segunda-feira, abril 30, 2012

Confissões de mãe




Aproveitando que o meu menino acabou de completar 12 anos no sábado passado, eu vou fazer uma confissão. Mas não se assustem porque eu sou estranha mesma (e já assumi a minha estranheza há tempos, quem lê este blog sabe disso).


Este negócio de maternidade é coisa complicada. Eu sempre digo que a maior decisão na vida de uma mulher é ter ou não ter filhos (se é que a gente escolhe, porque em alguns casos o destino acaba escolhendo pra gente). E digo mais, por mais que se leia sobre o assunto, por mais que a gente se informe, por mais que se discuta horas a fio com amigas e com parentes próximos, a verdade é que ninguém está preparado para a maternidade! Eu certamente não estava e admito que foi a maior mudança na minha vida. Se for pensar bem, mudar de continente foi mais fácil pra mim do que cuidar de um recém-nascido (eu avisei que era estranha). Eu não tinha nenhuma experiência com bebês, sou filha única e nunca fui daquelas que vivia segurando bebê dos outros no colo (eu até fugia deles, rsrsrs)...Enfim, ter um bebê nunca foi um sonho acalentado desde a infancia, como ouço algumas mulheres dizerem. Tenho até uma certa vergonha em dizer isso mas o meu sonho sempre foi viajar...eu nunca fui daquelas que sonhava em se casar e ter filhos. Juro por Deus!

Mas o destino quis que eu fosse mãe e entre dias bons e ruins, eu e meu filho sobrevivemos. E a cada ano que passa, mais eu curto ser mãe! Quanto a confissão do título: tem mulher que adora bebês e crianças pequenas, eu prefiro crianças a partir de 7 ou 8 anos (pronto, falei). Talvez por prezar demais a minha independência e odiar grude, eu estimulo meu filho a ser independente, a fazer as coisas sozinho e a pensar por si próprio em vez de repetir a opinião alheia. E enquanto algumas mães ficam tristes quando o filho cresce e sai da barra da saia, eu comemoro! Eu adoro quando ele vai dormir na casa de um amigo, sem falar na guarda alternada que foi a solução ideal aqui em casa...meu filho passa uma semana comigo, outra com o pai. Isso há quase 6 anos, comentarei minha experiência em breve num post.


E os anos passam e hoje meu bebê é um pré-adolescente inteligente, comunicativo e sociável, com uma ótima cabeça - talvez até maduro demais pra sua idade em certos aspectos. A cada aniversário me dou conta que Liam está se tornando gente grande. Uma pessoa com opiniões e gostos próprios, que faz amizades com uma facilidade incrível e que tem uma paciência impressionante para lidar com pessoas difíceis (dois dos melhores amigos dele tem ADHD e eu mesma não sei como ele aguenta, fomos com um deles ao cinema e eu quase surtei). Um menino com talentos excepcionais, que além de saber tudo sobre animais ainda desenha muito bem - e isso não sou eu que digo, ouvi de professores no atelier que ele frequentou, ouço regularmente na escola e também ouvi de um amigo que dá aulas de arte para crianças!


De resto, uma das maiores vantagens de ter um filho maiorzinho é poder assistir com ele filmes mais adultos, com classificação a partir de 12 anos (mas eu presto atenção e costumo assistir o filme antes de assistir de novo com ele). E embora eu tenha curtido assistir com ele aos clássicos da Disney e Pixar (desconfio que tanto ou mais do que ele) e tenha chorado de emoção na Disney Parade quando ele tinha 6 anos, eu adoro apresentar novos filmes a ele. E não podia ser diferente porque cinema sempre teve um papel importante na minha vida. E assim foi que semana passada assistimos em casa Slumdog Millionaire (que ele adorou) e About a Boy (um dos meus favoritos e que não via a hora de assistir com o menino). Também já assistimos alguns filmes de horror como The Ring, The Others, The Orphanage, Blair Witch Project, Paranormal Activity e Insidious. Mas The Shining e The Exorcist ainda estão proibidos aqui em casa...Outro que vimos juntos recentemente foi Amelie Poulain, que ele curtiu ainda mais por já ter visitado Paris! No aniversário sábado passado, o filme escolhido foi The Avengers. Claro que os meninos adoraram o filme, então aproveitei a oportunidade pra dar os DVDs Iron Man 1 e Iron Man 2 de presente de aniversário!


