quinta-feira, março 31, 2011

A Primavera


A primavera finalmente resolveu dar o ar da sua graça. E já aviso que é a minha estação do ano favorita. Isso mesmo, não o verão, nem o outono e suas belas paisagens...mas a primavera!

Primavera pra mim é renovação. É hora de levantar, juntar as energias e começar tudo de novo. Como na natureza, depois de um longo e tenebroso inverno, as folhas e flores sempre voltam a brotar (sempre). Assim também nós devemos entender que depois de nossas crises (inevitáveis, em maior ou menor grau), o sol sempre volta a brilhar. E voltamos a sorrir com o coração (mais) leve.

No mais, só sei dizer que tenho tentado não pensar muito (porque pensar muito nunca me ajudou em nada). Que voltei a nadar duas vezes por semana e isso me faz um bem danado! E vou consertar minha bicicleta em breve. E sim, tenho devorado muitos livros. Um atrás do outro, como fazia nos tempos de faculdade. E pra completar meus dias, tenho deixado a  criatividade voar livre e solta e feito muitos scraps (como o cartão acima, que fiz ontem em homenagem à nova estação). Mais no meu outro blog: www.scrapsdabethblue.blogspot.com.

Enfim, a gente vai vivendo da melhor maneira possível (e em alguns dias, sobreviver já é uma grande vitória). Porque nem sempre pode se ter tudo nesta vida então temos de agradecer pelo que temos, em vez de ficar se lamentando pelo que não temos. Pensando bem, com o passar dos anos começo a desconfiar que este é o segredo da felicidade. Ser feliz com o que se tem, com o que se é. Parece simples, mas não é...E assim vamos vivendo, um dia de cada vez.

quinta-feira, março 24, 2011

Blog novinho em folha

Cartões fofos!
Marcadores de livros


A grande novidade é que não resisti e acabei criando um SEGUNDO blog só para postar minhas criações de scrapbooking. Quem visita este blog - ou participou da troca natalina - sabe que volta e meia eu me empolgo e saio fazendo cartões, marcadores y outras cositas mas (quem não sabe, confira o marcador scrapbooking aqui no lado direito).

Já aviso que ainda tenho muito o que aprender mas tenho me dedicado cada vez mais a esta nova forma de arteterapia (depois da blogterapia, que eu recomendo a todos, hehehe). Enfim, como scrapbooking é o meu hobby nr.1, achei que estava mais do que na hora de dedicar a ele um blog inteirinho...Assim sendo, a partir de agora, todos os posts de scraps serão publicados no blog novo!

Como o blog é novinho em folha, ainda vem muita novidade por aí. Quem quiser conhecer meu lado criativo, visite o blog: Scraps da Beth Blue. Voltem sempre.

segunda-feira, março 21, 2011

Daddy cool




Confesso que com tanto tempo sobrando, tenho emendado uma leitura atrás da outra. E nem sempre tenho tempo (ou saco) de postar por aqui. Então resolvi falar logo de um livro bastante interessante, a começar pelo tema central: CINEMA! Como eu sou cinéfila e assisti muitos dos filmes citados no livro, confesso que sou suspeita pra falar. O livro se chama The Film Club, de David Gilmour.

Ele é um relato autobiográfico da turbulenta relação de um pai com seu filho adolescente, durante um período de três anos - e muitos filmes! No início da estória, Jesse tem 16 anos e decide largar os estudos. O pai aceita (era mesmo uma batalha perdida, pelo menos naquele dado momento) mas com uma única condição: assistirem juntos ao menos três filmes por semana. Oss filmes serão escolhidos pelo pai.

A partir daí começa uma maratona de filmes, desde clássicos até cinema de autor, nouvelle vague, Woody Allen, Tarantino, Hitchcock, etc etc etc. São tantos filmes que no final do livro o autor fez o favor de colocar uma lista (que se estende por cinco páginas, para terem uma idéia). Enfim, pra quem adora cinema, já vale a leitura só pelos filmes citados. Mas os filmes são apenas uma desculpa que este pai encontrou para se comunicar com seu filho adolescente...e como funciona! Após assistirem os filmes juntos, eles discutem livremente sobre sexo, drogas e rock'n'roll (entre outras coisas). Jesse compartilha suas primeiras desilusões amorosas, toma porres de tequila e experimenta com cocaína...pra depois contar tudo (ou quase tudo) pro pai. Enfim, um diálogo aberto e sem preconceitos que poucos pais conseguem manter com seus filhos.

