domingo, abril 27, 2014

Divagações sobre a vida virtual




Minha vida pode andar de cabeça pra baixo (e anda mesmo) mas a vida virtual vai de vento em popa - talvez até porque tenho precisado de distração. Tentar "domar" esta mente inquieta é das tarefas mais árduas, ainda mais porque fui obrigada a parar o lítio por duas semanas (decidi que de agora em diante eu vou escrever o que eu quiser aqui).

Mas voltando ao assunto deste post: depois do blog, Facebook, Pinterest, Twitter (tenho conta há anos mas não uso), Good Reads (onde registro todas as minhas leituras porque a memória anda cada dia mais precária), arrumei um novo vício: Instagram! Sei que o Instagram não é mais novidade pra muuuuuuita gente, mas eu já andava "viciadinha" demais no Pinterest e decidi não arriscar. Até que o meu filho instalou "por engano" o Instagram no meu iPhone e voilà...não deu outra.

Entrei há dois dias no Instagram e ainda estou tentando entender a diferença entre as diferentes redes (sou velha mesmo, tá gente?). O Facebook obviamente é mais do que um site de fotos, o Pinterest é um site onde você coleciona suas imagens favoritas de outros usuários. Eu mesma tenho 51 boards com todos os tipos de imagens, apenas um desses boards contém fotos tiradas por mim mesma: Made by Me.

No mais, enquanto o Instagram é ideal pra quem curte fotografia, o Pinterest é mais uma fonte de inspiração para pessoas criativas - e eu me inspiro demais naquilo ali! Minha mãe iria gostar do Pinterest mas certamente iria amar o Instagram porque ela amava fotografar. Pessoas, plantas, flores, paisagens. Nunca saiu do país, nunca fez nenhuma daquelas viagens extraordinárias que vemos no time feed do Facebook - ela simplesmente fotografava os detalhes do dia-a-dia. Ela encontrava poesia naquilo que estava ao seu redor. E para mim, isso é que diferencia um verdadeiro fotógrafo de alguém brincando de tirar e postar fotos no iPhone. Ela tinha mesmo era uma velha (e pesada) NIKON, daquelas onde você tinha que ajustar tudo manualmente, para cada foto. E depois esperar quase uma semana pra ir buscar as fotos na loja!!!

Pra finalizar, o que eu acho legal no Instagram (desculpem o óbvio) é que ele é uma plataforma para compartilhar fotos feitas por você, pedacinhos do seu dia-a-dia, uma espécie de diário visual. É um lugar para compartilhar com os amigos as pequenas alegrias de cada dia (elas ainda existem). E isso vai ser um grande exercício para mim nos próximos tempos: tentar resgatar pequenos momentos de felicidade. 

segunda-feira, abril 21, 2014

The Book Thief



Não resisti e voltei...É que ontem aproveitei o Domingo de Páscoa com filho e namorado e fomos finalmente conferir "The Book Thief". Não li necessariamente resenhas do filme (evito ler ANTES de assistir o filme), mas li e adorei o livro há uns dois anos (leia aqui) e confesso que estava apreensiva. É que sou chata mesmo e sempre fico apreensiva quando mais uma adaptação para o cinema é feita de um dos "meus" livros. Nesse caso eu tinha visto o trailer antes e como a produção era a mesma de Life of Pi (outro que li e admito gostei do filme), fiquei mais aliviada.

Voltando ao filme em questão, a estória se passa na Alemanha no período da Segunda Guerra Mundial, a página negra na história do país e da humanidade. A estória tem dois protagonistas. Liesel, uma menina judia que é adotada por um casal alemão depois que o irmãozinho morre e os pais (provavelmente) são enviados para um campo de concentração. E Max, um jovem judeu que uma noite bate na porta dos pais adotivos de Liesel pedindo abrigo. Ele está muito doente, e o casal apesar de ter pouco dinheiro, decide cuidar dele porque afinal, o pai do rapaz deu a sua vida pela do pai adotivo de Liesel em outra guerra (a Primeira Guerra Mundial). Antes de morrer, o pai de Liesel prometeu que cuidaria de seus filhos ou mulher caso algo viesse a acontecer com eles. E assim não pensa duas vezes quando Max vem pedir ajuda. Na verdade são três protagonistas, se considerarmos o narrador da estória: A Morte. Ela mesma, este personagem que todos iremos encontrar mais cedo ou mais tarde. E e a presença dela inevitavelmente percorre todo o livro ( e filme).