Enfim, ser mãe não é nada fácil, principalmente quando a gente mora no exterior e não tem ninguém pra ajudar! Mas os filhos enriquecem demais as nossas vidas, e acho até que aprendemos mais com eles do que eles conosco. Pra finalizar, não poderia mais imaginar minha vida sem o meu menino. Ser mãe é padecer no paraíso. Acreditem.

Top 5 - 52x5 Momentos pra compartilhar: SEMANA 17


Semana 17 - Personagens cuja vida eu gostaria de viver por um dia: (filmes, livros, seriados, etc)

1) Elizabeth Bennet, a heroína de Pride and Prejudice
2) Jo March (Winona Ryder) em Little Women
3) Clementine (Kate Winslet) em Eternal Sunshine of the Spotless Mind
4) Charlotte (Scarlett Johansson) em Lost in Translation
5) Celine (Julie Delpy) em Before Sunrise e Before Sunset




I am a little bit Charlotte...
.

domingo, abril 29, 2012

Thrity Umrigar

Acabei de descobrir mais uma escritora maravilhosa, a indiana (residente nos EUA) Thrity Umrigar. Eu já tinha ouvido falar dela aqui e ali, então decidi conferir o livro The Space Between Us (A Distância entre Nós). E não deu outra, apaixonei-me pelo estilo da autora. O livro é muito bem escrito, com uma sensibilidade fora do comum.

Diga-se de passagem, leitura obrigatória pra todos que convivem diariamente com aquela figura tão conhecida da sociedade brasileira (e indiana): a empregada doméstica. É que tanto na Índia quanto no Brasil, não é preciso ser rico pra ter acesso a estes serviços. Qualquer família de classe média tem uma empregada doméstica. Geralmente, ela é uma pessoa de confiança que viu os filhos da patroa crescerem e que os brasileiros insistem em dizer com muito orgulho que "fazem parte da família". Enfim, um dos alicerces da sociedade indiana e também da brasileira.

O interessante no livro é que, ao mesmo em que mostra a intimidade entre patroa e empregada, ele também enfatiza de forma sutil a distância entre essas duas mulheres que convivem diariamente no mesmo espaço. Intimidade porque a empregada acompanha (mesmo que passivamente) todos os acontecimentos da família. E distância porque, apesar de ser considerada parte da família, ela é proibida de usar pratos e copos da família e tem os dela separados no armário. E não pode sentar no sofá da sala de maneira alguma, muito menos na mesa. Enfim, um quadro mais do que conhecido de muitos brasileiros, que vai deixar muita patroa constrangida porque confronta de forma sutil as diferenças de classe tão gritantes em países como a Índia do livro e o Brasil .


Uma leitura que comove ao mesmo 
tempo que faz pensar. Enfim: eu recomendo!


segunda-feira, abril 23, 2012

Nova atração em Amsterdã



Esta foto aqui encima é da mais nova atração de Amsterdã: o Eye Filmmusem (que para minha sorte fica no meu bairro, em Amsterdam-Noord). Foram dois anos de projeto de construção. O espaço contém 4 salas de cinema, 1 salão de exposições, um café com terraço, uma lojinha e muitas escadarias. Além de ser todo envidraçado para permitir a entrada de luz e para oferecer uma vista do rio.

Arquitetura moderna, como tem sido a tendência nos últimos anos aqui na cidade. Os arquitetos são dois austríacos de uma renomada firma de arquitetura. E por falar em arquitetura moderna, outro exemplo é a Biblioteca Central de Amsterdã, que comentei aqui no blog. Uma construção de 7 andares, com escadas rolantes e na cobertura um café com uma bela vista do centro da cidade! Enfim, outra dica pra quem está de passagem na cidade.