E  é justamente aí que entram meus questionamentos de mãe, claro. Porque eu acho maravilhoso - pra não dizer essencial - ter um diálogo tão aberto com um filho...eu mesma converso muito com o meu (que felizmente ainda está na pré-adolescência, Deus me ajude, né?). Mas também acho que pai tem de ser acima de tudo pai, e não apenas um amigo ou companheiro de farra. Ou seja, um adolescente precisa de uma autoridade em sua vida (seja ela masculina ou feminina). Ou pelo menos alguém que vez ou outra coloque um freio nessa loucura toda!

Enfim, as mamães de plantão podem ficar à vontade para dar suas opiniões. E os outros leitores também, claro.

sexta-feira, março 18, 2011

Vai passar



Hoje estou muito triste e por isso não vou escrever nada. Cansei de falar de tristezas, desabafar é bom mas em alguns momentos nem isso ajuda (e hoje certamente é um desses dias). A única garantia que temos nesta vida é de que TUDO passa...mais cedo ou mais tarde mas passa!

Sei também que já venci minhas batalhas e continuo lutando outras. E quero (preciso) acreditar que nada acontece por acaso. Que cada um tem suas lições a serem aprendidas nesta vida.

O importante é nunca desistir de ser feliz - apesar de tudo e apesar de si mesmo. Agora com licença, vou ali lavar a alma e volto quando estiver me sentindo mais leve.

terça-feira, março 15, 2011

Uma francesa de pais marroquinos





Outro filme francês que eu andava muito curiosa pra assistir era Française, da diretora Souad El-Bouhati. Tanto a diretora como a protagonista (eu quase diria heroína) do filme tem uma coisa em comum: ambas são nascidas na França, de pais imigrantes do Marrocos. Isso permite à diretora explorar muito bem o tema, já tão bem conhecido por ela mesma. Trata-se da segunda geração de marroquinos, ou seja, os filhos dos imigrantes marroquinos que vieram trabalhar na França nos anos 60 e 70.

Um belo dia os pais de Sofia decidem largar de vez a vida de imigrante na França e voltar às suas origens. E assim retornam com seus filhos pequenos para o Marrocos, onde vão morar em uma fazenda de olivas em uma área rural. Daqui pra frente começam os problemas de adaptação de Sofia (ótima atuação de Hafsia Herzi, que estreou no outro filme da mesma diretora, La graine et le mulet). Na época da mudança pro Marrocos, ela é uma menina de 10 anos que frequenta a escola francesa, com uma vidinha normal como qualquer outra criança com sua rotina de escola e casa.

Só que inevitavelmente, a menina cresce e começa a questionar o estilo de vida de seus pais. Por mais que sua mãe insista, Sofia não consegue se acostumar à vida tradicional numa fazenda de olivas no Marrocos. Num país em que os papéis da mulher e do homem ainda são muito tradicionais e onde tudo que se espera da mulher é que ela case (quanto mais cedo, melhor) e cuide dos filhos e da casa. Mas Sofia carrega consigo sua infância francesa e sonha em ir para a universidade e arrumar um bom emprego. Enfim, um choque cultural, mas ao contrário.

Em suma, um filme fascinante sobre o dia-a-dia das famílias de imigrantes. Um filme de muitos contrastes - não apenas de imagens mas acima de tudo, de valores. E claro, o choque de gerações é acentuado ainda mais pela questão da imigração.

Recomendo este filme especialmente a quem, como eu, mora em uma capital européia. Porque é sempre bom conhecer um pouco da estória desses imigrantes. Eles são parte essencial da história do país e só assim entenderemos melhor o mundo à nossa volta. Um brinde à a diversidade!

segunda-feira, março 14, 2011

Não dá mais pra viver sem ela



Quer dizer que agora é assim? Se não tem na internet, não existe. Concluo, entre aterrorizada e encantada, que o que não está na rede não pode ser dito nem pensado, porque não é. Como se só merecesse crédito o que pode ser varrido pelo Google. A internet, que virou veículo, ganhou poder e credibilidade, pode ainda ser uma coisa desconhecida para um bocado de gente, conhecida para mais um bocado e inacessível para outras tantas. Mas é inegável o papel dela na vida de outro bom bocado que passeia por ela procurando informação, trabalho, diversão, distração, dinheiro, amor, amizade, sexo, drogas, rock’n roll, ingresso para o cinema e receita de bolinho de arroz. Agora, a vida e o além da vida cabem numa tela. Simples assim.
(Crônica da Silmara Franco, o texto inteiro está aqui).