Se o pano de fundo da estória é o nazismo, o filme é centrado na estória da improvável amizade de uma menina que roubava livros e um jovem judeu que amava as palavras. Quando Liesel é adotada pelos pais alemães e é enviada para a escola (ela devia ter uns 11 anos na época), ela nem sabia escrever seu nome e foi logo vítima de bullying na escola. Pois não só ela aprendeu a ler e escrever como se transformou em uma leitora voraz que chegava a roubar livros pelo simples prazer da leitura. E mais tarde, torna-se escritora (como vemos no final do filme, mas não vou contar mais pra não estragar).

Outro momento importante na vida de Liesel é quando ela faz amizade com a mulher do prefeito. A mãe de Liesel - uma mulher aparentemente brava mas com um coração de ouro - lava e passa roupas para o prefeito da cidade, e quando um dia sua esposa descobre que Liesel adora ler, ela apresenta a biblioteca particular deles para a menina. Liesel fica fascinada com todos aqueles livros e a partir daí começa outra amizade importante na vida da menina. Ela sempre volta à mansão do prefeito para ler livros e quando um dia o prefeito decide que ela não é mais bem-vinda, ela não vê outra opção senão pegá-los emprestados escondido!



Para mim, uma das partes mais lindas do filme é quando vemos Liesel sentada ao lado de Max no porão lendo estórias para o amigo doente. O jovem está as beiras da morte e são as estórias de Liesel que o mantém vivo. Felizmente ele se recupera e quando Liesel faz aniversário, ele oferece a ela um presente simbólico que irá mudar sua vida. Um livro com páginas em branco, para ela escrever suas próprias estórias!

Enfim, The Book Thief é mais do que uma estória de judeus e nazistas - é uma estória de amizade, de sobrevivência e perseverança em tempos difíceis E também uma estória de amor pelos livros...Eu recomendo a todos que assistiram ao filme que leiam também o livro! Porque se a adaptação para o cinema ficou muito boa, o livro é muito melhor...

quinta-feira, abril 17, 2014

Espero que passe logo



Pela primeira vez em anos de blog, perdi totalmente a vontade de escrever e de compartilhar. Tenho passado por um período delicado e precisado cuidar melhor de mim mesma. Tenho tentado buscar a vida lá fora, afinal é primavera, a minha estacao favorita! E  tenho tirado (ou tentado tirar) férias virtuais, na medida do possível. É que eu sempre serei aquela pessoa nadando contra a corrente, aquela pessoa que fala coisas que incomodam, questiona tabus quando os outros preferem calar. Mas tem dia que cansa, viu? E eu tenho pensado duas vezes antes de entrar em determinadas discussões ou situações porque preciso poupar a minha energia para coisas e pessoas mais importantes!

Sem falar que estou há quase duas semanas com uma dor horrível no braço esquerdo e só comecei tratamento com anti-inflamatório esta semana (eu e a médica pensamos que a dor ia passar mas não passou). Numa escala de 1a 10, a dor é 8 (principalmente de noite quando me deito na cama, tenho dormido muito mal). Pior que esta dor, só mesmo a dor da hérnia de disco, que operei há 6 anos (aquela era mesmo 10, até morfina tomei). E convenhamos, quando a gente sente dor, é muito difícil manter o bom humor. Ando muito cansada, fisicamente mesmo (o cansaço mental é velho conhecido). E pra complicar, o tal medicamento (Diclofenac) não interage bem com o litio (é perigoso mesmo) que iniciei em março, então tive de parar o lítio pra poder tomar o anti-inflamatório mas prioridade é prioridade!

Mas deixa eu mudar de assunto porque não quero falar só de doenças e medicamentos e a minha vida felizmente ainda é muito mais do que isso. Tenho lido muito: estou terminando de ler The Universe Versus Alex Woods, certamente um dos melhores livros deste ano e que espero ainda comentar por aqui. Tenho assistido bons filmes tanto em casa quanto no cinema. No telão assisti Nebraska, American Hustle, Her e Suzanne, um pequeno filme francês daqueles pouco conhecidos mas que eu curto (adoro um bom drama francês e fiquem avisados: os franceses fazem drama como ninguém). Mais do que filmes, tenho assistido séries de tv...decidi rever todas as temporadas de Frasier, minha série favorita de todos os tempos (leia mais aqui). E tenho tomado doses diárias de Comedy Central, além dos favoritos Family Guy e American Dad, descobri uma série nova chamada Bob's Burger (tem episodios inteiros no YouTube). Enfim, a gente vai como pode.

De uma coisa eu tenho certeza: saúde física e mental é o mais importante que existe nesta vida. E quando uma ou ambas andam abaladas, a gente precisa (re)definir as prioridades e se cuidar bem porque ninguém vai cuidar da gente! Então desculpem aí o sumiço...espero que seja apenas (mais) uma fase! Quando a inspiração e a disposição voltarem, eu volto a escrever por aqui.

