aconteceu com a escritora americana Elizabeth Gilbert. Autora do best-selller “Comer, Rezar, Amar”, que virou filme, ela viajou para Itália, Índia e Indonésia após o fim de seu casamento. Depois de se reencontrar, voltou apaixonada e com o projeto do livro na bagagem. Seu livro, inclusive, ajudou a aquecer o mercado de viagens sabáticas no Brasil. Neste primeiro semestre, a STB registrou um aumento de 30% na procura por esse tipo de viagem em relação ao ano passado. E, de olho no filão, a agência acaba de lançar roteiros inspirados no livro para os países visitados por Elizabeth para quem quer um hiato mais longo do que as férias. Quem já tirou um sabático garante que fazer esta pausa não é um sonho distante, basta planejar. “É importante que a pessoa negocie com a família, esclareça os seus pontos”, diz o escritor Steinberg. “E faça um pé de meia, para o tempo que estiver fora e para quando voltar.” Afinal, é preciso recomeçar.

quarta-feira, outubro 06, 2010

Rir é o melhor remédio



Descobri recentemente uma série de tv hilária e estou há tempos pra postar sobre ela. A série se chama The Big Bang Theory (foto acima) e ando tão viciada que tenho assistido quase todos os dias na tv holandesa! Ela conta as aventuras e desventuras (leia-se viagens e pirações) de um grupo de físicos e cientistas que se encaixam perfeitamente no perfil de nerds. A série também passa na tv a cabo no Brasil porque já esbarrei em um site brasileiro, aliás muito bom: http://www.bigbangtheory.com.br/. O produtor de Big Bang Theory é o mesmo de Two and a Half Men, outra que assisto diariamente. Diga-se de passagem, Two and a Half Men é a sit com de mais sucesso nos EUA, conforme li na rede. E até faz sentido, considerando-se os diálogos excelentes. Mas na minha singela opinião, Big Bang não fica muito atrás não. Se bem que sou suspeita pra falar porque gosto de nerds, hehehe.

Eu sou uma pessoa de fases e na minha fase recente tenho assistido muita sitcom e poucos filmes (e olha que sempre amei a sétima arte). Pensando bem, só tenho assistido sit com nos últimos tempos! Nos fins de semana, aproveito pra tirar o atraso e assistir duas séries dos anos 80 e 90: Frasier e Seinfeld. Duas séries clássicas da tv americana que eu nunca havia assistido e que o F. me apresentou. E pronto, viciei - felizmente ele tem todos os episódios de todas as temporadas. Então temos diversão garantida para os fins de semana até o final do inverno (o outono aqui no hemisfério norte mal começou). Não assisti essas séries na época porque passei boa parte dos anos 90 assistindo séries inglesas (Absolutely Fabulous, Men Behaving Badly, etc). É que neste período da minha vida eu era casada com um inglês e, embora morando aqui em Amsterdã, assistíamos sempre a tv inglesa. Não só porque ele curtia, mas porque eu sempre curti um humor britânico.



Em tempos duvidosos, rir (ainda) é o melhor remédio! Mas agora é a vez de vocês me contarem quais são suas séries favoritas.

Aliens!

Outra série favorita nos últimos tempos é Third Rock from the Sun. Tenho rido muito com as aventuras de um grupo de alienígenas (isso mesmo, the aliens are coming) visitando o planeta Terra. De fato, tenho rido tanto que não resisti e acabei comprando as primeiras temporadas!  Praqueles dias esquisitos em que a cabeça anda a mil. Meu novo antidepressivo tem nome: sit coms. De certa forma, por (má) influência do F., com quem assisto grande parte deles.

Só sei que me delicio acompanhando as descobertas e surpresas que fazem parte inevitável da vida destas criaturas alienígenas em nosso planeta. O mais legal é que eles volta e meia questionam coisas que nós terráqueos consideramos mais do que normais (como sexo e relacionamentos, padrões de beleza). Os temas são dos mais variados, e alguns episódios são simplesmente hilários!

Uma série que faz rir mas também faz a gente pensar. Enfim, vale a pena conferir!

terça-feira, outubro 05, 2010

Abaixo o estrelismo na rede!