O que, inevitavelmente, me fez lembrar o comentário de uma amiga: Se você não tem Facebook, você não existe! E eu lamento admitir que há um fundo de verdade nessa estória. Eu não tenho Facebook por opção mesmo, mas se não fosse por este querido blog, eu provavelmente também não existiria! Estaria irreparavelmente isolada do mundo aqui no meu canto...um pensamento que me assusta mas que reflete a vida moderna.

E por falar em Facebook, leia também:
The Social Network 
Catfish 
Nossas vidas high-tech
150 amigos? 

 E sim, podem me chamar de ranzinza! rsrsrs...

For the Cat People






Passeando pela net em busca de fotos de gatos, esbarrei em umas ilustrações hilárias e acabei descobrindo um blog inteirinho! Pra quem gosta de gatos como eu, fica a dica: cat versus human

terça-feira, março 08, 2011

Meus dois maridos



Agora eu vou contar um segredo pra vocês. Não, eu não tenho dois maridos mas tenho um ex-marido e um namorado. O que, de certa forma, é até melhor!

Sinceramente, os dois fazem parte do meu cotidiano e eu não poderia mais imaginar a minha vida aqui na Holanda sem eles. A começar porque eu não tenho família aqui, então eles são a minha família. Um é o pai do meu filho e me ajuda a criá-lo. Nossa relação pode não ter sido das melhores (e não foi) mas ele é um ótimo pai, disso não posso reclamar! Ele me ajuda em todas as questões práticas da criação do Liam (e criar filho não é fácil, tiro meu chapéu pras mães solteiras por este mundo afora). Enfim, com todos os altos e baixos da minha vida, eu agradeço a Deus por ter alguém pra me ajudar no dia-a-dia.

Já o meu namorado - o querido F. que volta e meia aparece por aqui nos meus posts - este cuida de mim! Até mesmo quando eu não consigo cuidar de mim mesma...Ele me ajuda a colocar as coisas sob perspectiva quando eu entro em pânico. Me ajuda a pensar duas vezes antes de tomar uma decisão precipitada (eu sou impulsiva, né?). Me ajuda a buscar possíveis soluções quando eu penso que tudo está perdido. Me fornece opiniões diferentes para que eu tenha a oportunidade de repensar as minhas próprias opiniões (troca é fundamental). E ainda me dá apoio quando preciso de uma grana, porque ele é muito generoso e a minha grana sempre é curta. Precisa de mais alguma coisa?

Eu confesso que não poderia viver sem os homens da minha vida. Meu ex-marido, meu namorado e, last but not least, meu filho tão especial. Enfim, hoje eu não vim aqui pra reclamar da vida e sim para contar minhas bençãos!

segunda-feira, março 07, 2011

Mais uma pérola francesa



Eu adoro o cinema francês mas confesso que há tempos não assistia nada, então decidi conferir La Tête en Friche (2010). E vim aqui pra contar que bela pérola encontrei! Uma estória de amor e amizade nada convencional entre dois mundos distintos.

Ele é um jardineiro pacato e (semi)analfabeto, ela é uma senhora culta e muito letrada.  Um belo dia eles se encontram num parque, ficam amigos e desde então, passam a se encontrar regularmente. Eles sentam juntos em um banco e ela lê em voz alta trechos selecionados de seus livros favoritos. E ele passa a conhecer um pouco a literatura francesa e a descobrir um novo mundo.

E assim, dia após dia, livro após livro, abrem-se as portas para um mundo ao qual antes ele não tinha acesso. Ele que teve muitas dificuldades pra aprender a ler na escola e cujo vocabulário é bastante restrito. Então ela decide lhe oferecer um dicionário de presente. E diz a ele: boa viagem. Literalmente uma viagem ao mundo das palavras e seus significados.