Ontem finalmente fui conhecer o cinema com meu filho, assistimos um filme francês. Desde a inauguração há 3 semanas, o Eye Museum já atraiu 60.000 visitantes. A seleção de filmes para a abertura inclui uma mostra de clássicos de Martin Scorcese (inclusive o recente Hugo), além de filmes em cartaz em outros cinemas da cidade como The Artist, Wuthering Weights e Matha Marcy Mary Marlene que estou louca pra conferir.... Para as férias escolares de maio está planejada uma mostra de filmes baseados nos livros de Road Dahl. Entre os filmes estão o meu favorito A Fantástica Fábrica de Chocolate (versão da minha infância), além de Matilda, As Bruxas e o adorável Fantastic Mister Fox (que comentei aqui).

Abaixo, algumas fotos do interior. O cinema fica às margens do rio Ij (pra quem acha que Amsterdã é só canais, o rio Ij fica atrás da estação de trens). Acesso ao cinema é feito com balsas atrás da estação, que atravessam o rio e o deixam na margem oposta (Amsterdam-Noord).
















Dica de filme infantil holandês



Esta é uma dica especial para as mamães com crianças na faixa de 9 a 14 anos. O filme holandês está em cartaz aqui e também já correu várias cidades européias e provavelmente chegará mais cedo ou mais tarde nas mostras de cinema do Rio, São Paulo, Brasília e outras.

Kauwboy tem sido super bem recebido nas mostras em que participa. O filme já recebeu 4 prêmios internacionais, entre eles no prestigioso Festival de Berlim, além de prêmios no Festival de Saint Quentin (França) e Buenos Aires (prêmio Unicef). Ele conta a estória de um menino de 10 anos que mora com seu pai e um dia acha um filhote de corvo e decide levá-lo para casa. O problema é que o pai proibe terminantemente qualquer animal de estimação dentro de casa então o menino decide esconder o pássaro e cuidar dele assim mesmo. O pai, além de ser uma figura autoritária, tem um temperamento explosivo, e volta e meia perde o controle e grita com o menino. Ou seja, o garoto realmente não deu sorte com um pai desses, e pra piorar a mãe não mora mais com eles...O filme enfoca a relação de amizade que se desenvolve entre o menino e o bicho. Uma amizade um tanto "peculiar" que lhe dá forças para lidar com a situação em casa.

Ainda não assisti mas assistirei em breve, depois volto aqui pra contar o que achei!





Diretor e ator recebem prêmio em Berlim


quarta-feira, abril 18, 2012

Mais posts atrasados



Eu ando meio sumida mas pra variar, tenho escrito muitos posts mentais. Prometo ir atualizando o blog aos poucos com minhas leituras, meus filmes, especulações e divagações mil. Este meme está me causando um certo constrangimento (né, Mateus?) porque realmente não consigo postar 1x semana. Então seguem mais 3 semanas atrasadas.

Semana 14: Meus sites preferidos na internet:
1) Blogosfera (meu blog e blogs que acompanho)
2) Pinterest (meu novo vício, mas também adoro o Tumblr)
3) Amazon (onde procuro novas leituras) 
4) Shelfari e Good Reads (minhas prateleiras virtuais, não deu pra escolher uma só) 
5) Facebook (com o qual tenho uma relação de amor e ódio)

  
Semana 15: O que há de pior no mundo virtual? 
1) A superficialidade das relações 
2) Gente que fala de você sem nem te conhecer 
3) Gente ignorante que acha que sabe das coisas (mas só repete o que ouve) 
4) Gente que faz piadas de mau-gosto (felizmente não estão na minha lista de amigos) 
5) A falsa felicidade, todo mundo é feliz (quase) o tempo todo 


Semana 16: Isso, pra mim, não é diversão:
1) Academia de ginástica (tenho verdadeiro horror, prefiro nadar)
2) Praia lotada (mas adoro uma praia tranquila, tipo Prainha RJ)
3) Funk e pagode (pelo amor de Deus)
4) Carnaval (ideal pra viajar pras montanhas)
5) Drogas (mas gosto de uma cerveja...)


