segunda-feira, março 12, 2012

How to Be An American Housewife





Esta estória de marroquinos, integração, segregação tem dia que me dá um cansaço danado! Então vamos mudar radicalmente de assunto e iremos do Marrocos (ou Holanda) diretamente para o Japão (ou EUA).

É que acabei de ler How To Be An American Housewife, que conta a estória de uma japonesa que se casa com um oficial da Marinha Americana e muda-se para os EUA no final da década de 40, depois da Segunda Guerra Mundial (e das terríveis bombas de Hiroshima e Nagazaki, que ela também registra no seu relato). Nos EUA ela tem uma filha e são elas - mãe e filha - as protagonistas desta estória. O livro é dividido em duas partes, a primeira parte é narrada pela mãe, que conta sua estória, desde o período antes de ir pros EUA. A segunda parte é narrada pela filha, que acaba visitando o Japão pela primeira vez a pedido da mãe doente e se apaixona pelo país. A viagem ao Japão e o encontro com os familiares é uma das partes mais legais do livro, eu mesma fiquei morrendo de vontade de conhecer o Japão. O mais interessante é que, como em Girl in Translation, este livro também é baseado em fatos biográficos.

Uma estória de mãe e filha, de duas culturas diferentes e da herança cultural que cada um carrega consigo. A mãe, que optou por deixar seu país para trás e começar uma nova vida nos EUA. A filha, que nasceu nos EUA, descobre o Japão de sua mãe e decide fazer o caminho contrário. E eu inevitavelmente pensei no meu filho, que conheceu o Brasil ano passado, se apaixonou e nem queria mais voltar pra Holanda!

De resto, quem visita este blog sabe que adoro ler e já deve ter percebido que tenho uma certa fascinação por estórias de imigrantes. Livros como Girl in Translation, The Namesake (que rendeu um ótimo filme) e The Immigrant (de uma das minhas escritoras indianas favoritas, Manju Kapur) e muitos outros que estão na minha lista de leitura, como The Buddha in the Attic. Deve ser o meu lado curioso que deveria ter estudado antropologia ou coisa parecida. Sem falar na explicação mais óbvia como o fato de eu também ser imigrante, né?

3 comentários:

Eliana disse...

Uma de minhas melhores amigas, nasceu no Japão e recém nascida foi para o Brasil com os pais. Teve um ano que ela viajou ao Japão e ficou por lá por 9 meses, aprimorando-se num curso e estagiando. Eu acompanhei bem, porque ela me ligava de lá, me mandava cartinhas, mimos e fotos. Por ter partilhado isso, posso dizer que para ela foi algo maravilhoso, pois lá ela também encontrou os familiares e fez amigos dos quais ela ainda mantém contato, mesmo depois de anos e é comigo que ela fala deles, justamente por eu ter acompanhado esta aventura. Temos riquezas das quais, às vezes, nem fazemos idéia, né?

Simone Pedroso disse...

Safran kitchen, O Físico, Roots! Amo ler livros sobre imigrantes, viajantes... Taí um assunto que eu gosto!

Beth Blue disse...

Simone, por acaso tenho Saffran Kitchen aqui em casa! Será uma das minhas próximas leituras.

Agora estou lendo Shanghai Girls, muito interessante.

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How to Be An American Housewife





Esta estória de marroquinos, integração, segregação tem dia que me dá um cansaço danado! Então vamos mudar radicalmente de assunto e iremos do Marrocos (ou Holanda) diretamente para o Japão (ou EUA).

É que acabei de ler How To Be An American Housewife, que conta a estória de uma japonesa que se casa com um oficial da Marinha Americana e muda-se para os EUA no final da década de 40, depois da Segunda Guerra Mundial (e das terríveis bombas de Hiroshima e Nagazaki, que ela também registra no seu relato). Nos EUA ela tem uma filha e são elas - mãe e filha - as protagonistas desta estória. O livro é dividido em duas partes, a primeira parte é narrada pela mãe, que conta sua estória, desde o período antes de ir pros EUA. A segunda parte é narrada pela filha, que acaba visitando o Japão pela primeira vez a pedido da mãe doente e se apaixona pelo país. A viagem ao Japão e o encontro com os familiares é uma das partes mais legais do livro, eu mesma fiquei morrendo de vontade de conhecer o Japão. O mais interessante é que, como em Girl in Translation, este livro também é baseado em fatos biográficos.

Uma estória de mãe e filha, de duas culturas diferentes e da herança cultural que cada um carrega consigo. A mãe, que optou por deixar seu país para trás e começar uma nova vida nos EUA. A filha, que nasceu nos EUA, descobre o Japão de sua mãe e decide fazer o caminho contrário. E eu inevitavelmente pensei no meu filho, que conheceu o Brasil ano passado, se apaixonou e nem queria mais voltar pra Holanda!

De resto, quem visita este blog sabe que adoro ler e já deve ter percebido que tenho uma certa fascinação por estórias de imigrantes. Livros como Girl in Translation, The Namesake (que rendeu um ótimo filme) e The Immigrant (de uma das minhas escritoras indianas favoritas, Manju Kapur) e muitos outros que estão na minha lista de leitura, como The Buddha in the Attic. Deve ser o meu lado curioso que deveria ter estudado antropologia ou coisa parecida. Sem falar na explicação mais óbvia como o fato de eu também ser imigrante, né?

3 comentários:

Eliana disse...

Uma de minhas melhores amigas, nasceu no Japão e recém nascida foi para o Brasil com os pais. Teve um ano que ela viajou ao Japão e ficou por lá por 9 meses, aprimorando-se num curso e estagiando. Eu acompanhei bem, porque ela me ligava de lá, me mandava cartinhas, mimos e fotos. Por ter partilhado isso, posso dizer que para ela foi algo maravilhoso, pois lá ela também encontrou os familiares e fez amigos dos quais ela ainda mantém contato, mesmo depois de anos e é comigo que ela fala deles, justamente por eu ter acompanhado esta aventura. Temos riquezas das quais, às vezes, nem fazemos idéia, né?

Simone Pedroso disse...

Safran kitchen, O Físico, Roots! Amo ler livros sobre imigrantes, viajantes... Taí um assunto que eu gosto!

Beth Blue disse...

Simone, por acaso tenho Saffran Kitchen aqui em casa! Será uma das minhas próximas leituras.

Agora estou lendo Shanghai Girls, muito interessante.