Enfim, uma estória simples e que para alguns talvez pareça banal, mas de uma grande doçura e singeleza. E eu preciso dizer que a velhinha é um dos personagens mais doces que vi no cinema nos últimos tempos. Vale a pena conferir.

sexta-feira, março 04, 2011

A evolução de um blog

A Pri escreveu recentemente um post que me deixou aqui pensando com meus botões. Ela fez uma reflexão sobre o foco do blog dela - ou melhor seria dizer, das mudanças de foco. O trecho abaixo poderia ter sido escrito por mim:

Revisitando o conteúdo do meu blog, à primeira vista a minha impressão foi a de que eu perdi o foco. Inicialmente, este blog era anônimo e sua função voltada para a autoanálise, reflexões, catarses. Eu me sentia livre para falar sobre tudo - qualquer sentimento. O tom confessional era uma necessidade, um imperativo para aliviar o peso da alma com o objetivo de viver melhor.

De um tempo pra cá, tudo mudou: já não percebo uma grande quantidade de textos densos. A variedade de assuntos e temas se faz presente. E, às vezes, acontece de eu evitar me aprofundar em algum sentimento ou sensação mais pesados - talvez porque neste momento de vida eu esteja evitando mergulhos que me afastem da luz, ainda que temporariamente.


 --------------------------------------------------------------------------------

Desconfio que este seja um questionamento bastante comum pra quem escreve blogs de alto teor pessoal, como eu mesma e como a corajosa Pri.  Porque não é qualquer um que tem a coragem (ou seria necessidade?) de se expôr, de colocar a cara a tapa, sem medo de ser criticado ou pior ainda, mal-interpretado.

Eu mesma percebo nitidamente que com o passar dos anos - e já se vão quase cinco anos de blog - o meu blog também mudou de foco. Porque vejam bem: eu mudo e ele muda junto! Bem verdade que alguns temas são recorrentes, porque fazem parte da minha vida e de quem eu sou. Temas que incomodam mas que não posso ignorar porque estaria ignorando uma parte essencial de mim mesma. Enfim, não vou editar meus sentimentos. E desconfio até que sejam justamente esses temas que distinguem o meu blog de tantos outros. Porque o que não falta é blog vendendo uma realidade cor-de-rosa. O meu tem as cores do arco-íris. E tons de cinza também. Porque é assim que eu sou.

Quem me conhece sabe que a minha vida é cheia de altos e baixos. Pensar demais não é fácil (e nem vou falar no desgaste mental, velho conhecido). O momento atual é de pequenas e grandes mudanças - elas ainda não ocorreram mas estão logo ali na esquina, é inevitável. Porque quando a vida dói, é preciso mudar o rumo. É preciso ter coragem pra assumir que algo está errado. Um dia a gente acorda e decide que não dá mais pra tapar o sol com a peneira.

Pra compensar tudo isso, nos últimos tempos decidi que para cada post pesado eu quero escrever uns cinco posts mais leves! Talvez seja uma espécie de auto-censura. Ou um novo mecanismo de sobrevivência. Ou ainda, um reflexo do que tenho tentado mudar na minha vida.

Enfim, quem quiser me acompanhar nesta jornada, é sempre bem-vindo. Basta ter uma mente aberta e uma boa dose de coragem. Depois não digam que eu não avisei.

terça-feira, março 01, 2011

Um clássico da minha infância


Domingo foi um daqueles dias cinzentos e chuvosos, que não dá mesmo vontade de sair de casa. Estava eu aqui com Liam e meu namorado quando F. teve a ótima idéia de assistirmos juntos um dos clássicos da minha infância: A Fantástica Fábrica de Chocolate. Eu havia assistido a versão nova de Tim Burton no cinema com meu filho, mas que me desculpe o Johnny Depp, o filme de 1971 é muito melhor! Então conferi pela primeira vez com meu filho (ele já havia assistido com o pai antes mas nunca comigo então agora corrigi este erro).

Willy Wonka e sua fábrica de chocolates foi um dos filmes mais importantes da minha infância (e porque não dizer, da minha vida). Eu devia ter uns 8 ou 9 anos quando assisti no cinema com a minha mãe. E passei a maior parte do filme de boca aberta, deslumbrada com as imagens na tela. Um clássico de Road Dahl (Matilda, As Bruxas, O Fantástico Mr. Fox, etc) e um dos maiores clássicos do cinema para crianças e adultos (e chocólatras como eu, rsrsrs).