Esta campanha foi iniciada pela Tânia, amiga querida e blogueira das inteligentes. E eu só podia assinar embaixo porque também ando assustada com algumas tendências da blogosfera. Obviamente que esses fenômenos não são de hoje e já vem ocorrendo há anos e um ou outro blogueiro até conseguiu a façanha de publicar livro (e isso não é só fenômeno dos blogs brasileiros, basta ler meus posts sobre a petite française). Mas as pessoas às vezes perdem a noção mesmo.

A auto-promoção em alguns blogs tem me assustado. Gente que promove todo tipo de sorteio, que faz campanha pro blog virar livro...E já peço logo desculpas se alguma das minhas leitoras se inclui nesta lista, rsrsrs. E acrescento que se leio o seu blog é porque gosto! Mas com o passar dos anos ando cada dia mais seletiva - na blogosfera, na net e na vida lá fora.

Blog pra mim tem de ter conteúdo (simples assim). E de preferência bem escrito, porque sou chata mesmo. E eu não queria dizer isso mas vou dizer (pela primeira e última vez), fico impressionada com a quantidade de gente que nem escrever português direito sabe, muito menos colocar seus pensamentos de forma clara. Nem precisa necessariamente ser concisa porque prolixa eu também sou. Sim, entendo que algumas pessoas tem facilidade pra escrever e outras não, sempre foi assim (desde meus tempos de escola primária). Mas nem é tanto os erros de português que questiono, mas a atitude do blogueiro. Gente que se acha...acaba afastando mais do que aproximando. Pelo menos comigo é assim!

Blog pra mim é sinônimo de interação. E quanto mais interação, melhor. Mas interação sincera, com carinho e respeito. Porque pra mim não importa o número de seguidores e sim o número de pessoas que lêem o blog com prazer e deixam seus comentários. São trocas de experiências, opinião e afeto (e quando necessário, apoio). As amizades que florescem a partir da blogosfera são a melhor parte da estória.  E é por essas e outras que continuo gostando disso aqui, apesar das celebridades de plantão!


No mais, a Tânia já deu o recado então passem lá no blog dela pra conferir.
Tecnologia do Blogger.

Show da Adriana Calcanhotto



Mal posso acreditar na minha sorte, mas ontem assisti Adriana Calcanhotto ao vivo aqui em Amsterdã. Sorte porque eu não tinha ingressos e o show estava esgotado há semanas! Como moro aqui e uma amiga insistiu, arriscamos e fomos tentar ver se dava pra entrar. Dependíamos de reservas que não puderam ir. E entramos!!! Perdemos apenas a primeira música.

E eu simplesmente não tenho palavras para descrever o show. Perfeito, com a voz maravilhoso e o violão acústico desta musa da MPB. Show intimista, presença de palco incrível. Adriana sempre fui uma das minhas cantoras favoritas e este foi meu primeiro show - e aqui na Holanda!

Uma pena que F. não pode ir ao show comigo (decidimos de última hora e ele mora em Haia), porque ele certamente teria gostado. Então vou deixar aqui uma pequena amostra do show para vocês. Mas vou dedicar este clipe a ele:






PS. O clipe não é do show de ontem, mas ela tocou esta música. E muitas outras favoritas...

Os gatos da Cora





Você que gosta de gatos, não pode deixar de conferir o blog da jornalista e cronista Cora Rónai. Além da ótima qualidade dos textos, ela publica regularmente fotos de seus bichinhos! Fiquei impressionada ao descobrir quantos felinos ela tem pela casa, se não me engano são seis gatos.

Desnecessário dizer, fiquei morrendo de inveja porque eu só tenho uma gatinha. Mas que ela é muito fofa, isso ela é. Além de fotogênica, vejam só:



LEGO World



Não foi a primeira vez, mas nos divertimos muito! Aproveitando as férias escolares (aqui na Holanda tem férias escolares o tempo todo), ontem visitamos o LEGO World. Um evento anual inesquecível para pequenos e grandes fãs de LEGO - o brinquedo mais popular aqui na Europa (o outro grande favorito é o Playmobil).