Tecnologia do Blogger.

Divagações sobre a vida virtual




Minha vida pode andar de cabeça pra baixo (e anda mesmo) mas a vida virtual vai de vento em popa - talvez até porque tenho precisado de distração. Tentar "domar" esta mente inquieta é das tarefas mais árduas, ainda mais porque fui obrigada a parar o lítio por duas semanas (decidi que de agora em diante eu vou escrever o que eu quiser aqui).

Mas voltando ao assunto deste post: depois do blog, Facebook, Pinterest, Twitter (tenho conta há anos mas não uso), Good Reads (onde registro todas as minhas leituras porque a memória anda cada dia mais precária), arrumei um novo vício: Instagram! Sei que o Instagram não é mais novidade pra muuuuuuita gente, mas eu já andava "viciadinha" demais no Pinterest e decidi não arriscar. Até que o meu filho instalou "por engano" o Instagram no meu iPhone e voilà...não deu outra.

Entrei há dois dias no Instagram e ainda estou tentando entender a diferença entre as diferentes redes (sou velha mesmo, tá gente?). O Facebook obviamente é mais do que um site de fotos, o Pinterest é um site onde você coleciona suas imagens favoritas de outros usuários. Eu mesma tenho 51 boards com todos os tipos de imagens, apenas um desses boards contém fotos tiradas por mim mesma: Made by Me.

No mais, enquanto o Instagram é ideal pra quem curte fotografia, o Pinterest é mais uma fonte de inspiração para pessoas criativas - e eu me inspiro demais naquilo ali! Minha mãe iria gostar do Pinterest mas certamente iria amar o Instagram porque ela amava fotografar. Pessoas, plantas, flores, paisagens. Nunca saiu do país, nunca fez nenhuma daquelas viagens extraordinárias que vemos no time feed do Facebook - ela simplesmente fotografava os detalhes do dia-a-dia. Ela encontrava poesia naquilo que estava ao seu redor. E para mim, isso é que diferencia um verdadeiro fotógrafo de alguém brincando de tirar e postar fotos no iPhone. Ela tinha mesmo era uma velha (e pesada) NIKON, daquelas onde você tinha que ajustar tudo manualmente, para cada foto. E depois esperar quase uma semana pra ir buscar as fotos na loja!!!

Pra finalizar, o que eu acho legal no Instagram (desculpem o óbvio) é que ele é uma plataforma para compartilhar fotos feitas por você, pedacinhos do seu dia-a-dia, uma espécie de diário visual. É um lugar para compartilhar com os amigos as pequenas alegrias de cada dia (elas ainda existem). E isso vai ser um grande exercício para mim nos próximos tempos: tentar resgatar pequenos momentos de felicidade. 

The Book Thief



Não resisti e voltei...É que ontem aproveitei o Domingo de Páscoa com filho e namorado e fomos finalmente conferir "The Book Thief". Não li necessariamente resenhas do filme (evito ler ANTES de assistir o filme), mas li e adorei o livro há uns dois anos (leia aqui) e confesso que estava apreensiva. É que sou chata mesmo e sempre fico apreensiva quando mais uma adaptação para o cinema é feita de um dos "meus" livros. Nesse caso eu tinha visto o trailer antes e como a produção era a mesma de Life of Pi (outro que li e admito gostei do filme), fiquei mais aliviada.

Voltando ao filme em questão, a estória se passa na Alemanha no período da Segunda Guerra Mundial, a página negra na história do país e da humanidade. A estória tem dois protagonistas. Liesel, uma menina judia que é adotada por um casal alemão depois que o irmãozinho morre e os pais (provavelmente) são enviados para um campo de concentração. E Max, um jovem judeu que uma noite bate na porta dos pais adotivos de Liesel pedindo abrigo. Ele está muito doente, e o casal apesar de ter pouco dinheiro, decide cuidar dele porque afinal, o pai do rapaz deu a sua vida pela do pai adotivo de Liesel em outra guerra (a Primeira Guerra Mundial). Antes de morrer, o pai de Liesel prometeu que cuidaria de seus filhos ou mulher caso algo viesse a acontecer com eles. E assim não pensa duas vezes quando Max vem pedir ajuda. Na verdade são três protagonistas, se considerarmos o narrador da estória: A Morte. Ela mesma, este personagem que todos iremos encontrar mais cedo ou mais tarde. E e a presença dela inevitavelmente percorre todo o livro ( e filme).