Um filme obrigatório. Uma bela homenagem aos sonhos (e pesadelos) da infância. Acho que não precisa dizer mais nada, né?



Tecnologia do Blogger.

A Primavera


A primavera finalmente resolveu dar o ar da sua graça. E já aviso que é a minha estação do ano favorita. Isso mesmo, não o verão, nem o outono e suas belas paisagens...mas a primavera!

Primavera pra mim é renovação. É hora de levantar, juntar as energias e começar tudo de novo. Como na natureza, depois de um longo e tenebroso inverno, as folhas e flores sempre voltam a brotar (sempre). Assim também nós devemos entender que depois de nossas crises (inevitáveis, em maior ou menor grau), o sol sempre volta a brilhar. E voltamos a sorrir com o coração (mais) leve.

No mais, só sei dizer que tenho tentado não pensar muito (porque pensar muito nunca me ajudou em nada). Que voltei a nadar duas vezes por semana e isso me faz um bem danado! E vou consertar minha bicicleta em breve. E sim, tenho devorado muitos livros. Um atrás do outro, como fazia nos tempos de faculdade. E pra completar meus dias, tenho deixado a  criatividade voar livre e solta e feito muitos scraps (como o cartão acima, que fiz ontem em homenagem à nova estação). Mais no meu outro blog: www.scrapsdabethblue.blogspot.com.

Enfim, a gente vai vivendo da melhor maneira possível (e em alguns dias, sobreviver já é uma grande vitória). Porque nem sempre pode se ter tudo nesta vida então temos de agradecer pelo que temos, em vez de ficar se lamentando pelo que não temos. Pensando bem, com o passar dos anos começo a desconfiar que este é o segredo da felicidade. Ser feliz com o que se tem, com o que se é. Parece simples, mas não é...E assim vamos vivendo, um dia de cada vez.

Blog novinho em folha

Cartões fofos!
Marcadores de livros


A grande novidade é que não resisti e acabei criando um SEGUNDO blog só para postar minhas criações de scrapbooking. Quem visita este blog - ou participou da troca natalina - sabe que volta e meia eu me empolgo e saio fazendo cartões, marcadores y outras cositas mas (quem não sabe, confira o marcador scrapbooking aqui no lado direito).

Já aviso que ainda tenho muito o que aprender mas tenho me dedicado cada vez mais a esta nova forma de arteterapia (depois da blogterapia, que eu recomendo a todos, hehehe). Enfim, como scrapbooking é o meu hobby nr.1, achei que estava mais do que na hora de dedicar a ele um blog inteirinho...Assim sendo, a partir de agora, todos os posts de scraps serão publicados no blog novo!

Como o blog é novinho em folha, ainda vem muita novidade por aí. Quem quiser conhecer meu lado criativo, visite o blog: Scraps da Beth Blue. Voltem sempre.

Daddy cool




Confesso que com tanto tempo sobrando, tenho emendado uma leitura atrás da outra. E nem sempre tenho tempo (ou saco) de postar por aqui. Então resolvi falar logo de um livro bastante interessante, a começar pelo tema central: CINEMA! Como eu sou cinéfila e assisti muitos dos filmes citados no livro, confesso que sou suspeita pra falar. O livro se chama The Film Club, de David Gilmour.

Ele é um relato autobiográfico da turbulenta relação de um pai com seu filho adolescente, durante um período de três anos - e muitos filmes! No início da estória, Jesse tem 16 anos e decide largar os estudos. O pai aceita (era mesmo uma batalha perdida, pelo menos naquele dado momento) mas com uma única condição: assistirem juntos ao menos três filmes por semana. Oss filmes serão escolhidos pelo pai.

A partir daí começa uma maratona de filmes, desde clássicos até cinema de autor, nouvelle vague, Woody Allen, Tarantino, Hitchcock, etc etc etc. São tantos filmes que no final do livro o autor fez o favor de colocar uma lista (que se estende por cinco páginas, para terem uma idéia). Enfim, pra quem adora cinema, já vale a leitura só pelos filmes citados. Mas os filmes são apenas uma desculpa que este pai encontrou para se comunicar com seu filho adolescente...e como funciona! Após assistirem os filmes juntos, eles discutem livremente sobre sexo, drogas e rock'n'roll (entre outras coisas). Jesse compartilha suas primeiras desilusões amorosas, toma porres de tequila e experimenta com cocaína...pra depois contar tudo (ou quase tudo) pro pai. Enfim, um diálogo aberto e sem preconceitos que poucos pais conseguem manter com seus filhos.