Eu e Liam já tínhamos visitado duas vezes, a última vez está registrada aqui. Mas agora que ele tem 10 anos (e sua coleção particular aumenta a cada ano) a feira ficou muito mais interessante. É que Liam sabe construir trens e ônibus cada vez melhor! E na feira, ele aproveitou a oportunidade pra conversar e trocar idéias com os expositores. Eu fiquei só olhando eles discutirem peças, trocar instruções e dicas de sites. Enfim, muito bacana ver seu filho prestes a se transformar num LEGO designer, hehehe. Sim, porque Liam gosta tanto de LEGO que não duvido nada daqui a uns anos vai estar expondo suas criações no LEGO World. Basta se inscrever em um dos grupos pra participar de futuros eventos. Porque construir ele já sabe, ele procura fotos e instruções na net ou cria seus próprios designs.

Pra variar, tirei algumas fotos com meu celular mas não ficaram boas! As fotos abaixo são apenas para dar uma idéia do evento. Dos muitos visitantes, 90% eram meninos. Welcome to a boy's world.



Estação de metrô
Estação de trem
Uma das várias construções

Things we forget

Eat. Pray. Love.



Finalmente assisti um dos filmes mais comentados dos últimos tempos. E pra variar, confesso que estava um tanto apreensiva porque já havia lido o livro há tempos (muito antes dele ser filmado) e bem...tinha gostado. Então fui pro cinema com uma boa dose de expectativa. E gostei mas não amei o filme! Amei as imagens de viagens, as comidas de dar água na boca mas o roteiro poderia ter sido mais agilizado. Depois de duas horas e quinze minutos, você sai da sala se perguntando se eles não poderiam ter cortado algumas cenas aqui e ali.  Sem falar que eu não gostei muito da Julia Roberts como Liz, embora entenda perfeitamente a escolha. Julia Roberts é garantia de bilheteria, né gente. Não que a atuação dela seja ruim (eu sou chata mesmo) mas eu preferiria mil vezes outra atriz no papel...mais especificamente falando, Kate Winslet! Sou suspeita pra falar porque a Kate é uma das minhas atrizes favoritas de todos os tempos (e não apenas por Revolutionary Road). E a passagem pela Índia me fez lembrar muito Hideous Kinky...Kate na Índia com duas meninas, despirocando total. Quem não assistiu, assista!

Mas voltando ao filme em questão. Eat, Pray, Love conta as aventuras e desventuras de uma mulher em busca de si mesma. E sim, me identifiquei com a protagonista em muitas partes, como já havia me identificado ao ler o livro. Por outro lado, de certa forma não pude deixar de achá-la uma criança mimada sempre querendo um novo brinquedo! Afinal, não é qualquer um que pode se dar ao luxo de abandonar o barco (leia-se casamento) e sair pelo mundo afora pra colocar as idéias em ordem. É preciso antes de mais nada, uma certa base financeira pra se aventurar por ai sem maiores consequências. Ou uma dose exagerada de loucura, como foi o meu caso quando vim de mala e cuia pra Amsterdã.

Quem ficou curioso pra saber o que eu achei do livro, leia aqui.

Solidão e isolamento


Fim de semana sozinha - por livre e espontânea vontade. Há tempos que não passava um fim de semana sozinha comigo mesma! E como estava precisando de um fim de semana desses...Nos últimos três anos e meio, passei praticamente todos os fins de semana com F. E, em fins de semana alternados, com F. e Liam que diga-se de passagem, se dão super bem.

Mas nas últimas semanas tenho sentido uma necessidade enorme de estar sozinha e como o F. tinha uma maratona de filmes com amigos que eu raramente vou, foi fácil dizer novamente que não iria, rsrsrsrs. Gosto dos amigos dele mas infelizmente não tenho a menor capacidade de assistir 4 filmes seguidos em uma tarde! Minha concentração simplesmente não permite tal façanha. I have the attention spam of a toddler, como diz o F. E é assim mesmo, só consigo me concentrar mesmo é nos meus livros (e isso também tem fases). Por essas e outras tenho curtido muitas séries de tv, com episódios curtos.

Enfim, cá estou eu sozinha e feliz da vida. Porque eu não tenho nem nunca tive medo da solidão, com o passar dos anos ela vem se tornando cada vez mais necessária. Preciso parar tudo para assimilar a vida ao meu redor, digerir acontecimentos, tirar algumas conclusões antes de seguir em frente. Escrevi sobre isso anos atrás no blog, na minha fase pós-divórcio (um dos períodos em que mais tive paz em toda a minha vida). Aquele post foi - e continua sendo - um dos meus preferidos. Quem quiser conferir, leia aqui.