Arraial do Cabo, RJ


domingo, abril 15, 2012

De volta à estaca zero




A vida tem dessas coisas. A gente dá voltas e mais voltas e acaba voltando à estaca zero. Comecei há cinco anos uma relação que agora está chegando ao fim. Eu decidi que em alguns casos, é melhor ficar sozinha mesmo. Acho que cada um sabe o que necessita nesta vida e eu sei que assusto muita gente (muita gente mesmo) quando digo que às vezes o que mais preciso é ficar sozinha.

As pessoas simplesmente não entendem como uma pessoa "normal" pode querer buscar conscientemente a solidão. Todo mundo morre de medo de ficar sozinho. Todo mundo morre de medo de encarar seus próprios monstros. E sai correndo em busca de companhia.

Pois eu encaro há anos meus monstros, faz parte de quem sou. E não entendo como as pessoas conseguem ficar em situações que não as fazem mais felizes. Passei por isso uma vez no meu casamento, solidão a dois é a pior solidão do mundo. Embora a situação atual seja diferente, a verdade é que pra mim alguns fatores são essenciais numa relação. E quando eles deixam de existir, a relação tem poucas chances de dar certo.

Não, não existe relação perfeita. Mas quando uma relação gera mais frustrações do que alegrias (e nem estou falando em brigas, o que de certa forma é até saudável porque mostra que as pessoas ainda se importam), é hora de parar pra pensar. Eu não sei empurrar com a barriga, ainda mais numa situação como esta: não somos casados nem moramos juntos, não dividimos as contas nem temos um filho pra criar juntos (embora ele tenha criado um vínculo com o Liam, e essa é a parte mais triste da estória). Verdade seja dita, em tempos de crise, F. tem sido meu apoio financeiro e agora a situação vai ficar apertada (nada de sushis e saídas a restaurantes, agora eu finalmente vou emagrecer, rsrsrs). Mas dinheiro é bom mas não é tudo.

Quando somos casados e com filhos pequenos, separar é muito mais complicado. Muitas vezes, não dá mesmo pra decidir ficar sozinho e pular fora! É preciso tempo, é preciso planejamento, um certo preparo emocional...passei por isso antes do divórcio. E sobrevivemos muito bem, eu e meu ex-marido somos amigos (na medida do possível) e meu filho está bem.

Posso estar errada na minha atitude, tem gente que diz que sou "jovem demais" pra querer ficar sozinha mas sabem de uma coisa? Esta sou eu e este é o meu momento. De volta à estaca zero, agora com mais bagagem.

Vou cuidar de mim mesma, fazer uma faxina emocional, dar atenção a alguns aspectos que foram negligenciados e recarregar as minhas baterias antes de começar de novo. Não tenho a menor pressa, eu me diverto muito com a minha própria companhia! Fica dado o recado.

domingo, abril 08, 2012

Posts atrasados




Eu ando pra lá de relapsa com este meme que a Priscila me inspirou a fazer...a começar porque já deu pra perceber que não tenho a disciplina dela pra postar TODA semana! Como estou três semanas atrasada nesta brincadeira, vou postar tudo junto aqui. Eu sou assim, né?

Semana 11 - Meus brinquedos preferidos na infância eram:

1) Minhas bonecas (nunca tive Barbies mas tinha 2 Susies e outras bonecas)
2) Minha casa de boneca feita sob encomenda, por um senhor que morava no bairro
3) Jogo de memória, WAR e Banco Imobiliário
4) Minha coleção de papel de carta (papeleira desde a infância)
5) Meus livros, a começar pela coleção do Sítio do Pica-pau Amarelo!!!



Semana 12 - Coisas pra se fazer no frio:

1) Dormir com edredom bem pesado (mais de 8 meses aqui na Holanda)
2) Ler debaixo das cobertas
3) Assistir 
minhas séries de tv favoritas
4) Tomar chocolate quente
5) Fazer scrapbooking (o que eu faço em qualquer época do ano)






Semana 13 - Fico sem graça quando...
1) Recebo elogios
2) Chego numa festa e não vejo nenhuma cara conhecida
3) Percebo que disse algo errado (porque eu sou sabichona, tá?)
4) Alguém critica o meu trabalho (o que aqui chamam de "dar feedback")
5) Chego atrasada para um encontro importante (raríssimo de acontecer, sou pontual)
Tecnologia do Blogger.