E  é justamente aí que entram meus questionamentos de mãe, claro. Porque eu acho maravilhoso - pra não dizer essencial - ter um diálogo tão aberto com um filho...eu mesma converso muito com o meu (que felizmente ainda está na pré-adolescência, Deus me ajude, né?). Mas também acho que pai tem de ser acima de tudo pai, e não apenas um amigo ou companheiro de farra. Ou seja, um adolescente precisa de uma autoridade em sua vida (seja ela masculina ou feminina). Ou pelo menos alguém que vez ou outra coloque um freio nessa loucura toda!

Enfim, as mamães de plantão podem ficar à vontade para dar suas opiniões. E os outros leitores também, claro.

Vai passar



Hoje estou muito triste e por isso não vou escrever nada. Cansei de falar de tristezas, desabafar é bom mas em alguns momentos nem isso ajuda (e hoje certamente é um desses dias). A única garantia que temos nesta vida é de que TUDO passa...mais cedo ou mais tarde mas passa!

Sei também que já venci minhas batalhas e continuo lutando outras. E quero (preciso) acreditar que nada acontece por acaso. Que cada um tem suas lições a serem aprendidas nesta vida.

O importante é nunca desistir de ser feliz - apesar de tudo e apesar de si mesmo. Agora com licença, vou ali lavar a alma e volto quando estiver me sentindo mais leve.

Uma francesa de pais marroquinos





Outro filme francês que eu andava muito curiosa pra assistir era Française, da diretora Souad El-Bouhati. Tanto a diretora como a protagonista (eu quase diria heroína) do filme tem uma coisa em comum: ambas são nascidas na França, de pais imigrantes do Marrocos. Isso permite à diretora explorar muito bem o tema, já tão bem conhecido por ela mesma. Trata-se da segunda geração de marroquinos, ou seja, os filhos dos imigrantes marroquinos que vieram trabalhar na França nos anos 60 e 70.

Um belo dia os pais de Sofia decidem largar de vez a vida de imigrante na França e voltar às suas origens. E assim retornam com seus filhos pequenos para o Marrocos, onde vão morar em uma fazenda de olivas em uma área rural. Daqui pra frente começam os problemas de adaptação de Sofia (ótima atuação de Hafsia Herzi, que estreou no outro filme da mesma diretora, La graine et le mulet). Na época da mudança pro Marrocos, ela é uma menina de 10 anos que frequenta a escola francesa, com uma vidinha normal como qualquer outra criança com sua rotina de escola e casa.

Só que inevitavelmente, a menina cresce e começa a questionar o estilo de vida de seus pais. Por mais que sua mãe insista, Sofia não consegue se acostumar à vida tradicional numa fazenda de olivas no Marrocos. Num país em que os papéis da mulher e do homem ainda são muito tradicionais e onde tudo que se espera da mulher é que ela case (quanto mais cedo, melhor) e cuide dos filhos e da casa. Mas Sofia carrega consigo sua infância francesa e sonha em ir para a universidade e arrumar um bom emprego. Enfim, um choque cultural, mas ao contrário.

Em suma, um filme fascinante sobre o dia-a-dia das famílias de imigrantes. Um filme de muitos contrastes - não apenas de imagens mas acima de tudo, de valores. E claro, o choque de gerações é acentuado ainda mais pela questão da imigração.

Recomendo este filme especialmente a quem, como eu, mora em uma capital européia. Porque é sempre bom conhecer um pouco da estória desses imigrantes. Eles são parte essencial da história do país e só assim entenderemos melhor o mundo à nossa volta. Um brinde à a diversidade!