Minha sorte é que F. entende perfeitamente, então não preciso explicar nem ficar arrumando desculpas. Nossa relação é uma relação de duas pessoas completas, com interesses individuais (a paixão dele é a música, acima de tudo e de todos) que se complementam aqui e ali. Eu não preciso dele pra viver, nem ele de mim e isso é bom. No momento em que a gente entende isso, a gente para de esperar que o outro nos faça feliz o tempo todo. E para de sofrer quando ele não preenche nossas expectativas (porque também não preenchemos as dele).

No mais, estamos juntos por opção e não porque somos obrigados a conviver sob o mesmo teto (o que nem é o caso pois não moramos juntos). Mas já queimei muita estrada pra chegar até aqui. E uma das maiores descobertas que fiz é que ninguém é responsável pela minha felicidade: só eu mesma (o que já está de bom tamanho, rsrsrs). Descobri ainda que o que faz uma pessoa interessante são seus interesses...e eu  faço questão de cultivar os meus, como os leitores deste blog sabem muito bem.

Bom fim de semana para todos, sozinhos ou (bem)acompanhados.





PS. Ontem passei grande parte do dia devorando contos de Jhumpa Lahiri (foto acima), aguardem meu próximo post! E à noite, ainda decidi rever os filmes Tara Road (pra matar as saudades de Dublin) e Then She Found Me. Hoje vou ler mais um bocado (como não podia deixar de ser) e devo assistir alguns filmes.

PS2: Foto tirada com celular, admito que gostei! O caneco rosa é o meu favorito (Jamie Oliver), e o chá idem: o famoso chá indiano CHAI. A babuschka é uma das minhas obsessões mais recentes!

Meme dos 4

Ganhei este meme da Tânia, que sabe que adoro essas brincadeiras! Desde menina eu andava às voltas com diários secretos e cadernetas de amigos. Então lá vamos nós:


TRABALHOS QUE TIVE EM MINHA VIDA
1. Vendedora em loja para turistas (no Rio)
2. Tradutora freelance
3. Revisora de português
4. Assistente em sala de aula na Holanda (inburgeringscoach)


LUGARES EM QUE VIVI
1. Rio de Janeiro
2. Dublin, Irlanda
3. Edinburgh, Escócia
4. Amsterdã, onde moro até hoje

Royal Mile, Edinburgh by artquirk



PROGRAMAS DE TV QUE ASSISTIA QUANDO CRIANÇA
1. Os Waltons
2. Os Pioneiros
3. A Feiticeira
4. Jeannie é um Gênio


PROGRAMAS DE TV QUE ASSISTO
1. Big Bang Theory
2. Two and a Half Men
3. The Closer, Cold Case, Criminal Minds
4. Medium e Ghost Whisperer (!)

Não deu pra escrever apenas quatro porque tenho assistido muita coisa! A lista incluiria ainda Friends, Frasier, Seinfeld, Everybody Loves Raymond, etc etc etc. Sex and The City nunca foi a minha praia mas confesso que alguns episódios são muito bons! E ainda teve a fase Grey´s Anatomy...


QUATRO LUGARES EM QUE ESTIVE E VOLTARIA
1. Praga
2. Paris
3. Lisboa
4. Cambridge (ou Oxford)

Rooftops in Prague, by artquirk

FORMAS DIFERENTES QUE ME CHAMAM
1. Betinha (amigas da M30)
2. Beth Blue (codinome na internet)
3. Mama (meu filho)
4. Schat (meu namorado, significa querida em holandês hehehe)


QUATRO COMIDAS FAVORITAS
1. Feijoada (Manjar dos Deuses pra quem mora fora)
2. Moqueca de camarão (idem)
3. Comida italiana (principalmente massas e risottos)
4. Comida japonesa (amo sushi)


QUATRO LUGARES EM QUE DESEJARIA ESTAR AGORA
1. Aqui mesmo (quietinha em casa com meus livros e minha gata)
2. Paris (tomando espresso em um daqueles típicos cafés parisienses)
3. Londres (bisbilhotando novidades em uma daquelas livrarias maravilhosas)
4. Brugges (com suas famosas chocolateries, que ainda preciso conhecer)


Paris, by artquirk



ESPERO QUE ESTE ANO EU POSSA...
Puxa vida, 2010 já está acabando então não sei se ainda dá tempo de fazer desejos...Além do mais, as coisas andam meio confusas por aqui então prefiro comer quieta!