Confissões de mãe




Aproveitando que o meu menino acabou de completar 12 anos no sábado passado, eu vou fazer uma confissão. Mas não se assustem porque eu sou estranha mesma (e já assumi a minha estranheza há tempos, quem lê este blog sabe disso).


Este negócio de maternidade é coisa complicada. Eu sempre digo que a maior decisão na vida de uma mulher é ter ou não ter filhos (se é que a gente escolhe, porque em alguns casos o destino acaba escolhendo pra gente). E digo mais, por mais que se leia sobre o assunto, por mais que a gente se informe, por mais que se discuta horas a fio com amigas e com parentes próximos, a verdade é que ninguém está preparado para a maternidade! Eu certamente não estava e admito que foi a maior mudança na minha vida. Se for pensar bem, mudar de continente foi mais fácil pra mim do que cuidar de um recém-nascido (eu avisei que era estranha). Eu não tinha nenhuma experiência com bebês, sou filha única e nunca fui daquelas que vivia segurando bebê dos outros no colo (eu até fugia deles, rsrsrs)...Enfim, ter um bebê nunca foi um sonho acalentado desde a infancia, como ouço algumas mulheres dizerem. Tenho até uma certa vergonha em dizer isso mas o meu sonho sempre foi viajar...eu nunca fui daquelas que sonhava em se casar e ter filhos. Juro por Deus!

Mas o destino quis que eu fosse mãe e entre dias bons e ruins, eu e meu filho sobrevivemos. E a cada ano que passa, mais eu curto ser mãe! Quanto a confissão do título: tem mulher que adora bebês e crianças pequenas, eu prefiro crianças a partir de 7 ou 8 anos (pronto, falei). Talvez por prezar demais a minha independência e odiar grude, eu estimulo meu filho a ser independente, a fazer as coisas sozinho e a pensar por si próprio em vez de repetir a opinião alheia. E enquanto algumas mães ficam tristes quando o filho cresce e sai da barra da saia, eu comemoro! Eu adoro quando ele vai dormir na casa de um amigo, sem falar na guarda alternada que foi a solução ideal aqui em casa...meu filho passa uma semana comigo, outra com o pai. Isso há quase 6 anos, comentarei minha experiência em breve num post.


E os anos passam e hoje meu bebê é um pré-adolescente inteligente, comunicativo e sociável, com uma ótima cabeça - talvez até maduro demais pra sua idade em certos aspectos. A cada aniversário me dou conta que Liam está se tornando gente grande. Uma pessoa com opiniões e gostos próprios, que faz amizades com uma facilidade incrível e que tem uma paciência impressionante para lidar com pessoas difíceis (dois dos melhores amigos dele tem ADHD e eu mesma não sei como ele aguenta, fomos com um deles ao cinema e eu quase surtei). Um menino com talentos excepcionais, que além de saber tudo sobre animais ainda desenha muito bem - e isso não sou eu que digo, ouvi de professores no atelier que ele frequentou, ouço regularmente na escola e também ouvi de um amigo que dá aulas de arte para crianças!


De resto, uma das maiores vantagens de ter um filho maiorzinho é poder assistir com ele filmes mais adultos, com classificação a partir de 12 anos (mas eu presto atenção e costumo assistir o filme antes de assistir de novo com ele). E embora eu tenha curtido assistir com ele aos clássicos da Disney e Pixar (desconfio que tanto ou mais do que ele) e tenha chorado de emoção na Disney Parade quando ele tinha 6 anos, eu adoro apresentar novos filmes a ele. E não podia ser diferente porque cinema sempre teve um papel importante na minha vida. E assim foi que semana passada assistimos em casa Slumdog Millionaire (que ele adorou) e About a Boy (um dos meus favoritos e que não via a hora de assistir com o menino). Também já assistimos alguns filmes de horror como The Ring, The Others, The Orphanage, Blair Witch Project, Paranormal Activity e Insidious. Mas The Shining e The Exorcist ainda estão proibidos aqui em casa...Outro que vimos juntos recentemente foi Amelie Poulain, que ele curtiu ainda mais por já ter visitado Paris! No aniversário sábado passado, o filme escolhido foi The Avengers. Claro que os meninos adoraram o filme, então aproveitei a oportunidade pra dar os DVDs Iron Man 1 e Iron Man 2 de presente de aniversário!