Não dá mais pra viver sem ela



Quer dizer que agora é assim? Se não tem na internet, não existe. Concluo, entre aterrorizada e encantada, que o que não está na rede não pode ser dito nem pensado, porque não é. Como se só merecesse crédito o que pode ser varrido pelo Google. A internet, que virou veículo, ganhou poder e credibilidade, pode ainda ser uma coisa desconhecida para um bocado de gente, conhecida para mais um bocado e inacessível para outras tantas. Mas é inegável o papel dela na vida de outro bom bocado que passeia por ela procurando informação, trabalho, diversão, distração, dinheiro, amor, amizade, sexo, drogas, rock’n roll, ingresso para o cinema e receita de bolinho de arroz. Agora, a vida e o além da vida cabem numa tela. Simples assim.
(Crônica da Silmara Franco, o texto inteiro está aqui).

O que, inevitavelmente, me fez lembrar o comentário de uma amiga: Se você não tem Facebook, você não existe! E eu lamento admitir que há um fundo de verdade nessa estória. Eu não tenho Facebook por opção mesmo, mas se não fosse por este querido blog, eu provavelmente também não existiria! Estaria irreparavelmente isolada do mundo aqui no meu canto...um pensamento que me assusta mas que reflete a vida moderna.

E por falar em Facebook, leia também:
The Social Network 
Catfish 
Nossas vidas high-tech
150 amigos? 

 E sim, podem me chamar de ranzinza! rsrsrs...

For the Cat People






Passeando pela net em busca de fotos de gatos, esbarrei em umas ilustrações hilárias e acabei descobrindo um blog inteirinho! Pra quem gosta de gatos como eu, fica a dica: cat versus human

Meus dois maridos



Agora eu vou contar um segredo pra vocês. Não, eu não tenho dois maridos mas tenho um ex-marido e um namorado. O que, de certa forma, é até melhor!

Sinceramente, os dois fazem parte do meu cotidiano e eu não poderia mais imaginar a minha vida aqui na Holanda sem eles. A começar porque eu não tenho família aqui, então eles são a minha família. Um é o pai do meu filho e me ajuda a criá-lo. Nossa relação pode não ter sido das melhores (e não foi) mas ele é um ótimo pai, disso não posso reclamar! Ele me ajuda em todas as questões práticas da criação do Liam (e criar filho não é fácil, tiro meu chapéu pras mães solteiras por este mundo afora). Enfim, com todos os altos e baixos da minha vida, eu agradeço a Deus por ter alguém pra me ajudar no dia-a-dia.

Já o meu namorado - o querido F. que volta e meia aparece por aqui nos meus posts - este cuida de mim! Até mesmo quando eu não consigo cuidar de mim mesma...Ele me ajuda a colocar as coisas sob perspectiva quando eu entro em pânico. Me ajuda a pensar duas vezes antes de tomar uma decisão precipitada (eu sou impulsiva, né?). Me ajuda a buscar possíveis soluções quando eu penso que tudo está perdido. Me fornece opiniões diferentes para que eu tenha a oportunidade de repensar as minhas próprias opiniões (troca é fundamental). E ainda me dá apoio quando preciso de uma grana, porque ele é muito generoso e a minha grana sempre é curta. Precisa de mais alguma coisa?

Eu confesso que não poderia viver sem os homens da minha vida. Meu ex-marido, meu namorado e, last but not least, meu filho tão especial. Enfim, hoje eu não vim aqui pra reclamar da vida e sim para contar minhas bençãos!

Mais uma pérola francesa



Eu adoro o cinema francês mas confesso que há tempos não assistia nada, então decidi conferir La Tête en Friche (2010). E vim aqui pra contar que bela pérola encontrei! Uma estória de amor e amizade nada convencional entre dois mundos distintos.

Ele é um jardineiro pacato e (semi)analfabeto, ela é uma senhora culta e muito letrada.  Um belo dia eles se encontram num parque, ficam amigos e desde então, passam a se encontrar regularmente. Eles sentam juntos em um banco e ela lê em voz alta trechos selecionados de seus livros favoritos. E ele passa a conhecer um pouco a literatura francesa e a descobrir um novo mundo.

E assim, dia após dia, livro após livro, abrem-se as portas para um mundo ao qual antes ele não tinha acesso. Ele que teve muitas dificuldades pra aprender a ler na escola e cujo vocabulário é bastante restrito. Então ela decide lhe oferecer um dicionário de presente. E diz a ele: boa viagem. Literalmente uma viagem ao mundo das palavras e seus significados.

Enfim, uma estória simples e que para alguns talvez pareça banal, mas de uma grande doçura e singeleza. E eu preciso dizer que a velhinha é um dos personagens mais doces que vi no cinema nos últimos tempos. Vale a pena conferir.