Pra finalizar a brincadeira, indico 4 blogueiras:
1. Maria Valeria
2. Lilly
3. Luciana
4. Pat Ferret (!)









PS. As ilustrações são de artquirk, um artista que mora na Inglaterra e vende seus trabalhos no site Etsy. Além de desenhar muito bem, muitas das cidades que ele ilustra eu mesma já conheci! Muito bacana.

Asperger nas telas de cinema





Como já tinha assistido e gostado de Mozart and the Whale (que comentei aqui), decidi conferir o filme Adam (2009), recomendado por uma leitora do blog! E com algumas restrições, achei o filme bem legal. Antes de mais nada, um filme de alto teor didático que ensina sobre um tipo de autismo conhecido como síndrome de Asperger. Recomendado pra quem nunca ouviu falar sobre a síndrome, o filme inclui até dicas de livros (como Pretending to be Normal, um dos bestsellers sobre o assunto). Pra quem ficou curioso, aqui está um artigo interessante (em inglês) sobre o filme.

Adam estreiou no Sundance Festival de 2009 e foi comercializado como uma estória de amor, o que de certa forma é mesmo. Só que trata-se de uma estória de amor nada convencional, entre uma jovem (digamos assim) normal e um rapaz autista. Ela é professora de escola primária e escritora de livros infantis, ele é um engenheiro apaixonado por astronomia (como é o caso de muitos com a síndrome).

Uma das poucas críticas que eu faria ao filme é o fato da moça nunca ter ouvido falar de autismo...morando em New York e trabalhando em uma escola, isso me pareceu inverossímel! Até porque, os EUA são o país com maior número de diagnósticos de autismo no mundo. E com uma literatura cada vez mais extensa sobre o assunto. Tá certo que eu sou suspeita pra falar pois convivo com a questão diariamente e por isso li mais do que uma pessoa leria em média.

Falta agora conferir outro filme sobre o mesmo tema: Mary and Max, uma animação que tem sido muito comentada pela mídia e que por coincidência também fez parte da programação do festival no mesmo ano.


Sabático, um privilégio para poucos



O tal sabático, tão comum nos EUA e Europa (principalmente Inglaterra, França, Alemanha e Holanda) está virando moda entre as classes mais abastadas do Brasil (porque é preciso dinheiro para viajar, não se iludam). Uma experiência sem dúvida mais do que válida - desde que sua família tenha condições de bancar seus sonhos. Infelizmente, esta não é a realidade de grande maioria dos jovens brasileiros.

Aqui na Holanda isso não é novidade - vejo frequentemente jovens partindo por tempo ilimitado para a Índia, Ásia e outras aventuras. O texto abaixo foi publicado na ISTO É Indepentende e achei tão interessante que decidi compartilhar com vocês. Porque em um mundo ideal, todos os jovens teriam oportunidade de viajar para lugares diferentes e entrar em contato com outras culturas. Uma experiência enriquecedora que no Brasil ainda é privilégio de poucos.



 ---------------------------------------------------------------------------------
Jovens brasileiros aderem ao período sabático entre o ensino médio e a universidade. E isso pode fazer bem para a futura carreira, garantem especialistas (por Claudia Jordão)

A tendência é mundial. Jovens britânicos, australianos, neozelandeses e israelenses terminam o ensino médio e, antes de entrar na faculdade, tiram o seu gap year. O termo significa um “ano em suspenso”, dedicado a viagens pelo mundo, trabalhos voluntários ou cursos específicos – de preferência, realizados longe de conhecidos e de casa. A pausa é uma maneira de viver experiências diferentes, uma forma de amadurecer, de adquirir bagagem para a vida adulta e de pensar com calma a profissão futura. A prática começa a ganhar força no Brasil. Embora a maioria dos jovens que terminam o ensino médio emende cursinho, faculdade e trabalho, alguns estão tirando uma espécie de período sabático, que pode durar até um ano. Ficam longe do frisson profissional, mas ganham experiência de vida. O que, segundo especialistas, pode ser um diferencial na hora de batalhar espaço no mercado de trabalho, especialmente se a viagem proporciona o aprendizado de outra língua ou alguma especialidade.