Enfim, ser mãe não é nada fácil, principalmente quando a gente mora no exterior e não tem ninguém pra ajudar! Mas os filhos enriquecem demais as nossas vidas, e acho até que aprendemos mais com eles do que eles conosco. Pra finalizar, não poderia mais imaginar minha vida sem o meu menino. Ser mãe é padecer no paraíso. Acreditem.

Top 5 - 52x5 Momentos pra compartilhar: SEMANA 17


Semana 17 - Personagens cuja vida eu gostaria de viver por um dia: (filmes, livros, seriados, etc)

1) Elizabeth Bennet, a heroína de Pride and Prejudice
2) Jo March (Winona Ryder) em Little Women
3) Clementine (Kate Winslet) em Eternal Sunshine of the Spotless Mind
4) Charlotte (Scarlett Johansson) em Lost in Translation
5) Celine (Julie Delpy) em Before Sunrise e Before Sunset




I am a little bit Charlotte...
.

Thrity Umrigar

Acabei de descobrir mais uma escritora maravilhosa, a indiana (residente nos EUA) Thrity Umrigar. Eu já tinha ouvido falar dela aqui e ali, então decidi conferir o livro The Space Between Us (A Distância entre Nós). E não deu outra, apaixonei-me pelo estilo da autora. O livro é muito bem escrito, com uma sensibilidade fora do comum.

Diga-se de passagem, leitura obrigatória pra todos que convivem diariamente com aquela figura tão conhecida da sociedade brasileira (e indiana): a empregada doméstica. É que tanto na Índia quanto no Brasil, não é preciso ser rico pra ter acesso a estes serviços. Qualquer família de classe média tem uma empregada doméstica. Geralmente, ela é uma pessoa de confiança que viu os filhos da patroa crescerem e que os brasileiros insistem em dizer com muito orgulho que "fazem parte da família". Enfim, um dos alicerces da sociedade indiana e também da brasileira.

O interessante no livro é que, ao mesmo em que mostra a intimidade entre patroa e empregada, ele também enfatiza de forma sutil a distância entre essas duas mulheres que convivem diariamente no mesmo espaço. Intimidade porque a empregada acompanha (mesmo que passivamente) todos os acontecimentos da família. E distância porque, apesar de ser considerada parte da família, ela é proibida de usar pratos e copos da família e tem os dela separados no armário. E não pode sentar no sofá da sala de maneira alguma, muito menos na mesa. Enfim, um quadro mais do que conhecido de muitos brasileiros, que vai deixar muita patroa constrangida porque confronta de forma sutil as diferenças de classe tão gritantes em países como a Índia do livro e o Brasil .


Uma leitura que comove ao mesmo 
tempo que faz pensar. Enfim: eu recomendo!


Nova atração em Amsterdã



Esta foto aqui encima é da mais nova atração de Amsterdã: o Eye Filmmusem (que para minha sorte fica no meu bairro, em Amsterdam-Noord). Foram dois anos de projeto de construção. O espaço contém 4 salas de cinema, 1 salão de exposições, um café com terraço, uma lojinha e muitas escadarias. Além de ser todo envidraçado para permitir a entrada de luz e para oferecer uma vista do rio.

Arquitetura moderna, como tem sido a tendência nos últimos anos aqui na cidade. Os arquitetos são dois austríacos de uma renomada firma de arquitetura. E por falar em arquitetura moderna, outro exemplo é a Biblioteca Central de Amsterdã, que comentei aqui no blog. Uma construção de 7 andares, com escadas rolantes e na cobertura um café com uma bela vista do centro da cidade! Enfim, outra dica pra quem está de passagem na cidade.