A evolução de um blog

A Pri escreveu recentemente um post que me deixou aqui pensando com meus botões. Ela fez uma reflexão sobre o foco do blog dela - ou melhor seria dizer, das mudanças de foco. O trecho abaixo poderia ter sido escrito por mim:

Revisitando o conteúdo do meu blog, à primeira vista a minha impressão foi a de que eu perdi o foco. Inicialmente, este blog era anônimo e sua função voltada para a autoanálise, reflexões, catarses. Eu me sentia livre para falar sobre tudo - qualquer sentimento. O tom confessional era uma necessidade, um imperativo para aliviar o peso da alma com o objetivo de viver melhor.

De um tempo pra cá, tudo mudou: já não percebo uma grande quantidade de textos densos. A variedade de assuntos e temas se faz presente. E, às vezes, acontece de eu evitar me aprofundar em algum sentimento ou sensação mais pesados - talvez porque neste momento de vida eu esteja evitando mergulhos que me afastem da luz, ainda que temporariamente.


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Desconfio que este seja um questionamento bastante comum pra quem escreve blogs de alto teor pessoal, como eu mesma e como a corajosa Pri.  Porque não é qualquer um que tem a coragem (ou seria necessidade?) de se expôr, de colocar a cara a tapa, sem medo de ser criticado ou pior ainda, mal-interpretado.

Eu mesma percebo nitidamente que com o passar dos anos - e já se vão quase cinco anos de blog - o meu blog também mudou de foco. Porque vejam bem: eu mudo e ele muda junto! Bem verdade que alguns temas são recorrentes, porque fazem parte da minha vida e de quem eu sou. Temas que incomodam mas que não posso ignorar porque estaria ignorando uma parte essencial de mim mesma. Enfim, não vou editar meus sentimentos. E desconfio até que sejam justamente esses temas que distinguem o meu blog de tantos outros. Porque o que não falta é blog vendendo uma realidade cor-de-rosa. O meu tem as cores do arco-íris. E tons de cinza também. Porque é assim que eu sou.

Quem me conhece sabe que a minha vida é cheia de altos e baixos. Pensar demais não é fácil (e nem vou falar no desgaste mental, velho conhecido). O momento atual é de pequenas e grandes mudanças - elas ainda não ocorreram mas estão logo ali na esquina, é inevitável. Porque quando a vida dói, é preciso mudar o rumo. É preciso ter coragem pra assumir que algo está errado. Um dia a gente acorda e decide que não dá mais pra tapar o sol com a peneira.

Pra compensar tudo isso, nos últimos tempos decidi que para cada post pesado eu quero escrever uns cinco posts mais leves! Talvez seja uma espécie de auto-censura. Ou um novo mecanismo de sobrevivência. Ou ainda, um reflexo do que tenho tentado mudar na minha vida.

Enfim, quem quiser me acompanhar nesta jornada, é sempre bem-vindo. Basta ter uma mente aberta e uma boa dose de coragem. Depois não digam que eu não avisei.

Um clássico da minha infância


Domingo foi um daqueles dias cinzentos e chuvosos, que não dá mesmo vontade de sair de casa. Estava eu aqui com Liam e meu namorado quando F. teve a ótima idéia de assistirmos juntos um dos clássicos da minha infância: A Fantástica Fábrica de Chocolate. Eu havia assistido a versão nova de Tim Burton no cinema com meu filho, mas que me desculpe o Johnny Depp, o filme de 1971 é muito melhor! Então conferi pela primeira vez com meu filho (ele já havia assistido com o pai antes mas nunca comigo então agora corrigi este erro).

Willy Wonka e sua fábrica de chocolates foi um dos filmes mais importantes da minha infância (e porque não dizer, da minha vida). Eu devia ter uns 8 ou 9 anos quando assisti no cinema com a minha mãe. E passei a maior parte do filme de boca aberta, deslumbrada com as imagens na tela. Um clássico de Road Dahl (Matilda, As Bruxas, O Fantástico Mr. Fox, etc) e um dos maiores clássicos do cinema para crianças e adultos (e chocólatras como eu, rsrsrs).

Um filme obrigatório. Uma bela homenagem aos sonhos (e pesadelos) da infância. Acho que não precisa dizer mais nada, né?