Pedro Augusto Silva Santos, 19 anos, terminou o ensino médio sem a certeza da profissão que seguiria. Sentia-se inclinado ao direito, mas só decidiu por economia depois de passar 2009 no Canadá. “Meu pai percebeu que eu estava inseguro e disse: ‘Vá ficar um tempo fora’”, conta Santos, que atualmente faz cursinho. Em Vancouver, ele participou do Foundation, programa oferecido pela STB (agência de intercâmbio), que auxilia o aluno a escolher sua carreira. Patrícia Mendoza, 19 anos, também se sentiu segura para escolher a profissão após deixar a família, de classe média alta de Belo Horizonte, para realizar um trabalho voluntário numa escola de educação infantil na cidade de Barooga, na Austrália. “Minhas amigas diziam: ‘trabalhar de graça, pra quê?’Mas garanto que ganhei muito mais que dinheiro”, resume Patrícia, que apostou num pacote da ONG AFS Intercultura Brasil e agora pretende cursar relações internacionais. Viajar para fazer trabalho voluntário também é tendência no Brasil. “A nossa expectativa de crescimento na venda de pacotes para este ano é de 40% em relação a 2009”, diz Gisele Mainardi, gerente de produto da Central de Intercâmbio.

O gap year é uma modalidade do período sabático. O termo é antigo (leia quadro), mas vem adquirindo novos contornos. “O conceito original está ligado a um afastamento para a realização de um projeto pessoal, como escrever um livro”, diz Herbert Steinberg, autor do livro “Sabático, um Tempo para Crescer”. Hoje, no entanto, não é fundamental ter um projeto pessoal definido para fazer uma pausa e as malas. Com a correria da vida cotidiana, o período sabático tem funcionado como uma válvula de escape. Ou seja, um tempo para respirar, fazer um balanço da vida, reciclar ideias, redefinir metas. Foi para fugir do estresse que, há dois anos, o advogado Fernando Correa de Camargo Neto, 30 anos, pediu demissão e viajou durante nove meses por 30 países. “Eu trabalhava muito e não tinha tempo para a minha vida pessoal”, diz Camargo. Depois de escalar o vulcão Pacaya, na Guatemala, participar de uma produção cinematográfica em Bollywood, na Índia, e pular com guerreiros masai na Tanzânia – quando estão felizes, os masai pulam –, Camargo se sentiu renovado para voltar para casa. “Tão difícil quanto deixar o meu mundo para conhecer outros mundos foi voltar e me recolocar”, diz ele.

O período sabático também costuma ser motivado pelo fechamento de um ciclo de vida, como aconteceu com a escritora americana Elizabeth Gilbert. Autora do best-selller “Comer, Rezar, Amar”, que virou filme, ela viajou para Itália, Índia e Indonésia após o fim de seu casamento. Depois de se reencontrar, voltou apaixonada e com o projeto do livro na bagagem. Seu livro, inclusive, ajudou a aquecer o mercado de viagens sabáticas no Brasil. Neste primeiro semestre, a STB registrou um aumento de 30% na procura por esse tipo de viagem em relação ao ano passado. E, de olho no filão, a agência acaba de lançar roteiros inspirados no livro para os países visitados por Elizabeth para quem quer um hiato mais longo do que as férias. Quem já tirou um sabático garante que fazer esta pausa não é um sonho distante, basta planejar. “É importante que a pessoa negocie com a família, esclareça os seus pontos”, diz o escritor Steinberg. “E faça um pé de meia, para o tempo que estiver fora e para quando voltar.” Afinal, é preciso recomeçar.

Rir é o melhor remédio



Descobri recentemente uma série de tv hilária e estou há tempos pra postar sobre ela. A série se chama The Big Bang Theory (foto acima) e ando tão viciada que tenho assistido quase todos os dias na tv holandesa! Ela conta as aventuras e desventuras (leia-se viagens e pirações) de um grupo de físicos e cientistas que se encaixam perfeitamente no perfil de nerds. A série também passa na tv a cabo no Brasil porque já esbarrei em um site brasileiro, aliás muito bom: http://www.bigbangtheory.com.br/. O produtor de Big Bang Theory é o mesmo de Two and a Half Men, outra que assisto diariamente. Diga-se de passagem, Two and a Half Men é a sit com de mais sucesso nos EUA, conforme li na rede. E até faz sentido, considerando-se os diálogos excelentes. Mas na minha singela opinião, Big Bang não fica muito atrás não. Se bem que sou suspeita pra falar porque gosto de nerds, hehehe.