Ontem finalmente fui conhecer o cinema com meu filho, assistimos um filme francês. Desde a inauguração há 3 semanas, o Eye Museum já atraiu 60.000 visitantes. A seleção de filmes para a abertura inclui uma mostra de clássicos de Martin Scorcese (inclusive o recente Hugo), além de filmes em cartaz em outros cinemas da cidade como The Artist, Wuthering Weights e Matha Marcy Mary Marlene que estou louca pra conferir.... Para as férias escolares de maio está planejada uma mostra de filmes baseados nos livros de Road Dahl. Entre os filmes estão o meu favorito A Fantástica Fábrica de Chocolate (versão da minha infância), além de Matilda, As Bruxas e o adorável Fantastic Mister Fox (que comentei aqui).

Abaixo, algumas fotos do interior. O cinema fica às margens do rio Ij (pra quem acha que Amsterdã é só canais, o rio Ij fica atrás da estação de trens). Acesso ao cinema é feito com balsas atrás da estação, que atravessam o rio e o deixam na margem oposta (Amsterdam-Noord).
















Dica de filme infantil holandês



Esta é uma dica especial para as mamães com crianças na faixa de 9 a 14 anos. O filme holandês está em cartaz aqui e também já correu várias cidades européias e provavelmente chegará mais cedo ou mais tarde nas mostras de cinema do Rio, São Paulo, Brasília e outras.

Kauwboy tem sido super bem recebido nas mostras em que participa. O filme já recebeu 4 prêmios internacionais, entre eles no prestigioso Festival de Berlim, além de prêmios no Festival de Saint Quentin (França) e Buenos Aires (prêmio Unicef). Ele conta a estória de um menino de 10 anos que mora com seu pai e um dia acha um filhote de corvo e decide levá-lo para casa. O problema é que o pai proibe terminantemente qualquer animal de estimação dentro de casa então o menino decide esconder o pássaro e cuidar dele assim mesmo. O pai, além de ser uma figura autoritária, tem um temperamento explosivo, e volta e meia perde o controle e grita com o menino. Ou seja, o garoto realmente não deu sorte com um pai desses, e pra piorar a mãe não mora mais com eles...O filme enfoca a relação de amizade que se desenvolve entre o menino e o bicho. Uma amizade um tanto "peculiar" que lhe dá forças para lidar com a situação em casa.

Ainda não assisti mas assistirei em breve, depois volto aqui pra contar o que achei!





Diretor e ator recebem prêmio em Berlim


Mais posts atrasados



Eu ando meio sumida mas pra variar, tenho escrito muitos posts mentais. Prometo ir atualizando o blog aos poucos com minhas leituras, meus filmes, especulações e divagações mil. Este meme está me causando um certo constrangimento (né, Mateus?) porque realmente não consigo postar 1x semana. Então seguem mais 3 semanas atrasadas.

Semana 14: Meus sites preferidos na internet:
1) Blogosfera (meu blog e blogs que acompanho)
2) Pinterest (meu novo vício, mas também adoro o Tumblr)
3) Amazon (onde procuro novas leituras) 
4) Shelfari e Good Reads (minhas prateleiras virtuais, não deu pra escolher uma só) 
5) Facebook (com o qual tenho uma relação de amor e ódio)

  
Semana 15: O que há de pior no mundo virtual? 
1) A superficialidade das relações 
2) Gente que fala de você sem nem te conhecer 
3) Gente ignorante que acha que sabe das coisas (mas só repete o que ouve) 
4) Gente que faz piadas de mau-gosto (felizmente não estão na minha lista de amigos) 
5) A falsa felicidade, todo mundo é feliz (quase) o tempo todo 


Semana 16: Isso, pra mim, não é diversão:
1) Academia de ginástica (tenho verdadeiro horror, prefiro nadar)
2) Praia lotada (mas adoro uma praia tranquila, tipo Prainha RJ)
3) Funk e pagode (pelo amor de Deus)
4) Carnaval (ideal pra viajar pras montanhas)
5) Drogas (mas gosto de uma cerveja...)