Se o pano de fundo da estória é o nazismo, o filme é centrado na estória da improvável amizade de uma menina que roubava livros e um jovem judeu que amava as palavras. Quando Liesel é adotada pelos pais alemães e é enviada para a escola (ela devia ter uns 11 anos na época), ela nem sabia escrever seu nome e foi logo vítima de bullying na escola. Pois não só ela aprendeu a ler e escrever como se transformou em uma leitora voraz que chegava a roubar livros pelo simples prazer da leitura. E mais tarde, torna-se escritora (como vemos no final do filme, mas não vou contar mais pra não estragar).

Outro momento importante na vida de Liesel é quando ela faz amizade com a mulher do prefeito. A mãe de Liesel - uma mulher aparentemente brava mas com um coração de ouro - lava e passa roupas para o prefeito da cidade, e quando um dia sua esposa descobre que Liesel adora ler, ela apresenta a biblioteca particular deles para a menina. Liesel fica fascinada com todos aqueles livros e a partir daí começa outra amizade importante na vida da menina. Ela sempre volta à mansão do prefeito para ler livros e quando um dia o prefeito decide que ela não é mais bem-vinda, ela não vê outra opção senão pegá-los emprestados escondido!



Para mim, uma das partes mais lindas do filme é quando vemos Liesel sentada ao lado de Max no porão lendo estórias para o amigo doente. O jovem está as beiras da morte e são as estórias de Liesel que o mantém vivo. Felizmente ele se recupera e quando Liesel faz aniversário, ele oferece a ela um presente simbólico que irá mudar sua vida. Um livro com páginas em branco, para ela escrever suas próprias estórias!

Enfim, The Book Thief é mais do que uma estória de judeus e nazistas - é uma estória de amizade, de sobrevivência e perseverança em tempos difíceis E também uma estória de amor pelos livros...Eu recomendo a todos que assistiram ao filme que leiam também o livro! Porque se a adaptação para o cinema ficou muito boa, o livro é muito melhor...

Espero que passe logo



Pela primeira vez em anos de blog, perdi totalmente a vontade de escrever e de compartilhar. Tenho passado por um período delicado e precisado cuidar melhor de mim mesma. Tenho tentado buscar a vida lá fora, afinal é primavera, a minha estacao favorita! E  tenho tirado (ou tentado tirar) férias virtuais, na medida do possível. É que eu sempre serei aquela pessoa nadando contra a corrente, aquela pessoa que fala coisas que incomodam, questiona tabus quando os outros preferem calar. Mas tem dia que cansa, viu? E eu tenho pensado duas vezes antes de entrar em determinadas discussões ou situações porque preciso poupar a minha energia para coisas e pessoas mais importantes!

Sem falar que estou há quase duas semanas com uma dor horrível no braço esquerdo e só comecei tratamento com anti-inflamatório esta semana (eu e a médica pensamos que a dor ia passar mas não passou). Numa escala de 1a 10, a dor é 8 (principalmente de noite quando me deito na cama, tenho dormido muito mal). Pior que esta dor, só mesmo a dor da hérnia de disco, que operei há 6 anos (aquela era mesmo 10, até morfina tomei). E convenhamos, quando a gente sente dor, é muito difícil manter o bom humor. Ando muito cansada, fisicamente mesmo (o cansaço mental é velho conhecido). E pra complicar, o tal medicamento (Diclofenac) não interage bem com o litio (é perigoso mesmo) que iniciei em março, então tive de parar o lítio pra poder tomar o anti-inflamatório mas prioridade é prioridade!

Mas deixa eu mudar de assunto porque não quero falar só de doenças e medicamentos e a minha vida felizmente ainda é muito mais do que isso. Tenho lido muito: estou terminando de ler The Universe Versus Alex Woods, certamente um dos melhores livros deste ano e que espero ainda comentar por aqui. Tenho assistido bons filmes tanto em casa quanto no cinema. No telão assisti Nebraska, American Hustle, Her e Suzanne, um pequeno filme francês daqueles pouco conhecidos mas que eu curto (adoro um bom drama francês e fiquem avisados: os franceses fazem drama como ninguém). Mais do que filmes, tenho assistido séries de tv...decidi rever todas as temporadas de Frasier, minha série favorita de todos os tempos (leia mais aqui). E tenho tomado doses diárias de Comedy Central, além dos favoritos Family Guy e American Dad, descobri uma série nova chamada Bob's Burger (tem episodios inteiros no YouTube). Enfim, a gente vai como pode.

De uma coisa eu tenho certeza: saúde física e mental é o mais importante que existe nesta vida. E quando uma ou ambas andam abaladas, a gente precisa (re)definir as prioridades e se cuidar bem porque ninguém vai cuidar da gente! Então desculpem aí o sumiço...espero que seja apenas (mais) uma fase! Quando a inspiração e a disposição voltarem, eu volto a escrever por aqui.