Eu sou uma pessoa de fases e na minha fase recente tenho assistido muita sitcom e poucos filmes (e olha que sempre amei a sétima arte). Pensando bem, só tenho assistido sit com nos últimos tempos! Nos fins de semana, aproveito pra tirar o atraso e assistir duas séries dos anos 80 e 90: Frasier e Seinfeld. Duas séries clássicas da tv americana que eu nunca havia assistido e que o F. me apresentou. E pronto, viciei - felizmente ele tem todos os episódios de todas as temporadas. Então temos diversão garantida para os fins de semana até o final do inverno (o outono aqui no hemisfério norte mal começou). Não assisti essas séries na época porque passei boa parte dos anos 90 assistindo séries inglesas (Absolutely Fabulous, Men Behaving Badly, etc). É que neste período da minha vida eu era casada com um inglês e, embora morando aqui em Amsterdã, assistíamos sempre a tv inglesa. Não só porque ele curtia, mas porque eu sempre curti um humor britânico.



Em tempos duvidosos, rir (ainda) é o melhor remédio! Mas agora é a vez de vocês me contarem quais são suas séries favoritas.

Aliens!

Outra série favorita nos últimos tempos é Third Rock from the Sun. Tenho rido muito com as aventuras de um grupo de alienígenas (isso mesmo, the aliens are coming) visitando o planeta Terra. De fato, tenho rido tanto que não resisti e acabei comprando as primeiras temporadas!  Praqueles dias esquisitos em que a cabeça anda a mil. Meu novo antidepressivo tem nome: sit coms. De certa forma, por (má) influência do F., com quem assisto grande parte deles.

Só sei que me delicio acompanhando as descobertas e surpresas que fazem parte inevitável da vida destas criaturas alienígenas em nosso planeta. O mais legal é que eles volta e meia questionam coisas que nós terráqueos consideramos mais do que normais (como sexo e relacionamentos, padrões de beleza). Os temas são dos mais variados, e alguns episódios são simplesmente hilários!

Uma série que faz rir mas também faz a gente pensar. Enfim, vale a pena conferir!

Abaixo o estrelismo na rede!

Esta campanha foi iniciada pela Tânia, amiga querida e blogueira das inteligentes. E eu só podia assinar embaixo porque também ando assustada com algumas tendências da blogosfera. Obviamente que esses fenômenos não são de hoje e já vem ocorrendo há anos e um ou outro blogueiro até conseguiu a façanha de publicar livro (e isso não é só fenômeno dos blogs brasileiros, basta ler meus posts sobre a petite française). Mas as pessoas às vezes perdem a noção mesmo.

A auto-promoção em alguns blogs tem me assustado. Gente que promove todo tipo de sorteio, que faz campanha pro blog virar livro...E já peço logo desculpas se alguma das minhas leitoras se inclui nesta lista, rsrsrs. E acrescento que se leio o seu blog é porque gosto! Mas com o passar dos anos ando cada dia mais seletiva - na blogosfera, na net e na vida lá fora.

Blog pra mim tem de ter conteúdo (simples assim). E de preferência bem escrito, porque sou chata mesmo. E eu não queria dizer isso mas vou dizer (pela primeira e última vez), fico impressionada com a quantidade de gente que nem escrever português direito sabe, muito menos colocar seus pensamentos de forma clara. Nem precisa necessariamente ser concisa porque prolixa eu também sou. Sim, entendo que algumas pessoas tem facilidade pra escrever e outras não, sempre foi assim (desde meus tempos de escola primária). Mas nem é tanto os erros de português que questiono, mas a atitude do blogueiro. Gente que se acha...acaba afastando mais do que aproximando. Pelo menos comigo é assim!

Blog pra mim é sinônimo de interação. E quanto mais interação, melhor. Mas interação sincera, com carinho e respeito. Porque pra mim não importa o número de seguidores e sim o número de pessoas que lêem o blog com prazer e deixam seus comentários. São trocas de experiências, opinião e afeto (e quando necessário, apoio). As amizades que florescem a partir da blogosfera são a melhor parte da estória.  E é por essas e outras que continuo gostando disso aqui, apesar das celebridades de plantão!


No mais, a Tânia já deu o recado então passem lá no blog dela pra conferir.