Arraial do Cabo, RJ


De volta à estaca zero




A vida tem dessas coisas. A gente dá voltas e mais voltas e acaba voltando à estaca zero. Comecei há cinco anos uma relação que agora está chegando ao fim. Eu decidi que em alguns casos, é melhor ficar sozinha mesmo. Acho que cada um sabe o que necessita nesta vida e eu sei que assusto muita gente (muita gente mesmo) quando digo que às vezes o que mais preciso é ficar sozinha.

As pessoas simplesmente não entendem como uma pessoa "normal" pode querer buscar conscientemente a solidão. Todo mundo morre de medo de ficar sozinho. Todo mundo morre de medo de encarar seus próprios monstros. E sai correndo em busca de companhia.

Pois eu encaro há anos meus monstros, faz parte de quem sou. E não entendo como as pessoas conseguem ficar em situações que não as fazem mais felizes. Passei por isso uma vez no meu casamento, solidão a dois é a pior solidão do mundo. Embora a situação atual seja diferente, a verdade é que pra mim alguns fatores são essenciais numa relação. E quando eles deixam de existir, a relação tem poucas chances de dar certo.

Não, não existe relação perfeita. Mas quando uma relação gera mais frustrações do que alegrias (e nem estou falando em brigas, o que de certa forma é até saudável porque mostra que as pessoas ainda se importam), é hora de parar pra pensar. Eu não sei empurrar com a barriga, ainda mais numa situação como esta: não somos casados nem moramos juntos, não dividimos as contas nem temos um filho pra criar juntos (embora ele tenha criado um vínculo com o Liam, e essa é a parte mais triste da estória). Verdade seja dita, em tempos de crise, F. tem sido meu apoio financeiro e agora a situação vai ficar apertada (nada de sushis e saídas a restaurantes, agora eu finalmente vou emagrecer, rsrsrs). Mas dinheiro é bom mas não é tudo.

Quando somos casados e com filhos pequenos, separar é muito mais complicado. Muitas vezes, não dá mesmo pra decidir ficar sozinho e pular fora! É preciso tempo, é preciso planejamento, um certo preparo emocional...passei por isso antes do divórcio. E sobrevivemos muito bem, eu e meu ex-marido somos amigos (na medida do possível) e meu filho está bem.

Posso estar errada na minha atitude, tem gente que diz que sou "jovem demais" pra querer ficar sozinha mas sabem de uma coisa? Esta sou eu e este é o meu momento. De volta à estaca zero, agora com mais bagagem.

Vou cuidar de mim mesma, fazer uma faxina emocional, dar atenção a alguns aspectos que foram negligenciados e recarregar as minhas baterias antes de começar de novo. Não tenho a menor pressa, eu me diverto muito com a minha própria companhia! Fica dado o recado.

Posts atrasados




Eu ando pra lá de relapsa com este meme que a Priscila me inspirou a fazer...a começar porque já deu pra perceber que não tenho a disciplina dela pra postar TODA semana! Como estou três semanas atrasada nesta brincadeira, vou postar tudo junto aqui. Eu sou assim, né?

Semana 11 - Meus brinquedos preferidos na infância eram:

1) Minhas bonecas (nunca tive Barbies mas tinha 2 Susies e outras bonecas)
2) Minha casa de boneca feita sob encomenda, por um senhor que morava no bairro
3) Jogo de memória, WAR e Banco Imobiliário
4) Minha coleção de papel de carta (papeleira desde a infância)
5) Meus livros, a começar pela coleção do Sítio do Pica-pau Amarelo!!!



Semana 12 - Coisas pra se fazer no frio:

1) Dormir com edredom bem pesado (mais de 8 meses aqui na Holanda)
2) Ler debaixo das cobertas
3) Assistir 
minhas séries de tv favoritas
4) Tomar chocolate quente
5) Fazer scrapbooking (o que eu faço em qualquer época do ano)






Semana 13 - Fico sem graça quando...
1) Recebo elogios
2) Chego numa festa e não vejo nenhuma cara conhecida
3) Percebo que disse algo errado (porque eu sou sabichona, tá?)
4) Alguém critica o meu trabalho (o que aqui chamam de "dar feedback")
5) Chego atrasada para um encontro importante (raríssimo de acontecer, sou pontual)